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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aborto espontâneo: como lidar com a situação

Problema ocorre em cerca de 15% das gestações, mas, em geral, as mulheres não precisam ter medo de engravidar de novo


O aborto espontâneo é relativamente comum, ocorre em 15% das gestações, de acordo com especialistas. E, em sua maior parte (80% dos casos), até doze semanas de gravidez. As causas possíveis para o problema são muitas, como explica o ginecologista Eduardo Cordioli, do Hospital Israelita Albert Einstein."Entre os motivos estão problemas de cromossomo e má formação do feto. Nesses casos, a própria natureza se encarrega de não levar a gravidez adiante", diz. 

Embora não haja maneiras de se prevenir que um aborto ocorra, na maioria dos casos a situação também é menos grave do que parece. Após um período de repouso, que varia para cada mulher, ela já pode engravidar novamente. Quando o problema ocorre no início da gestação, não é preciso realizar curetagem nem tomar medicamentos. "Para tentar engravidar novamente, a mulher deve apenas esperar até o sangramento e a dor de perder um bebê passarem", diz o médico. 

O lado psicológico costuma contar mais que o físico e muitas mulheres acabam esperando mais tempo para tentar engravidar novamente ou para contar às pessoas sobre uma nova gestação. Como explica a psicanalista Samanta Obadia, esse comportamento é comum entre as mulheres que perderam o primeiro bebê. Apesar de nos três primeiros meses a gravidez ser considerada uma situação delicada, quando a mulher descobre estar grávida as expectativas sobre a criança já aparecem. “Quando ela passa por um aborto espontâneo, a frustração é muito grande. Então, prefere esperar para anunciar a nova gravidez”, diz Samanta. 

É difícil mesmo suportar a dor e decidir quando e como retomar a rotina. Por isso, expressar sentimentos, em especial com o seu parceiro, e compartilhar medos é fundamental para que a superação aconteça. 

Acompanhamento médico Exames prévios podem detectar problemas hormonais e infecções virais que levam ao aborto espontâneo, como a toxoplasmose, antes mesmo da gravidez. Por isso, os médicos recomendam que a mulher que quer engravidar faça diversos exames preventivos para verificar se a saúde está em ordem e comece a ingerir ácido fólico, que ajuda a evitar malformações. Também podem ser identificados com antecedência os problemas anatômicos que causam abortos, em geral tardios, entre o terceiro e o quarto mês de gravidez. “São alterações no formato do útero ou miomas, por exemplo, que podem bloquear o crescimento do feto ou o fluxo de sangue para a placenta. Normalmente, eles podem ser tratados”, explica Mauro Sancovsky, professor de obstetrícia. 

Para a terapeuta Fátima Bortoletti, essa “faxina” na saúde também é importante para afastar fantasmas psicológicos — na hora de engravidar pela primeira vez ou quando ocorrem abortos. “Neste último caso, principalmente, as causas precisam ser identificadas para que a mulher mantenha a disposição de fazer novas tentativas sem medo”, diz. Ela lembra que, apesar de os abortos espontâneos serem comuns, as gestações que terminam bem representam a maioria dos casos. 

domingo, 24 de abril de 2011

Conheça os benefícios de dez variedades de frutas

Elas são ricas em vitaminas e garantem proteção extra ao organismo


Aproveite seu próximo passeio na feira para encher o seu carrinho de frutas. Além de saborosas, elas contêm fibras e fitoquímicos que são capazes de reduzir os riscos de diversos tipos de câncer, além de constituírem importantes aliadas na luta contra o envelhecimento, diz nutricionista Daniela Jobst. 

Porém, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, o hábito de comer frutasainda é pequeno no Brasil. Os dados indicam que apenas 18,9 % da população consomem cinco porções diárias - o equivalente aos 400 gramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde. 

Se você pretende adotar uma alimentação rica em frutas, conheça as propriedades de dez variedades e saiba quais são os benefícios dessa dieta.
Banana: A fruta mais brasileira de todas não pode faltar no cardápio. Ótima fonte de potássio, ajuda a regular a pressão arterial. Também são ricas em vitaminas do complexo B e C. Além disso, a fruta é ideal para ingerir entre as refeições, quando bate aquela vontade de atacar um doce, já que conta com triptofano, um elemento que aumenta os níveis de serotonina, o hormônio do bem-estar

Melancia: Rica em betacaroteno, a melancia é uma das frutas que mais contém água e também vitaminas do complexo A e B. Promove uma verdadeira limpeza no sistema digestivo, tanto no intestino, como no estômago.

Pera: Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Medicina Social do Rio de Janeiro e publicado no Journal of Nutrition, comer três peras por dia ajuda a eliminar os quilos extras. A fruta é rica em vitamina A, C, vitaminas do complexo B, fibras e água

Laranja - Já conhecida por seu alto teor de vitamina C, também são ricas em muitos outros compostos anticancerígenos. Pesquisadores descobriram que as laranjas contêm mais de 170 tipos de fitoquímicos. O consumo regular de laranjas (1 fruta ao dia ou 1 copo de suco) está significativamente associado à menor incidência de câncer de pulmão e estômago

Limão: Uma pesquisa divulgada no Journal Pharm Biomed Analysis apontou que o limão facilita o metabolismo das gorduras e diminui a síntese de colesterol e de triglicérides. Além disso, é rico em vitamina C, que ajuda na absorção de ferro, é altamente antioxidante e contém limonóides, substâncias potentes no combate ao aparecimento de tumores

Goiaba: Assim como o tomate, a fruta é rica em licopeno, substância que neutraliza a ação de radicais livres e estimula o sistema imunológico. Estudos apontam o licopeno como redutor de risco de câncer, principalmente de próstata

Morango: Como todas as frutas vermelhas, contém catequinas, um fitonutriente rico em antioxidantes. Frutas vermelhas também são ótimas fontes de polifenóis, substâncias também encontradas nos vinhos e que, segundo estudos científicos, exerce proteção contra doenças vasculares, especialmente às relacionadas ao coração

Uva: Pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP constatou que o bagaço de uva (casca e semente) reduz o risco de doenças cardiovasculares por ação do resveratrol. A nutricionista Solange Saavedra explica que as uvas contêm quercetina, substância que combate coágulos e inflamações. Também contém flavanóides, que são antioxidantes e combatem o mau colesterol

Abacaxi: A bromelina encontrada no abacaxi é capaz de quebrar proteínas em pequenos pedaços, auxiliando na digestão de carnes e outras proteínas

Mamão: A papaína encontrada no mamão é altamente digestiva. Além disso, esta fruta tem excelente poder laxante


quinta-feira, 21 de abril de 2011

10 perguntas e respostas sobre antibióticos

Faz mal para os dentes? Pode perder o efeito? E se eu esquecer uma dose? A CRESCER entrevistou especialistas para responder as questões mais comuns dos pais
 Shutterstock
Com o aumento dos casos de infecção pela superbactéria KPC, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificou as discussões sobre o uso de antibióticos. O aparecimento do micróbio está sendo ligado ao uso demasiado de medicamentos, que tornou a bactéria mais resistente e difícil de ser eliminada. Por causa disso, a Anvisa publicou nesta quinta-feira (28 de outubro) uma nova determinação no Diário Oficial: a partir de agora, só é possível comprar antibióticos com prescrição médica e retenção de receita. Ou seja, uma via ficará com a farmácia e a outra, que será carimbada pelo estabelecimento, com o consumidor. Vai haver mudanças também nas embalagens dos medicamentos, que terão de trazer a seguinte mensagem: "Venda sob prescrição médica - Só pode ser vendido com retenção da receita". Os fabricantes terão 180 dias para se adaptar à norma. 
Os riscos de infecção por superbactérias são mínimos para a população geral e costumam atingir apenas pessoas hospitalizadas e com saúde debilitada. “Mesmo os profissionais que trabalham em hospitais não ficam tão vulneráveis”, tranquiliza a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), Luci Correa. Para as mães e pais, fica um alerta: não dar antibióticos, nem nenhum outro remédio, aos filhos sem que um médico tenha receitado. 

1) Antibiótico faz mal para os dentes? 
Os ministrados para crianças, não. Isso ocorria no passado por conta de um tipo específico substância, a tetraciclina, que manchava e alterava a cor dos dentes, mas esses efeitos eram desconhecidos. Hoje não há mais esse risco e as tetraciclinas não são mais prescritas para uso infantil. 

2) Quantas vezes por ano a criança pode tomar antibiótico? 
Não há um número limite, depende de cada criança. Há aquelas que são mais vulneráveis e têm muitos episódios de amidalite e sinusite. O que é preciso é que um médico avalie sempre os sintomas e a criança para identificar o problema. Na primeira infância é muito comum as infecções virais, que têm sintomas bastante parecidos, como febre e problemas respiratórios, e o antibiótico não funciona no caso de viroses, só quando a infecção é por bactérias. 

3) E se o meu filho fica sempre doente? 
O ideal é que o pediatra e os pais procurem identificar as causas da criança estar sempre doente e tentar eliminá-las. Ou seja, tratar a causa, não só os efeitos. 

4) Por que é preciso tomá-lo, em geral, por dez dias? 
Entre a ingestão do antibiótico e ele atingir o ponto da infecção, o medicamento vai perdendo força. Como explicou a infectologista Luci, é como se o antibiótico fosse o exército dos mocinhos com uma determinada munição para combater o exército inimigo de bactérias. A munição dos mocinhos acaba e é aí que chega o momento de tomar de novo. Quanto à duração do tratamento, é para certificar-se de que todos os “soldados” inimigos foram mesmo eliminados, senão eles voltam a se multiplicar. 

5) Tem de ser sempre no mesmo horário? 
Sim, pelo explicado na questão anterior, os horários e dias têm de ser respeitados rigorosamente. Só assim o tratamento dá certo. 

6) O que fazer se esqueci uma dose? Ou se atrasei uma? 
Se o atraso for curto, de 30 minutos, pode dar a dose e seguir o tratamento. Se foi por muito tempo, dê a próxima dose no horário normal. A dose que foi esquecida deve ser dada no final do tratamento. Mas o ideal, de acordo com os médicos, é não esquecer mesmo e prestar muita atenção no tratamento. 

7) É preciso, mesmo, ter tanto medo de oferecer antibiótico às crianças? 
Não, desde que seja receitado pelo médico. O risco que se corre é de dar antibiótico para resolver algo para o qual ele não funciona e só o médico tem condições de avaliar isso. Como qualquer outro medicamento, tomar por conta própria oferece dois riscos: o de fazer mal e o de não adiantar nada. 

8) Existem outras formas de tratar determinadas doenças sem o antibiótico? 
As infecções bacterianas precisam de antibióticos, mas não todas. As de pequena extensão, como furúnculos, costumam se curar sozinhas. Vacinas e hábitos saudáveis ajudam a evitar doenças, mas quem avalia o tratamento é sempre o pediatra ou clínico.

9) E se não fizer mais efeito, dá para variar o tipo? 
Os casos como os da superbactéria não oferecem riscos para as pessoas em geral. Por isso, não há problema em continuar visitando um parente que está hospitalizado. A avaliação de se um antibiótico faz ou não efeito e a substituição só podem feitas por um médico. Quando precisar de uma consulta com um médico novo, ou em um pronto-socorro, informe quais medicamentos seu filho tomou nos últimos meses. 

10) Antibiótico de criança e de adulto é similar? Alguns sim, só variam na dosagem e na forma de administração – em geral por via oral, líquido ou comprimidos, para as crianças. Outros são só de uso adulto. 

terça-feira, 19 de abril de 2011

Bebê dado como morto em exame é salvo por intuição materna

Mulher britânica se recusa a tomar remédios abortivos após ultra-som indicar ausência de batimentos cardíacos em feto. Oito dias depois, outro teste comprovou que a criança estava viva


   ReproduçãoA britânica Sofia Taylor, de 22 anos, recusou-se a acreditar no resultado de um exame de ultra-som durante agravidez: o coração do bebê havia parado de bater. Ao invés de tomar as pílulas abortivas que recebeu noRoyal Sussex County Hospital, em Brighton (Reino Unido), Sofia, resolveu esperar pelo próximo exame dali a oito dias. “Eles me disseram para me livrar do bebê, mas depois de três crianças, eu sabia como era se sentir grávida”, disse Sofia, que tem mais três filhas, ao jornal britânicoThe Sun.
A intuição da mãe estava certa: no teste seguinte, foi comprovado que a criança estava viva. Seis meses depois do incidente, com Bella-Mae nos braços, a mãe não cansa de repetir. “Ela é o nosso pequeno milagre.” A criança, que tem 15 dias de vida, nasceu prematura e após alguns dias recebeu alta.
Os pais da menina, segundo noticiou o jornal, foram bem atendidos pelo hospital durante o parto, mas, obviamente, continuam chateados com o erro cometido pela instituição.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Obstetra


Olá meninas, td bem?


Como foram no fds???

Eu tive uma crise alérgica no sábado que quase fui parar na emergência, mas preferi vim pra ksa (melhorei, graças a Deus!!), entreguei uma encomenda e fui p/ niver do meu primo (a crise foi lá).

Há alguns dias eu marquei uma consulta com uma obstetra q uma amiga indicou (eu já tinha ido a ela e ñ estava segura. como ela pediu uns exames, eu voltei p/ entregar). voltei, mas sem aquela empolgaç
ão. Mas Deus age de maneira perfeita: "Martha, se vc estiver grávida eu ñ vou estar aki na época do seu parto, então vou te encaminhar para outro médio". #alívio.


Enfim... pediu pra fazer o beta e, pelos cálculos dela, estou grávida sim.

Vou fazer o exame na quinta-feira.


Por enquanto é isso.


Baby beijos :)

domingo, 17 de abril de 2011

As conquistas de uma criança autista

Receber a notícia de que o filho é autista transforma as suas perspectivas de presente e futuro, mas é a partir dessa mudança que você pode apresentar um novo mundo para a criança. Conheça o dia a dia de uma família em que uma das filhas gêmeas tem o distúrbio

“Aqui mora uma família feliz.” As palavras talhadas na plaquinha de madeira que enfeita a porta do apartamento da pedagoga Luciana Nassif, 39 anos, e do comerciante Marcos Antonio Cavichioli, 46, em São Paulo, antecipam o clima que eu iria encontrar na casa dessa família, apesar da avalanche de sentimentos que tomou a todos nos últimos anos. Com um sorriso no rosto, um tererê ornando os longos cabelos lisos e castanhos, quem me recebe é uma das gêmeas do casal, Isabela, 8 anos. Assim que entro, sou convidada a conhecer sua irmã. No quarto, com a babá, Mariana se mostrou indiferente com a minha chegada. Mesmo com a insistência da mãe para que se virasse para mim, continuou com um olhar cabisbaixo. Mari Mari, como é carinhosamente chamada, é autista.

Ela está aprendendo agora a demonstrar e a receber carinho, por gestos. Mari Mari não fala. Ela tem um grau severo do transtorno do espectro autista, termo que os especialistas usam para se referir aos diversos graus que envolvem o autismo. Fica mais fácil entender se comparamos a um dégradé, desde cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até as cores claras. Por isso cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento. Para Mari Mari, que estaria na parte escura deste dégradé, é preciso ensinar o que parece tão corriqueiro. Há um ano, e pela primeira vez, a menina abraçou a mãe – um dos pilares do comportamento autista é a dificuldade de interação com o outro. É um abraço “adaptado”. Ela aceita o carinho, mas não cruza as mãos por trás das costas da pessoa. Em vários momentos da entrevista, ela corria, na ponta dos pés (um comportamento que começou aos 5 anos) para o colo da mãe, sorria, trazia o boneco predileto, gargalhava. O contato visual, o beijo, que não é aquele estalo no rosto, mas uma encostadinha apenas, demonstrações de interesse pela irmã e o sorriso presente no rosto eram cenas apenas sonhadas pela família até pouco tempo.

A mãe me conta, em tom de orgulho, as recentes conquistas da filha. Mari Mari não se incomoda mais se uma criança chega perto dela no parquinho, mesmo que prefira estar só, e ganhou autonomia para comer sozinha e “pedir” o que tem vontade, como quando leva o litro de leite até a mãe para que ela o esquente. “Pode parecer pouco, mas esse é um grande avanço”, diz Luciana. Não, não é fácil ter um filho autista. Mas o diagnóstico não é o fim, e sim um novo começo na vida de toda a família.

“Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade dela ser autista, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso.” Luciana, mãe de Isabela e Mari Mari
Onde tudo começa?

A ciência não descobriu, até hoje, a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ou ser herdados mutados dos pais, algo raro, ou sofrer novas mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo. Alimentação, vacinação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade, como é o caso das gêmeas, que nasceram de 32 semanas.

Isabela saiu da maternidade em cinco dias. A irmã, nos mais de três meses em uma UTI neonatal, passou por uma cirurgia cardíaca e diversos exames, inclusive para detectar a existência de alguma síndrome por ter nascido com as orelhas mais baixas e os dedos levemente flexionados. Mari Mari, segundo os médicos, tinha atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Mesmo acompanhada por uma equipe multidisciplinar desde os seis meses, não mostrava avanços. “Ela gostava de ficar sozinha na escola e, aos 2 anos, teve a primeira convulsão (problema que afeta 25% dos autistas).” Aos 3, os atrasos ficaram evidentes e ela passou a balançar as mãos quando ficava nervosa. “Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade de autismo, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso”, diz. A avó materna das meninas, que desconfiava da existência de um problema maior, mostrou a Luciana uma reportagem sobre autismo. Depois de ler, ela agendou uma consulta com um dos especialistas entrevistados. Em 40 minutos e aos 4 anos e 7 meses, a família soube que Mari Mari era autista.

Essa trajetória desgastante não é incomum. Como não há um exame que detecte o transtorno, o diagnóstico é clínico, feito com base no comportamento da criança. E pode levar muito tempo para chegar a uma conclusão. “O ideal é descobrir o transtorno com cerca de 1 ano, quando os tratamentos dão resultados melhores”, diz Antonio Carlos de Farias, neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe (PR), pesquisador e coautor do livro Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes: Mitos e Fatos (Ed. Autores Paranaenses). Se identificado nessa fase, ou até os dois anos, a chance de a criança falar é de 75%. “No Brasil, estima-se que existam 1 milhão e meio de autistas, e menos de 5% recebem a assistência adequada”, diz Estevão Vadasz, psiquiatra, que estuda o assunto desde 1978, coordenador do Programa dos Transtornos do Espectro Autista, referência no país, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Segundo o Ministério da Saúde, uma a cada mil crianças é autista no Brasil. Dados internacionais, porém, mostram que essa incidência é de uma para cada 110.


Raoni MaddalenaAlinhar à esquerda


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI220964-10496,00-AS%20CONQUISTAS%20DE%20UMA%20CRIANCA%20AUTISTA.html

Mel contra superbactéria?

Pesquisa apresentada nesta quarta (13) revela que a substância açucarada é capaz de combater bactérias resistentes a antibióticos

 Shutterstock

Uma pesquisa apresentada nesta quarta (13) na Society for General Microbiology’s Spring Conference, em Harrogate (Inglaterra), revelou que o mel Manuka (proveniente dessa árvore da Nova Zelândia) pode ser ser eficiente para limpar feridas infectadas e ajudar a reverter a resistência das bactérias aos antibióticos.

Cientistas da University of Wales Institute observaram que esse tipo de mel interage com três tipos de bactérias que comumente infestam feridas, incluindo a superbactériaStaphylococcus aureus (MRSA). Assim, a substância açucarada poderia interferir no crescimento dessas bactérias, auxiliando no tratamento de infecções resistentes a drogas. “Nossas descobertas sugerem que o mel Manuka pode dificultar a fixação das bactérias aos tecidos, que é um passo essencial para o início das infecções agudas. Inibindo essa fixação, também bloquea a formação de biofilmes, que pode proteger a bactéria dos antibióticos e permitir que provoquem infecções persistentes”, diz, em nota, o professor Rose Cooper, um dos envolvidos no estudo.

De acordo com a Universidade, a pesquisa pode aumentar o uso clínico do mel Manuka quando os médicos são confrontados com a falta de um antimicrobiano eficaz. Segundo Cooper, utilizar a substância para erradicar a bactéria das feridads é barato e pode melhorar a terapia antibiótica no futuro.

sábado, 9 de abril de 2011

Papinhas saudáveis de bebê fazem sucesso entre mães famosas

Saiba como preparar comidinhas saborosas e nutritivas para seu filho.


Até os seis meses de idade, a Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo. Mas, depois do sexto mês, os bebês devem começar a comer papinhas (sem interromper a amamentação), e aí vem a dúvida: é possível fazer comidinhas gostosas e nutritivas para o filhote, mesmo sem usar sal e temperos fortes?

Regina Sarmento, nutricionista de mamães famosas como Juliana Knust, Camila Pitanga e Nívea Stelmann, explica que as papinhas ficam bem saborosas se forem usados temperos frescos, como alecrim, alho, orégano, entre outros. Cozinhar com pouca água também ajuda a manter o sabor dos alimentos. A nutricionista recomenda ainda o uso de alimentos integrais e orgânicos, pois além de estarem livres de agrotóxicos e pesticidas, podem conter até três vezes mais nutrientes que os produzidos em culturas comuns.

Segundo ela, a melhor estrutura de uma papinha é usar sempre uma folha, dois legumes de cores diferentes, um tubérculo, um cereal, feijão (só o caldo até o oitavo mês), um tipo de carne (só o caldo até o oitavo mês) e uma colher chá de óleo ou ½ gema de ovo.

Papinha colorida

A atriz Vanessa Giácomo, que estreia em maio como apresentadora do programa virtual "Marmita Baby", onde pretende ensinar receitas fáceis e saborosas, também é adepta das papinhas bem coloridas, com vários tipos de alimento. “Meu filho mais novo (Moisés, de 10 meses), adora quando eu coloco massinha e carne. Como ele já está começando a mastigar, procuro não bater muito no liquidificador, deixando a papinha com uma textura mais sólida”, explica a atriz, que também é mãe de Raul, de três anos. Frutinhas amassadas e raspadas também fazem sucesso na casa de Vanessa.

Veja abaixo orientações de Regina Sarmento, que explica quais alimentos podem ser usados, quais devem ser evitados e sugere boas combinações de papinhas saborosas. Confira!





Fonte: EGO

terça-feira, 5 de abril de 2011

Bebê sofre fratura durante o parto em SP e morre dois dias depois

Prefeitura de Atibaia, no interior de SP, investiga hipótese de erro médico.
Criança nasceu de parto normal e pesando 3,5 kg; mãe tem 14 anos.


O nascimento e a morte de um bebê na Santa Casa de Atibaia, a 64 km de São Paulo, são investigados pela prefeitura da cidade por suspeita de erro médico. No último sábado (2), a mãe, uma garota de 14 anos, deu à luz de parto normal um bebê de 3,5 kg. Nesta segunda-feira (4), a criança morreu.

A família da adolescente diz que houve erro porque o médico deveria ter feito parto cesáreo. "Eu cheguei e estava sentindo muita dor, só que o neném estava bem. Eu pedi para fazer parto cesárea e ele disse que não, não tinha passagem para o nenê", conta a adolescente, que é de Minas Gerais e no oitavo mês de gestação foi morar com parentes em Atibaia.

Segundo a família, o bebê tinha fraturas pelo corpo. "Após o parto, o bebê foi para o berçário e ficou com um hematoma muito grande na cabeça e o bracinho quebrado. O médico forçou o braço dele para poder realizar o parto", relata Maria Rodrigues, a tia da adolescente.

Maria disse que chegou a solicitar a transferência da criança para UTI, mas o bebê ficou dois dias na incubadora e morreu. Segundo a Santa Casa, a causa foi parada respiratória.

A Prefeitura de Atibaia informou que ainda está levantando informações sobre a morte da criança com a Santa Casa, mas que já sabe que, pela idade da jovem e pelo tamanho do bebê, o parto é considerado de risco e deveria ter sido encaminhado para Campinas, a 93 km de São Paulo.

A transferência não aconteceu porque a rede municipal de saúde não sabia da situação da adolescente, já que a jovem não fez o exame pré-natal na cidade e não há registro algum de atendimento dela antes do parto.



domingo, 3 de abril de 2011

DETERMINADA A ENGRAVIDAR

Peso e exercício

Confira o seu peso. A sua fertilidade poderá ser afetado se pesar mais ou menos do que o recomendado para a sua altura. Se, durante a gravidez, tiver peso a mais poderá ter problemas a nível da pressão sanguínea tal como será mais difícil e doloroso movimentar-se com o peso extra adquirido ao longo da gravidez, com o crescimento do feto. Se tiver peso a menos derivado de uma alimentação deficiente corre o risco do seu bebê vir a nascer muito mais pequeno do que deveria correndo, assim, riscos de saúde por não desenvolver normalmente. Por outro lado, é importante fazer exercício físico regularmente: cerca de 20 minutos, três vezes por semana. Evite exercícios mais puxados.

Stress e ansiedade

É sabido que o stress e a ansiedade podem afetar grandemente tanto os níveis de fertilidade como a gravidez. Pense em novas formas de descontração, como por exemplo, aulas de ioga ou ouvir um cd com música calma e relaxante.

Dieta

Se tiver uma alimentação adequada não sentirá necessidade de tomar suplementos vitamínicos e alimentares. Mas, se o fizer certifique-se de que são apropriados para grávidas (ou pré-gravidas) e que não incluem vitamina A. Esta é uma vitamina gorda e poderá prejudicar o desenvolvimento do feto.

Suplementos alimentares

Todas as mulheres que planeiam engravidar devem consumir ácido fólico, uma das vitaminas B. Este é muito importante pois reduz as hipóteses de ataques cardíacos, tromboses, cancro e diabetes. O ácido fólico também reduzirá os riscos do bebê nascer com Espinha Bífida (doença grave do foro neurológico). A dose recomendada diária é de 400 microgramas e pode ser adquirida em qualquer farmácia. Consumir alimentos ricos em ácido fólico, tais como leguminosas (feijão, ervilhas), vegetais verdes (brócolos, couves-de-bruxelas), cereais integrais, fruta (especialmente os citrinos), amendoins..

Alimentos a evitar

Eles são:
- cafeína;
- queijos gordos
- fígado ou alimentos que o contenham;
- patês, porque são ricos em vitamina A (prejudicial para grávidas);
- alimentos crus ou mal passados em geral tais como carne ou peixe de todos os gêneros que podem conter bactérias;
- todos os excessos de fritos, gorduras e açucares;
- refeições congeladas pré-cozinhadas;
- saladas prontas a comer pois podem conter bactérias. Lave muito bem todos os legumes e vegetais antes de os comer;
- ovos mal passados. Frite sempre muito bem tanto a clara como a gema.

Verificar a imunidade

Podem ocorrer deficiências graves caso um feto em desenvolvimento seja exposto ao vírus da rubéola, especialmente nas primeiras 12 semanas de gravidez. Peça ao seu médico que confirme a sua imunidade pelo menos três meses antes de tentar engravidar. Basta fazer uma simples análise ao sangue para verificar a existência de anticorpos na circulação sanguínea.

Medicamentos

Se está a tentar engravidar é aconselhável evitar tomar medicamentos, pois podem diminuir a sua fertilidade. Deve aconselhar-se com o seu médico e falar-lhe na gravidez caso necessite de medicação por estar doente. Isto se aplica tanto à mulher como ao homem, pois alguns medicamentos podem prejudicar a produção e qualidade dos espermatozóides.

Ambiente de trabalho

No entanto, deve ter certos cuidados se estiver em contacto com os seguintes produtos:
- substâncias químicas industriais
- alguns tipos de pinturas ou verniz
- soldadura ou trabalhos que envolvam borracha
- gases anestésicos (podem provocar aborto)
- líquidos de limpeza a seco

Toxoplasmose

Toxoplasmose é uma infecção que tem poucos sintomas num adulto saudável que pode nem se aperceber que a contraiu. No entanto, pode provocar graves danos numa criança por nascer, inclusive lesões cerebrais ou cegueira, especialmente se ocorrer nos primeiros três meses de gravidez. Esta doença potencialmente muito perigosa é causada por uma bactéria que se encontra nas carnes cruas, nos gatos e suas fezes e na terra contaminada. Assim, devem ser tomadas precauções extras quando estiver a tentar engravidar ou se já está grávida.
Para minimizar os riscos de contrair a doença:
- evite comer carne crua ou mal passada;
- tome cuidado para, enquanto cozinha, não misturar carnes cruas com carnes já cozinhas. Use tábuas e recipientes separados;
- tenha cuidado no armazenamento das carnes no frigorífico para que os sucos da carne crua não se misturem com outros alimentos;
- lave muito bem as mãos depois de mexer na carne crua;
- lave cuidadosamente os frutos e vegetais que come;
- se fizer jardinagem use sempre luvas;
- peça a outra pessoa para deitar as fezes do gato para o lixo
- lave sempre as mãos depois de acariciar o seu gato.

DETERMINADA A ENGRAVIDAR

  • A quantidade de carboidrato ingerido diariamente não afeta a fertilidade, mas a qualidade deles pode, sim, interferir. Assim, em vez de se consumir muito carboidrato de digestão rápida, como pão branco, batata e refrigerantes com açúcar, recomenda-se a ingestão das versões de digestão lenta, presentes em alimentos ricos em fibra, como grãos integrais, feijão, vegetais e frutas, que aumentam as chances de gravidez.
  • A ingestão de gorduras poliinsaturadas e ferro na dieta também favorece a ovulação regular, ao contrário do consumo de gorduras trans, que dificultam a ovulação. Acredita-se que as gorduras insaturadas aumentem a fertilidade por diminuírem a resistência à ação da insulina nos tecidos, além de agirem como antiinflamatórios naturais, exatamente o oposto da ação das gorduras trans.
  • Ingerir mais proteínas de origem vegetal e menos proteínas de origem animal. O consumo de peixe ou ovos não influenciou o ritmo das ovulações, mas adicionar uma porção diária de feijão e lentilhas, tofu, derivados de soja, nozes, amendoins e castanhas ofereceu mais proteção contra distúrbios na ovulação.
  • O consumo de leite integral e derivados – iogurte integral, queijo cottage e sorvete – também se revelou favorável para a ovulação, enquanto que leite desnatado e produtos com menos gordura têm efeito contrário. De fato, leite integral e sorvete foram considerados os alimentos com o maior efeito benéfico entre todos, enquanto frozen yogurt, iogurte desnatado e sorbet foram os maiores contribuintes para a infertilidade anovulatória. devem pensar no clássico sundae (sorvete de creme com molho de chocolate, chantilly e farofa crocante), duas vezes por semana.
  • Manter o peso adequado à altura aumenta as chances de engravidar. O índice de massa corpórea entre 20 e 24 foi considerado a “zona de fertilidade”, sendo que mulheres com sobrepeso devem perder de 5% a 10% do peso para aumentarem suas possibilidades de gravidez. Praticar exercícios físicos amplia a janela de oportunidades para engravidar. Para mulheres com peso adequado, basta manter 30 minutos por dia de caminhada, por exemplo. Se estiver acima do peso, entretanto, será necessário exercitar-se por uma hora ou mais. O ideal é manter atividade aeróbica alternada com exercícios de alongamentos e de força muscular. Os efeitos benéficos são decorrentes do aumento da sensibilidade à insulina, da redução da taxa de açúcar no sangue, da pressão arterial e dos níveis de colesterol provocados pela redução da gordura corporal.
  • A conclusão principal foi que adotar uma dieta planejada, consumir leite integral e derivados, tomar sorvete com regularidade, manter o peso adequado e exercitar-se por 30 minutos em dias alternados parece ser uma boa opção para dar uma mãozinha à natureza se o objetivo for conceber um bebê.

10 coisas que você precisa saber antes de engravidar

Depois do primeiro passo que você e seu companheiro deram é hora de tomar alguns cuidados que vão garantir os nove meses saudáveis

Depois do primeiro passo que você e seu companheiro deram - ao decidir ter um filho -, é hora de tomar alguns cuidados que vão garantir nove meses saudáveis, para você, seu marido e o bebê. Confira:

1 - Consulte seu ginecologista. É ele que vai orientá-la sobre tudo o que você precisa fazer para ter uma gravidez sadia, como exames que o homem e a mulher devem realizar;

2 - Tome ácido fólico. A indicação dos especialistas é para que a mulher tome essa vitamina do complexo B três meses antes da concepção, para evitar problemas de desenvolvimento e da coluna cervical do bebê;

3 - Vacine-se. O imunizante contra a rubéola, por exemplo, é importante para que a mulher não tenha a doença durante a gravidez, que pode trazer sequelas ao bebê. Mas deve ser feito três meses antes de engravidar. Consulte seu médico para orientá-la em relação a essa e outras vacinas;

4 - No peso certo. Nem a mais, nem a menos. O ideal é que ao engravidar você esteja com a balança em dia. O sobrepeso pode trazer problemas para a criança e deixar a mulher desconfortável durante a gestação;

5 - Exercite-se. Se você não é adepta das atividades físicas, que tal começar antes da gravidez? Além de ajudar a manter o corpo em dia, ao engravidar já estará habituada com os exercícios. E essa prática só trará benefícios para você e o bebê. Converse com seu médico;

6 - Cardápio. Alguns alimentos podem influenciar na sua fertilidade, melhorando a ovulação da mulher. Confira;

7 - Nada de tabaco. Se você fuma, é hora de parar. Estudos mostram que o tabagismo prejudica o desenvolvimento do bebê, além de aumentar a chance de parto prematuro. Você também deve evitar o fumo passivo, que pode dificultar a gravidez;

8 - Vá ao dentista. Faça um check-up na sua boca antes de engravidar, evitando desconfortos mais sérios durante os nove meses. Na gestação, por conta das alterações hormonais, é normal a mulher ter problemas nos dentes. A visita ao especialista, no entanto, continua durante a gravidez;

9 - Fique zen. É difícil não se estressar no dia a dia. Mas esse exercício deve começar antes mesmo da gestação (e durar a vida toda). Estudos mostram que o estresse pode provocar parto prematuro. Além disso, ele pode até atrapalhar - você e seu marido - na hora de tentar engravidar;

10 - Namore. O medo de engravidar que você tinha ao transar agora é substituído pela tabelinha com os dias em que a chance de gravidez é maior. Aproveite essa liberdade, mas não faça com que esse momento tenha uma carga de ansiedade muito grande para você e seu companheiro. O sexo programado pode, muitas vezes, atrapalhar.

A importância do ácido fólico na gravidez

O suplemento, que é fundamental para o desenvolvimento do cérebro e para a formação da coluna do bebê, deve ser tomado antes mesmo de a mulher engravidar. Um novo estudo revela que o folato também reduz o risco de o bebê ter problemas no coração

Uma das recomendações dos ginecologistas para as mulheres que pretendem engravidar é que elas tomem ácido fólico pelo menos três meses antes de engravidar - e continuem com o suplemento durante o primeiro trimestre da gravidez. O folato (ácido fólico), uma vitamina do complexo B, é fundamental para que a coluna do bebê se desenvolva corretamente, o que acontece nas primeiras quatro semanas de gestação, evitando defeitos do tubo neural, como falha no desenvolvimento do cérebro e medula espinhal. Agora, um estudo realizado pela Radboud University in Nijmegen, na Holanda, revelou que mulheres que tomaram o suplemento tinham 20% menos risco de ter filhos com problemas cardíacos congênitos.

Alguns alimentos, como vegetais de folhas verde-escuras, frutas e grãos (feijões), têm essa vitamina, mas a quantidade não é suficiente.

Pela importância do folato para o desenvolvimento do bebê no útero da mãe, pesquisadores da Ben-Gurion University of the Negev, em Israel, analisaram mais de 84 mil bebês, entre 1998 e 2007. O estudo revelou que determinados medicamentos são capazes de prejudicar a absorção da vitamina no organismo. Na lista estão alguns antibióticos, antiepiléticos, remédios para úlcera e colesterol.

Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP), essa relação entre medicamentos e ácido fólico de fato acontece. Por isso é preciso avaliar o risco-benefício de tomar remédios na gravidez. Há ainda exames que a gestante pode fazer, se houver necessidade, para medir o nível de ácido fólico no sangue e, se for o caso, corrigir a dosagem a ser tomada. E vale lembrar: nenhum remédio deve ser tomado por conta própria durante a gestação.

Mais proteção

Nem sempre a gestação é programada, e isso faz com que as mulheres comecem a tomar a vitamina somente quando descobrem a gravidez. Outro estudo, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, mostrou que, se o suplemento pudesse ser usado um ano antes ou mais, essa medida reduziria o risco de parto prematuro.

Os pesquisadores analisaram cerca de 35 mil grávidas matriculadas em um estudo para investigar síndrome de Down. Os resultados foram além do que eles imaginavam. Os dados sugerem que aquelas que tomaram o suplemento de ácido fólico por um tempo maior tinham 70% menos risco de ter parto prematuro entre a 20a e 28a semana e 50% menos chance de o bebê nascer entre a 28a e a 32a. semana. Uma possível explicação é que o organismo da mulher desde os primeiros dias da gestação, e até mesmo antes de ela engravidar, influencie na duração da gravidez.

Outra sugestão dos médicos é que todas as mulheres em idade fértil tomem 400 mcg (microgramas) de ácido fólico todos os dias. Converse com seu médico sobre essa orientação.

Gravidez: a lista completa de exames

Conheça os procedimentos obrigatórios e os extras

O resultado positivo confirmando a gravidez é o primeiro de uma série de exames até o parto. Há os testes de rotina, que todas as gestantes devem fazer, e os específicos, que investigam malformações ou doenças congênitas, geralmente recomendados para mulheres acima dos 35 anos, com histórico familiar de doenças genéticas ou problemas de saúde, como diabete e hipertensão. Além das avaliações clínicas, é por meio deles que você vai saber se o seu bebê está se desenvolvendo bem. Confira os exames básicos, aqueles que devem ser feitos em casos específicos e os que a grávida pode optar por fazer ou não.

Gravidez: a lista completa de exames

Conheça os procedimentos obrigatórios e os extras

Para todas as gestantes

Sangue, urina e fezes
Quando a gravidez é constatada, faz-se uma espécie de check-up para ver como está a saúde da mãe. Além do hemograma e glicemia de jejum, avalia-se o tipo sanguíneo, fator Rh, presença do vírus da aids e de anticorpos que indicam se a mãe já teve doenças que durante a gravidez podem comprometer a formação do bebê, como rubéola, hepatite B, citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis. Exames de urina e de fezes detectam infecções urinárias e parasitoses.


Ultra-sonografias
Normalmente são feitas quatro ultra-sonografias durante os nove meses. No primeiro trimestre da gravidez, o exame checa o número de embriões e sua localização — se estão dentro do útero e não nas trompas. Entre a 12ª semana e a 14ª semana, calcula, além do desenvolvimento, o tamanho da nuca do bebê (translucência nucal) e a medida do osso nasal, parâmetros que indicam o risco de síndrome de Down. Como em 25% dos casos a translucência pode resultar em falso negativo, alguns obstetras pedem um exame de sangue específico para identificar o problema.


Na 20ª semana, é a vez do ultra-som morfológico, que analisa a anatomia do feto e mede o tamanho dos ossos e dos órgãos. O exame diagnostica 90% das malformações. Quando há suspeita de anomalias, confirma-se o diagnóstico com o ultra-som 3D, que fornece imagens tridimensionais. Quando necessário. Entre a 32ª semana e a 35ª,mais um ultra-som, agora associado à Doppler velocimetria, avalia a circulação do sangue materno para a placenta e desta para o bebê. Esse exame pode ser indicado durante toda a gestação para mães hipertensas ou com doença que impede o bom funcionamento da placenta.

Teste de diabete gestacional
Por volta da 24ª semana, faz-se um exame de sangue para avaliar o nível de glicose no sangue. Se o resultado der alterado, recomenda-se um exame mais completo, com sobrecarga de açucar.


Cultura da secreção vaginal
Esse exame, feito por volta da 35ª semana, começa a se tornar rotina na prevenção de infecções neonatais. A cultura de material coletado do colo do útero aponta a presença ou não de estreptococos no canal de parto. Se a bactéria não for eliminada, o bebê pode ser contaminado no nascimento.

Em casos especiais

Biópsia vilocorial (12ª semana)

Por meio da coleta de tecido da placenta, com uma agulha fina introduzida na barriga, esse exame detecta malformações de causa genética.


Amniocentese (15ª à 20ª semana)
Investiga doenças genéticas, como a síndrome de Down, por meio da coleta do líquido amniótico. O resultado demora de 10 a 20 dias, mas uma parte do líquido retirado pode ser submetido ao exame de Fish, uma técnica que acelera o resultado. Em 72 horas, é possível avaliar as cinco principais doenças cromossômicas, responsáveis por 95% dos problemas.


Ecocardiografia (a partir da 20ª semana)
Checa o coração do bebê, quando a gestante tem histórico de problemas cardíacos ou quando há suspeita de malformação cardíaca.


Cardiotocografia (depois da 26ª semana)
Confere oscilações na freqüência cardíaca do feto para saber se o bebê está em sofrimento. Na reta final da gravidez, é o exame utilizado para observar a regularidade das contrações uterinas,que provocam aceleração dos batimentos cardíacos no bebê.


Perfil biofísico fetal (a partir da 26ª semana)
Averigua o comportamento e a vitalidade do bebê pela ultra-sonografia em gestações de risco, como diabete e hipertensão, que podem comprometer o desenvolvimento da placenta.

Curiosos demais

O exame de sangue PCR (Polymerase Chain Reaction), que identifica fragmentos do cromossomo Y no sangue materno, desvenda o mistério do sexo do bebê a partir da 6a semana (a margem de erro é de 1%). É bem antes do sexo provavelmente ser revelado pelo segundo ou terceiro ultrasom. Segundo especialistas, em apenas 0,01% dos casos o PCR é realizado por indicação médica, quando existe a possibilidade de doenças ligadas ao desenvolvimento do bebê.