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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os poderosos chefinhos II: mito ou realidade?

Como lidar com crianças tão pequenas que agem como adolescentes


Depois de tantos comentários e dúvidas do último mês por conta do tema levantado pela minha coluna, gostaria de continuar pensando com vocês e, talvez, ajudando no que fosse possível... 

O tema é a nova categoria de adolescentes: crianças de 3, 4, 5 anos de idade que colocam os pais “na linha dura”: dão ordens, chegando mesmo a exigir condutas, respondem de modo rápido e com uma linguagem que não é de uma criança. Enfim, tem resposta para tudo e deixam seus pais completamente desnorteados.

Algumas mães chegam a se sentir acusadas ou “pegas” em seus pontos de fragilidade e dificuldade. Alguns casais não conseguem mais sair ou ter um espaço privado só para eles. Assim, a relação entre os adultos também vai se esgarçando... 

Parece-me que, além de termos dado um espaço excessivo para nossos filhos, eles foram se tornando verdadeiros “experts” em se colocar no meio dos adultos e de seus conflitos. Portanto, muito vai depender da capacidade de conversa do casal. Os dois precisam estar unidos quanto aos limites ou ao o que fazer. Caso contrário, a criança se instala nesse espaço entre o pai e a mãe e “pula” uma geração. Inútil dizer o quanto isso tudo é ruim para a criança e para a família: todos nós sabemos do sofrimento desnecessário que nos metemos! Gostaria muito de continuar essa conversa a respeito de nossos pequenos adolescentes de 3, 4 anos de idade! 

domingo, 17 de abril de 2011

As conquistas de uma criança autista

Receber a notícia de que o filho é autista transforma as suas perspectivas de presente e futuro, mas é a partir dessa mudança que você pode apresentar um novo mundo para a criança. Conheça o dia a dia de uma família em que uma das filhas gêmeas tem o distúrbio

“Aqui mora uma família feliz.” As palavras talhadas na plaquinha de madeira que enfeita a porta do apartamento da pedagoga Luciana Nassif, 39 anos, e do comerciante Marcos Antonio Cavichioli, 46, em São Paulo, antecipam o clima que eu iria encontrar na casa dessa família, apesar da avalanche de sentimentos que tomou a todos nos últimos anos. Com um sorriso no rosto, um tererê ornando os longos cabelos lisos e castanhos, quem me recebe é uma das gêmeas do casal, Isabela, 8 anos. Assim que entro, sou convidada a conhecer sua irmã. No quarto, com a babá, Mariana se mostrou indiferente com a minha chegada. Mesmo com a insistência da mãe para que se virasse para mim, continuou com um olhar cabisbaixo. Mari Mari, como é carinhosamente chamada, é autista.

Ela está aprendendo agora a demonstrar e a receber carinho, por gestos. Mari Mari não fala. Ela tem um grau severo do transtorno do espectro autista, termo que os especialistas usam para se referir aos diversos graus que envolvem o autismo. Fica mais fácil entender se comparamos a um dégradé, desde cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até as cores claras. Por isso cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento. Para Mari Mari, que estaria na parte escura deste dégradé, é preciso ensinar o que parece tão corriqueiro. Há um ano, e pela primeira vez, a menina abraçou a mãe – um dos pilares do comportamento autista é a dificuldade de interação com o outro. É um abraço “adaptado”. Ela aceita o carinho, mas não cruza as mãos por trás das costas da pessoa. Em vários momentos da entrevista, ela corria, na ponta dos pés (um comportamento que começou aos 5 anos) para o colo da mãe, sorria, trazia o boneco predileto, gargalhava. O contato visual, o beijo, que não é aquele estalo no rosto, mas uma encostadinha apenas, demonstrações de interesse pela irmã e o sorriso presente no rosto eram cenas apenas sonhadas pela família até pouco tempo.

A mãe me conta, em tom de orgulho, as recentes conquistas da filha. Mari Mari não se incomoda mais se uma criança chega perto dela no parquinho, mesmo que prefira estar só, e ganhou autonomia para comer sozinha e “pedir” o que tem vontade, como quando leva o litro de leite até a mãe para que ela o esquente. “Pode parecer pouco, mas esse é um grande avanço”, diz Luciana. Não, não é fácil ter um filho autista. Mas o diagnóstico não é o fim, e sim um novo começo na vida de toda a família.

“Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade dela ser autista, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso.” Luciana, mãe de Isabela e Mari Mari
Onde tudo começa?

A ciência não descobriu, até hoje, a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ou ser herdados mutados dos pais, algo raro, ou sofrer novas mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo. Alimentação, vacinação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade, como é o caso das gêmeas, que nasceram de 32 semanas.

Isabela saiu da maternidade em cinco dias. A irmã, nos mais de três meses em uma UTI neonatal, passou por uma cirurgia cardíaca e diversos exames, inclusive para detectar a existência de alguma síndrome por ter nascido com as orelhas mais baixas e os dedos levemente flexionados. Mari Mari, segundo os médicos, tinha atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Mesmo acompanhada por uma equipe multidisciplinar desde os seis meses, não mostrava avanços. “Ela gostava de ficar sozinha na escola e, aos 2 anos, teve a primeira convulsão (problema que afeta 25% dos autistas).” Aos 3, os atrasos ficaram evidentes e ela passou a balançar as mãos quando ficava nervosa. “Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade de autismo, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso”, diz. A avó materna das meninas, que desconfiava da existência de um problema maior, mostrou a Luciana uma reportagem sobre autismo. Depois de ler, ela agendou uma consulta com um dos especialistas entrevistados. Em 40 minutos e aos 4 anos e 7 meses, a família soube que Mari Mari era autista.

Essa trajetória desgastante não é incomum. Como não há um exame que detecte o transtorno, o diagnóstico é clínico, feito com base no comportamento da criança. E pode levar muito tempo para chegar a uma conclusão. “O ideal é descobrir o transtorno com cerca de 1 ano, quando os tratamentos dão resultados melhores”, diz Antonio Carlos de Farias, neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe (PR), pesquisador e coautor do livro Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes: Mitos e Fatos (Ed. Autores Paranaenses). Se identificado nessa fase, ou até os dois anos, a chance de a criança falar é de 75%. “No Brasil, estima-se que existam 1 milhão e meio de autistas, e menos de 5% recebem a assistência adequada”, diz Estevão Vadasz, psiquiatra, que estuda o assunto desde 1978, coordenador do Programa dos Transtornos do Espectro Autista, referência no país, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Segundo o Ministério da Saúde, uma a cada mil crianças é autista no Brasil. Dados internacionais, porém, mostram que essa incidência é de uma para cada 110.


Raoni MaddalenaAlinhar à esquerda


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI220964-10496,00-AS%20CONQUISTAS%20DE%20UMA%20CRIANCA%20AUTISTA.html

Filhos de coleira?

O uso do acessório em crianças é polêmico. Confira o que dizem os especialistas (e os pais) sobre o assunto

LatinStock

Quantas vezes você pede, mais de uma vez, para o seu filho não se afastar de você na loja, no parque ou no supermercado e ele parece não ouvir? Procurando uma solução rápida para não perder os filhos nesses momentos, muitos pais estão aderindo à ideia de usar umacoleira nas crianças. Claro que não é aquela que usamos em nossos bichos de estimação. Ela pode ser de pulso, colete ou até mesmo uma mochila colorida e cheia de desenhos. Mas será que essa é a melhor solução mesmo?

A prática tem dividido opiniões de pais e especialistas. Segundo Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), essa atitude interfere no diálogo que se pode ter com os filhos. “A criança tem que aprender a lidar com o comando da mãe. Os pais têm de impor limites e explicar o que pode acontecer se ela sair de perto deles”, diz.

A auxiliar administrativa Samira Bereta de Almeida, mãe do João Victor, de 1 ano e 4 meses, afirma que jamais usaria a coleira no seu filho, porque acredita que a criança deve ter o seu espaço. "Eu sou contra e, todas as vezes que saio com meu filho, ando de mãos dadas, no colo ou com o carrinho. Não vejo necessidade de colocar esse acessório. Tem que deixar a criança à vontade e, se ela se afastar, os pais têm de mostrar onde deve andar", critica. Segundo uma rede especializada em produtos para bebês, o acessório tem bastante saída, principalmente em período de férias, quando as mães têm ainda mais medo de perder as crianças em lugares desconhecidos.

É por esse motivo que a psicóloga Helena Porcheddu, mãe da Rebecca, de 3 anos - que vive em Londres, onde a prática é bastante comum –, diz que a coleira foi uma das melhores coisas que comprou para sua filha. "Vamos muito a museus, feiras, ou seja, lugares com muitas pessoas, e eu prefiro colocar a mochila que tem a coleirinha em vez de ficar empurrando carrinho. Ela se sente livre como se estivesse indo sozinha", defende. Para Quézia, apesar de atitudes como gritar, puxar e arrastar a criança sejam muito mais agressivas, “quando os pais pensam em encoleirar a criança, têm de se questionar por que estão fazendo isso”. “É hora de se perguntar por que não estão conseguindo fazer o filho obedecer e como fazer isso da melhor maneira possível”, diz.

O acessório jamais deve substituir a disciplina dada pelos pais. “Os valores da criança são formados a partir do que os adultos ensinam. Assim, se a noção de autoridade for embasada em objetos e não no diálogo, como ela vai identificá-la quando estiver na adolescência?”, diz a psicóloga infantil Andréia Souza. Impor limites e zelar pela segurança das crianças dá trabalho, sim, mas também é uma forma de criar vínculos com elas. É isso que vai fazer com que se sintam amadas e seguras.

Agora, conte para nós. Você é contra ou a favor do uso de coleira em crianças?




Eu sou contra porque os pais tem que ficar de olho nos filhos e não tratar como animais (minha opinião).

Grávidas que gostam de junk food têm filhos que também vão gostar desse tipo de comida

Esse foi o resultado de um estudo feito com ratos. Mas vale lembrar que a alimentação saudável na gestação é fundamental para mãe e bebê. Confira

 Shutterstock Que tudo o que você come na gravidez tem um impacto na saúde do seu filho, você já sabe. Agora, um novo estudo revela que mulheres que comem muita junk fooddurante os nove meses têm mais chance de ter filhos que gostem desse tipo de comida.

Para a pesquisa, publicada no jornal científico FASEB, cientistas da Univeristy of Adelaide, na Austrália, os cientistas estudaram dois grupos de ratos durante a gravidez e lactação. Uns foram alimentados com ração normal e outros, à base de uma dieta rica em gordura e açúcar. Depois que os filhotes dos ratos foram desmamados, ambos foram autorizados a escolher suas próprias dietas. Aqueles cujas “mães” ingeriram junk food eram mais propensos a optar por alimentos gordurosos.

Mas será que isso pode acontecer também com seres humanos? Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP), apesar de o estudo ter sido feito com um modelo animal (e nem sempre os resultados podem ser extrapolados para o homem), ele traz indícios de que, desde a formação do feto, já se inicia a programação dos hábitos alimentares. Ou seja, a criança já teria uma tendência de ter o paladar mais voltado à junk food. “Mas são só indícios. Devemos lembrar que os hábitos alimentares da criança são definidos por diversos fatores, desde a cultura, o ambiente onde vive, o que é oferecido a ela e, claro, o paladar de cada um”, diz o especialista.

O que fazer se o seu filho foi mal na prova?

Ser compreensivo, mais rígido... Como lidar com esse momento da vida da criança - difícil para ela e para os pais


Foi assim com você e ainda continua da mesma maneira. A semana de provas é estressante – tanto para pais quanto para filhos. Você, no tempo que pode, procurou fazer o melhor para auxiliar o seu filho nas dúvidas que tinha em cada disciplina. Ele, por sua vez, se esforçou nos estudos, ainda que em algumas matérias tenha mais facilidade, claro! Muitas vezes, no entanto, na hora da prova, o nervosismo - ainda mais para aqueles que estão passando por essa experiência pela primeira vez - tira a concentração e a decepção chega junto com as notas. E agora? Como lidar a pontuação baixa ou até mesmo um boletim inteiro vermelho?

A professora Cristina Navarenho Santos Zanetti, há 16 anos na profissão, está acostumada a dar esse tipo de notícia, para a criança e para os pais. Segundo ela, antes de tudo, é importante que o professor acolha o aluno para depois questionar qual foi o problema que o levou àquela nota.“Sempre deixo a criança se abrir, mostro que me importo e digo que ela sabe mais do que aquilo que colocou na prova, porque é verdade. Muitas vezes, a tensão toma conta do raciocínio, mesmo que ela tenha estudado”, diz.

De acordo com Cristina, as provas devem ser somente mais um instrumento de avaliação, junto com excursões, trabalhos, atividades em grupo e feiras de ciência - e não uma ferramenta que concentre todo o peso da aprendizagem daquele bimestre. “Isso deixa a criança ainda mais insegura”, esclarece. Além disso, ela deve ser incentivada a estudar um pouco todos os dias para assimilar o conteúdo com calma e tempo.

Conversar com o filho, com calma, é o primeiro passo depois que o boletim chega com as notas baixas, segundo Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Lembre-se de que é fundamental que ela possa contar com seu apoio. No entanto, não há uma única fórmula porque depende da característica da criança. “Cada família tem uma dinâmica. Se o filho é descompromissado, os pais precisam descobrir o porquê de ter ido mal na avaliação escolar e incentivar a criança, explicando a importância do estudo para a sobrevivência dela”, afirma. Punição, segundo Quézia, não é o caminho. Em vez de cortar tudo o que ela gosta, como forma de castigo, faça acordos e reorganize a sua rotina. Um exemplo é avaliar o tempo em que ela passa em jogos, assistindo à TV, com atividades extracurriculares, como natação, futebol, balé. Se nada adiantar, vale procurar ajuda profissional para ajudá-la a superar as dificuldades.

Na casa do empresário autônomo Gilson Francisco da Silva, 37 anos, pai de Melissa, de 9 anos, há regras estabelecidas. “Se ela chega com uma nota baixa, eu sou duro. O combinado é suspender durante uns dias aquilo que ela mais gosta de fazer, porque o estudo é a obrigação dela nesse momento”, conta. Já Karla Coraini Rodrigues, 35 anos, gerente de vendas e mãe da Vitória, de 9 anos, age diferente. “A gente conversa e eu tento ver o que está atrapalhando. Tento notar se é psicológico ou falta de vontade. Procuro analisar a situação como um todo e nunca cobro, porque sei que ela já se cobra. Sempre digo que ela pode melhorar”, comenta.

Podem ser várias as razões para um desempenho ruim na escola, como falta de estudo e de motivação, timidez na hora de tirar dúvidas, problemas sociais (família e amigos), Déficit de Atenção, entre outros. Junto com a escola, os pais devem observar qual é a principal dificuldade da criança e, dependendo do motivo, ela deve ser orientada por um profissional. Agora, vale reforçar: esse acompanhamento dos pais com os estudos do filho não deve se concentrar apenas no período de provas. O interesse tem de ser diário.

E quando seu filho recupera a nota, deve ser recompensado?

Segundo Quézia, a recompensa é perigosa. “A criança tem que perceber que ela já está lucrando com essa nota alta, e não depender de um presente para saber que fez a coisa certa. Senão, ela vai começar a sempre querer algo em troca e deixar de prestar atenção na importância do estudo no seu desenvolvimento”, afirma. O mais válido nesse momento é você mostrar ao seu filho o quanto está feliz e orgulhoso de sua recuperação e também como o esforço é sempre válido para obter resultados, em tudo o que ele fizer na vida.

domingo, 3 de abril de 2011

Shantala, massagem que alivia cólicas e acalma os bebês

A proposta abaixo sugerida geralmente é aplicada por mães em seus filhos bebês. Todavia, tendo em vista que muitos ingressam cedo demais em berçários e creches, a atividade pode ser realizada por professoras, objetivando suprir um pouco a carência da presença materna e firmando ainda mais seus laços afetivos com os alunos.

Escolha um horário diário ou semanal e aplique a Shantala em seus alunos bebês – eles merecem e agradecem!

De onde surgiu?

O obstetra Fréderic Leboyer percebeu que na Índia, apesar da pobreza, as crianças tinham bom tônus muscular e eram alegres. Foi pesquisar e conheceu Shantala, nas ruas pobres de Calcutá. A mulher estava com o filho no colo e massageava a criança com naturalidade. Leboyer descobriu que aquilo era uma tarefa diária das mães indianas, gostou do que viu e resolveu levar para a Europa o que havia aprendido. Batizou a

massagem de Shantala, e escreveu um livro sobre o assunto.

Você vai precisar:

  • óleo de amêndoa doce ou de camomila
  • 2 travesseiros confortáveis
  • 2 toalhas grandes
  • brinquedo de estimação por perto
  • música suave
  • ambiente aquecido

Importante : O bebê não pode sentir frio.

A shantala é bastante interessante na fase em que o bebê ainda não tem controle sobre todos os movimentos do corpo, porque serve de estímulo.

São necessárias apenas algumas gotinhas de óleo vegetal para deslizar as mãos atingindo objetivos como acalmar o bebê, eliminar gases, cólicas e prisão de ventre ou deixar o sono mais tranqüilo.

É indicado o óleo vegetal para a massagem porque ele é mais fácil de ser absorvido pela pele do bebê. Normalmente a versão de amêndoa pura e, nos casos de cólicas muito acentuadas, óleo com camomila .

Para uma massagem mais relaxante, é só fazer a série de forma mais suave e superficial. Se a idéia for estimular o bebê, os toques precisam ser mais profundos e rápidos.

O ideal é repetir os movimentos três vezes e aumentar o número gradativamente de acordo com a aceitação do bebê.

É muito importante que a massagem seja prazerosa para o bebê, mantendo-o calmo e sem chorar.

O ideal é fazer a shantala meia hora depois de uma mamada para que o bebê não sinta fome durante a massagem. Se ele sente muita cólica na parte da tarde, por exemplo, é recomendável que a massagem seja feita de manhã, servindo como medida preventiva.

Baseando-se nos canais e centros energéticos do corpo. Se observarmos isso teremos um retorno 100% benéfico para o bebê. O toque, o carinho provoca um aumento da auto-estima e consequentemente da imunidade.

Como a massagem é feita diariamente é importante manter um ritmo. Atua sobre todo o sistema neurológico equilibrando-o. Desenvolve a coordenação motora. Atua ainda sobre a musculatura, articulações, alonga e promove eliminação de tensões, facilita um sono tranqüilo e profundo. Enfim, transforma o bebê num bebê saudável em todos os aspectos.

A criança que recebe amor na infância será um adulto equilibrado, sem traumas e que transmitirá sentimentos altamente elevados para com os seres humanos e toda a natureza.

Saiba como fazer a Shantala

  1. Sente-se com as pernas esticadas para frente e deite o bebê sobre elas. Comece fazendo uma limpeza energética, esfregando uma mão na outra, para que as palmas fiquem aquecidas. Faça essa fricção com as mãos no alto da sua cabeça, para que a energia flua. Inspire e mentalize energia positiva para o seu bebê.
  2. Faça um triângulo com as mãos e leve até a altura do peito do bebê (sem tocá-lo com a distância de um palmo). Separe as mãos e vá contornando todo o corpinho da criança, sem tocá-la, e expire.

A cada contorno terminado, chacoalhe as mãos (como se elas estivessem molhadas e você quisesse eliminar o excesso de água). Repita o procedimento por três vezes, mantendo a respiração.

3.Passe o óleo em suas mãos e esfregue-as. Lembre-se de passar o óleo novamente, sempre que começar a massagear uma nova região (exceto o rosto do bebê).

4.Com as mãos bem relaxadas e os dedos unidos, posicione-as no centro do peito do bebê. Deslize, horizontalmente, a mão esquerda até a axila de mesmo lado. Simultaneamente, faça o mesmo movimento à direita.

5.Novamente, comece o movimento no centro do peito do bebê e, dessa vez, termine em cada um dos ombros dele.

6.Começando o movimento pelo centro do peito da criança, suba uma mão de cada vez (formando um X), até o final do ombro. Deixe seus dedos chegarem embaixo da orelha dele. Sempre que a massagem for feita em movimentos alternados, inicie pelo lado esquerdo do bebê, que é o lado mais receptivo.

7.Faça um círculo com as suas mãos, como se fosse um bracelete. Com uma delas, segure o pulso do bebê. Enquanto isso, a outra mão vem de encontro àquela que está segurando o pulso, partindo do ombro. Quando as mãos se encontrarem, alterne-as, dando continuidade o movimento funciona como se o bracinho do bebê fosse uma corda, que você puxa para escalar uma parede.

8. Faça um movimento de rosca (uma torsão suave) com as duas mãos, iniciando pelo ombro e descendo até o pulso do bebê.

9. Apoie a mão do bebê, com a palma virada para cima, em uma das suas mãos. Use o seu polegar da outra para massagear a mãozinha dele, partindo do pulso e chegando até a ponta dos dedinhos.

10. Deslize sua mão espalmada e com os dedos unidos por toda a mãozinha do bebê.

11. Aperte delicadamente os dedinhos do bebê, um a um, começando pelo polegar.

12. Faça um movimento com as suas mãos em concha, da base das costelas até o começo dos genitais dele. Essa técnica é ótima para aliviar as dores da cólica. Se as dores forem muito fortes, intensifique o movimento.

13.Segure as perninhas para o alto e, com o ante-braço, coninue massageando a região abdominal. Repita o mesmo movimento com as mãos.

14.Faça um círculo com as suas mãos, como se fosse um bracelete. Com uma delas, segure o tornozelo do bebê. Enquanto isso, a outra mão vem de encontro àquela que está segurando o tornozelo, partindo da virilha. Quando as mãos se encontrarem, alterne-as, dando continuidade ao movimento, como no passo 7.

15.Apóie o pé do bebê em uma das suas mãos. Com a outra, deslize o polegar, massageando a sola do pezinho.

16.Deslize sua mão espalmada e com os dedos unidos por todo o pé do bebê, tanto a sola como o peito.

17.Aperte delicadamente os dedinhos do pé do bebê, um a um, começando pelo polegar.


Pais fazem inseminação artificial e rejeitam um dos bebês, diz médico

Pais fizeram tratamento para o nascimento de dois bebês; nasceram três.
Após o nascimento, pai rejeitou 1 dos bebês; os três foram levados para abrigo.



Três meninas que nasceram por inseminação artificial foram levadas pelo Conselho Tutelar para um abrigo, em Curitiba, depois de serem rejeitadas pelo pai após o nascimento.

De acordo com o geneticista que implantou os embriões na paciente, Dr.Karan Abou Saad, o pai teria rejeitado uma das meninas porque esperava que o tratamento resultasse no nascimento de no máximo dois bebês. As crianças nasceram no dia 24 de janeiro deste ano. A maternidade não quis comentar o assunto.

O médico explicou que nos primeiros exames de gravidez os pais já sabiam que seriam três bebês, mas quando eles nasceram o pai se recusou a levar para casa a terceira criança. Ele foi impedido pelo hospital de levar somente duas crianças. A maternidade acionou o Ministério Público e uma liminar determinou que as três crianças fossem levadas para o Conselho Tutelar. O caso segue em segredo de justiça.

Em entrevista ao G1, Dr. Karan disse também que em 36 anos de profissão nunca tinha visto uma situação destas. "Pra mim é uma novidade, nunca vi um casal rejeitar um filho após um tratamento para engravidar", afirmou.

A advogada da família informou que os pais não querem comentar sobre o assunto porque o caso está em segredo de justiça.


Tudo está sendo 'coisificado', diz psicóloga sobre abandono de bebê


Pais não quiseram levar um dos trigêmeos para casa, mas perderam todos.
O MP pediu à Justiça que os bebês fossem para o Conselho Tutelar.



Especialistas em comportamento ouvidos pelo G1 classificaram o abandono de um dos trigêmeos por um casal que esperava dois filhos como “tratar seres humanos como coisas” e “questão maquiavélica”.

Veja a reportagem do ParanáTV 2ª edição, da RPC TV

Nascido no último dia 24 de janeiro, depois de um tratamento de fertilização, um dos três gêmeos teria sido rejeitado pelo pai – o homem queria deixar o bebê na maternidade, mas foi impedido. As informações são do médico responsável pelo tratamento, o geneticista Karan Abou Saad. Ele disse nunca ter visto algo assim em 36 anos de profissão.

A maternidade não quis se pronunciar sobre o assunto, mas foi a responsável em informar o Ministério Público. As três crianças, por determinação da Justiça, foram levadas pelo Conselho Tutelar. A ação está protegida pelo segredo de justiça.

A psicóloga Clodete Azzolin considera que essa rejeição “é fruto de uma sociedade movida pelo excesso de racionalidade, onde tudo está sendo coisificado, inclusive o ser humano”. Ela diz ainda que “agindo assim, o ser humano se afasta cada vez mais de sua natureza, comprometendo inclusive a manutenção dos instintos naturais”.

Ao explicar o que é “coisificar”, Clodete faz alusão à compra de vasos de flor para a sacada: “Se o entregador chega com três, tenho de mandar um de volta para a loja. Não tem espaço para três, só para dois”.

Nos 30 anos de profissão, o psicólogo Guilherme Falcão repete a história de Saad: “Nunca vi nada assim, nem parecido. Vi, na verdade, bem o contrário. O casal fez tratamento para engravidar, mas o bebê morreu ao nascer. Então eles adotaram duas crianças”.

Para ele, “a questão é muito mais de caráter do que de doença. (...) Mas de qualquer forma o Ministério Público tinha ainda que obrigar esses pais a um tratamento psicológico e psiquiátrico. (...) Alguém tinha que tentar descobrir que coisa é essa de ter obsessão em ter filhos, ao ponto de fazer um tratamento tão caro, e depois abandonar”.

Falcão ressalta que “ninguém sabe os detalhes da história, mas foi uma maneira de descartar um ser humano que não pediu para nascer. Se alguém pode sustentar dois [filhos], pode sustentar três”.

A advogada dos pais dos trigêmeos informou, por telefone, que o casal teria se arrependido e tentaria reaver a guarda das crianças na Justiça.

Fonte: http://g1.globo.com/parana/noticia/2011/04/pais-fazem-inseminacao-artificial-e-rejeitam-um-dos-bebes-diz-medico.html


Agora me expliquem:

Como uma pessoa (oi?) consegue escolher um filho? Qual é o critério? Eu quero o mais magrinho ou o mais gordinho, o mais branquinho ou o mais moreninho? Alguém me explica porque eu acho que ele pensa que está na feira escolhendo legumes #revoltatotal.

E outra, essas duas criaturas sabiam do risco de nascer gêmeos, trigêmeos ou quadrigêmeos!!! Definitivamente, eles não tem Deus do coração!!!

E nós tentantes rezando, orando para vir pelo menos 1 bebê!!!



quinta-feira, 24 de março de 2011

Para relaxar em um piscar de olhos

O primeiro mês com o bebê é cheio de novidades. Com elas, você vai viver momentos de ansiedade e cansaço. Preparamos dez técnicas de relaxamento instantâneas, fáceis para você fazer e ficar mais leve


Trocar fraldas, amamentar, dar banho, fazer dormir. E quando seu filho finalmente tira uma soneca durante o dia, tudo que você mais quer é ficar olhando para ele enquanto dorme. Os primeiros dias com o bebê em casa não têm rotina e, apesar da felicidade, você vai se sentir muito cansada. Calma. Dá para relaxar mesmo assim e ele pode inclusive estar junto com você. Exercícios simples, que levam no máximo cinco minutos, podem ser feitos durante uma mamada ou soneca. Confira e teste.


1. RECUPERE A ENERGIA

Você está exausta, mas seu bebê não sabe disso e não quer tirar uma soneca.

Pernas para o ar Deite no chão de barriga para cima e encoste o quadril em uma parede. Eleve as pernas, estique-as apoiando na parede. Você deve formar um ângulo de 90 graus entre seu tronco e as suas pernas. Flexione os pés para que eles fiquem paralelos ao chão. Deixe os braços esticados ao lado do corpo. Mantenha essa posição por um minuto.

Por que faz bem Esse exercício pode ser (quase) tão relaxante quanto dormir um pouco e vai deixá-la com mais energia. Elevar as pernas acima da cabeça facilita a circulação do sangue e funciona como um descanso para o seu coração. Ainda alivia a tensão nas costas.

2. ACALME A MENTE

Finalmente, você consegue acalmar seu filho após muito choro por culpa da cólica.

Terceiro olho Sentada em uma posição confortável, pressione suavemente o ponto logo acima do nariz, entre as sobrancelhas, com o dedo médio. Faça movimentos circulares por um minuto.

Por que faz bem Conhecido como yitang, esse ponto da acupuntura facilita a respiração e ajuda a relaxar a mente, aumentando a sensação de bem-estar.

3. ALIVIE AS DORES NO CORPO

Com tanta correria, isso é normal.

Ponto anestésico Abra a mão esquerda com a palma virada para baixo. Posicione a primeira fissura do polegar da mão direita na pele entre o polegar e o indicador da outra mão. No ponto em que a ponta do dedo tocar, pressione com um pouco de força e faça movimentos circulares durante um minuto.

Por que faz bem Estimula a produção de endorfina, considerado um analgésico natural porque reduz o estresse e a ansiedade.


4. SE SENTIR VONTADE DE CHORAR

Diante dos novos desafios, você pode sentir um aperto no coração.

Do-in contra ansiedadeDeixe a palma da mão virada para baixo e localize o ponto que fica três dedos abaixo do punho, exatamente no meio do braço. Com o polegar, pressione a região e faça movimentos circulares enquanto os outros dedos ficam embaixo, fechando como uma pulseira. Apalpe também o mesmo ponto só que na parte oposta. Para completar, com os dedos indicador e médio, pressione logo abaixo do começo do seio, no centro do peito. Permaneça em cada posição por um minuto.

Por que faz bem Esses pontos ajudam a controlar a ansiedade e recuperam a energia. Aproveite para respirar fundo e relaxar.

5. CONTRA A DOR DE CABEÇA

Ela pode aparecer por conta do estresse da nova rotina.

Massagem nas têmporas Imagine uma linha invisível logo acima das sobrancelhas. Coloque os dois indicadores no centro dela, no meio da testa e siga com a ponta dos dedos em sentido contrário até encontrar uma cavidade bem superficial. Essas são as têmporas. Massageie em movimentos circulares com as pontas dos dedos indicador e médio. Você pode sentir uma leve dor, é normal, não se preocupe.

Por que faz bem Esses pontos agem contra dores na cabeça e problemas respiratórios e aumentam a sensação de relaxamento.


6. DESCANSE AS COSTAS

Logo após dar banho no bebê, aproveite esse momento de tranquilidade e relaxe também as suas costas.

Pose de criança Coloque uma pilha de travesseiros finos ou cobertores dobrados com cerca de 30 cm de altura no chão. Ajoelhe-se de frente para a pilha e encaixe os travesseiros no meio das suas pernas. Sente-se nos calcanhares e deite em cima da pilha com o rosto virado para a direita. Você deve conseguir se deitar sem abaixar demais as costas. Caso não consiga, coloque mais um cobertor ou travesseiro. Descanse o tronco durante um minuto. Em seguida, vire a cabeça para o outro lado.

Por que faz bem A inclinação para frente libera a tensão da parte inferior das costas, quadris e pescoço. A posição é como a do bebê no útero e faz você se sentir confortável e acolhida.

7. PARA CORRIGIR A POSTURA

Enquanto você amamenta, a tendência é curvar as costas em formato de concha para acolher o bebê e isso pode custar a você fortes dores na coluna.

Relaxe o pescoço Sente-se de forma bem confortável com os pés apoiados, abra bem o peito e separe os ombros. Devagar, olhe para a esquerda, para a direita. Jogue a cabeça para trás e para frente e vire para a esquerda, tentando encostar a orelha no ombro e para a direita, repetindo o movimento. Permaneça em cada posição entre 10 e 15 segundos.

Por que faz bem Essa posição relaxa todos os músculos de sustentação dos ombros e do pescoço.

8. PARA CONTROLAR O CHORO DO BEBÊ

Naqueles momentos nos quais seu filho está muito irritado, colocá-lo numa posição diferente pode acalmá-lo.

Em cima da sua barriga Deite em uma superfície confortável e firme, colocando o bebê sobre a sua barriga. Levante as pernas e dobre os joelhos, em formato de pinça. Balance as pernas de um lado para o outro, mexendo bem o quadril.

Por que faz bem Massageia e alonga a lombar, além de promover relaxamento para você e para o bebê.

9. CURTA SEU CORPO

Seu bebê está tranquilo e pode ficar deitado ao seu lado.

Relaxe o corpo todo Deite no chão, mantenha os braços esticados ao longo do corpo e as palmas das mãos voltadas para cima. Preste atenção em sua respiração e concentre-se em cada parte do seu corpo, imaginando que estão se soltando e relaxando. Primeiro, concentre-se na cabeça, depois, no pescoço, nos ombros, na coluna, no quadril, nas pernas e nos pés.

Por que faz bem Ao se concentrar em cada parte, você ganha mais consciência corporal e relaxa o corpo todo. Reserve cinco minutos para fazer esse exercício com calma.

10. RELAXE POR INTEIRO

Durante a soneca dele, uma massagem nos pés alivia a tensão do corpo todo.

Reflexologia Sente-se em uma posição confortável e cruze as pernas como índio, de forma que você consiga massagear a sola de um pé de cada vez. Com a mão fechada, como um soco, faça movimentos repetitivos com as articulações dos dedos. Quando chegar ao calcanhar, volte e puxe cada dedo devagar. Repita o movimento no outro pé.

Por que faz bem Esse exercício garante o relaxamento completo porque estimula todos os pontos do pé que refletem no corpo.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI213991-10484-2,00-PARA+RELAXAR+EM+UM+PISCAR+DE+OLHOS.html

Como falar de morte com as crianças

A morte é a certeza mais misteriosa da vida. Essa contradição a torna tão difícil de ser compreendida, que dirá explicada às crianças. Entender como funciona a mente infantil ajuda a ensinar nossos filhos como lidar e conviver com esse tema


No playground do prédio, Nina brincava com o irmão quando viu os tios chegando. Aí veio seu avô. Ué, não tinha nenhum encontro da família, por que estavam todos ali? Pouco tempo depois pediram para que os dois subissem e foi no quarto dos pais que a mãe e o avô contaram o que acontecera. A avó havia morrido de repente e todos estavam muito tristes. Quando ela viu a mãe ir ao banheiro para chorar, a menina não teve dúvidas: “Mamãe, abre a porta para eu ficar com você. A vovó sempre dizia que a gente não deve chorar sozinho”.

Vilma, a mulher do cartunista Ziraldo e avó de Nina (que tinha 7 anos na época), morreu em 2000. Dois anos depois, a história dela com os netos se transformou emMenina Nina, Duas Razões para Não Chorar (Ed. Melhoramentos). São desse livro, que vai virar peça de teatro (leia mais nesta matéria), as ilustrações desta reportagem. Ziraldo trata a morte de um jeito simples, como criança entende, singelo e bonito. Foi o jeito que o cartunista encontrou de confortar seus netos, filhos, e a si próprio fazendo uma homenagem à mulher com quem passou mais de 40 anos de sua vida: “Músicos fazem um réquiem, os rajás fazem palácios (como o Taj Mahal), os escritores fazem sonetos, eu escrevi sobre ela quando pude”, declarou em entrevista à CRESCER.

Foi a própria Nina que nos contou como foi saber da morte de sua avó. Ainda hoje, 11 anos depois, ela se emociona ao lembrar como foi duro para a mãe e o avô darem a notícia a ela e sofre por não ter mais a Vovó Vivi por perto. Falar de morte com crianças não é mesmo nada fácil. Como a gente pode tentar explicar uma coisa que não entende e que é tão dolorida? Dá uma tentação louca de que nossos filhos não precisem passar por isso, muito menos quando tão novos. Sim, isso já passou pela cabeça de qualquer um que tenha filhos, mas o melhor mesmo é que seja só um desejo utópico. Uma das coisas que todos os especialistas entrevistados para esta reportagem disseram é que, independentemente da idade do seu filho e da situação – se morreu um bicho de estimação, um parente próximo ou um conhecido distante –, não se deve mentir ou esconder o fato das crianças. “As crianças são só crianças, não bobas”, afirma Maria Helena Franco, psicóloga e coordenadora do Laboratório de Estudos sobre o Luto da PUC-SP.

É difícil dizer o que seu filho entende em cada idade. Diferentemente dos aspectos do desenvolvimento motor, o emocional é mais individual e depende também das experiências de vida de cada pessoa e família. Mas é certo que, mesmo tão cedo quanto aos dois anos, as crianças são capazes de perceber mudanças no clima e nas emoções da casa. Então seu filho vai perceber se você estiver triste, preocupado, ou agindo diferente. “Se os pais escondem da criança que um cachorro ou peixe do aquário morreu, dizendo que ele fugiu ou sumiu, e depois ela vê o bicho morto, ou mesmo ouve uma conversa sem querer, ocorre a quebra da confiança que ela tem em seus próprios pais”, explica Rita Callegari, psicóloga do hospital São Camilo (SP).

A gente também se engana quando acha que nossos filhos nunca ouviram falar em morte. Ela está nos livros infantis, nos filmes – os pais de Simba morrem em O Rei Leão, a Branca de Neve cai em sono eterno ao morder a maçã, os vilões são mortos pelos mocinhos no final –, nas notícias da TV, nas conversas das pessoas na rua. Também está naquele pernilongo que ela vê morto, nas flores que murcham no vaso.

A diferença é que, até por volta dos 6 anos, a criança não entende que a morte é irreversível. “Nessa fase ela não difere fantasia da realidade, acredita que, assim como nos desenhos animados, dá para se levantar depois que cai uma bigorna na sua cabeça”, ensina Julio Peres, psicólogo e autor do livro Trauma e Separação (Ed. Roca). Ele explica que é preciso deixar a criança “brincar de morto”, sem repreender. Isso, somado às pequenas mortes do dia a dia, dos insetos, plantas e pequenos animais, são um bom treino para entender a sequência da vida e facilita na hora de lidar com uma morte de alguém próximo.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI213981-10496,00-COMO+FALAR+DE+MORTE+COM+AS+CRIANCAS.html