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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tudo para você escolher a melhor escola

Tem espaço para brincar? Alfabetizam a partir de que ano? Enfatiza os esportes ou as artes? Tem muita lição de casa? Como é a hora do lanche? Aborda questões sobre diversidade e respeito? Perguntas não faltam na hora de escolher a escola do seu filho. E elas são fundamentais para ajudar você nessa decisão tão importante para toda a família. Veja aqui o que você deve observar e, principalmente, o que é preciso pensar antes de ir a campo

Desde o momento em que descobre que será mãe, sua vida se torna uma sucessão de escolhas. Primeiro, o berço. Mais para frente, em qual maternidade será o parto, as músicas que irão tocar durante o grande momento, as lembrancinhas, o restante da decoração do quarto. Fora o nome! Mistura de prazer e muito trabalho. Porém, existe uma decisão que você terá que tomar da qual talvez tenha poucas informações e que não envolve só o gosto do casal: a escolha da escola.
Para fazer do jeito certo você terá que pesquisar muito, ir atrás de todos os dados possíveis, além de conversar com parentes e amigos e, sobretudo, ir a muitas escolas. Para ajudar você, CRESCER visitou diversas delas em São Paulo, da campeã do ranking do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o famoso Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), à classificada como “alternativa” que preza as artes e o meio ambiente; da gigantesca com 64 mil m2, à pequena com 80 alunos. Prestamos atenção no tom e nas palavras usadas por cada educador, observamos as paredes com cores e desenhos feitos pelas crianças em murais, os tamanhos e as soluções encontradas em cada espaço e como são as relações entre professores, alunos e entre as próprias crianças.
Conversamos também com muitos pais. A angústia e o foco podem mudar, mas as dúvidas são comuns e os desejos, os mesmos: “Quero que meu filho seja feliz e se prepare para a vida”. Só que há muitos conceitos para embaralhar esse sonho. A começar pelos nomes das linhas pedagógicas: tradicional, construtivista, socioconstrutivista, montessoriana, Waldorf, democrática, alternativa etc. É preciso entender para escolher e conversar muito com quem for nos receber. Além de olhar, ouvir e sentir, claro. Por isso fizemos esta prévia do que você também terá que fazer para responder a pergunta: qual a escola ideal para o meu filho?
A família pode viver esse dilema uma vez só, quando a escola tem do berçário – ou da educação infantil – ao ensino médio. Ou em dois momentos, no mínimo, na hora de escolher a primeira e depois uma outra para a criança começar no fundamental, agora iniciando com os alunos aos 6 anos de idade. Ou, ainda, quando a escola cuidadosamente escolhida não deu certo. Porque, por mais atenção que você tenha, isso pode acontecer, sim. E basta um papo com pais ou especialistas para saber de uma coisa: não há escola perfeita. Até porque a vida é dinâmica – colégios mudam, crianças também. O que funciona em um momento pode não funcionar no outro. Ter consciência disso é básico nessa empreitada.
Saiba que educação é conversa de casal
O adulto que vai decidir essa relação da criança com o aprender precisa saber o que ele mesmo pensa sobre educação. “O casal tem que conversar sobre o assunto. E se houver alguma discordância, deve ser acertada antes de ir a campo”, diz a educadora Tânia Zagury, uma das maiores especialistas do Brasil, autora de Escola Sem Conflitos: Parceria com os Pais(Ed. Record). E não importa a condição. Se for um casal que mora junto, ou se os pais estiverem separados, o objetivo não pode se perder. “Também há o hábito, pelo passado histórico, de ser uma tarefa da mulher, mas a decisão tem que ser dos dois.”
Homens e mulheres têm sua história com educação e escola, referências que estão enraizadas mais do que imaginamos. “Este momento traz à tona lembranças e representações de anos e anos, e a atitude é ou buscar algo parecido ou totalmente oposto”, diz Maria José Nóbrega, assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e de diversas escolas. Não dá, no entanto, para estabelecer uma relação de educação compensatória. Explico. Se sua família prezar a disciplina forte, não adianta procurar um sistema alternativo ou que deixe a criança mais livre. E, da mesma forma, se seu problema for impor limites, não é a escola rígida que vai dar conta disso. Escola nenhuma vai dar.
Entenda o papel dos pais e o da escola
Para que tudo corra bem, o importante é entender o papel da escola e o da família nessa, digamos, educação em conjunto. “Escola e família são instituições diferentes. A família é o núcleo individual e a escola, o público. Os desafios diários estão nesses exercícios de princípios diferentes na coletividade”, expõe Liamara Montagner, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Santo Américo. Cada um, então, tem que fazer a sua parte e respeitar o espaço de cada um. “Não dá para chamar a família para resolver tudo. Seria a mesma coisa que um pai ligar para o professor cada vez que o filho não quer entrar no banho”, diz a soció-loga e consultora de educação, Lourdes Atié.
O que equilibra essa relação é a confiança. “A família precisa se sentir acolhida. Ela nunca vai encontrar uma escola que tenha todas as características adequadas para o filho dela. Mas tem que perceber que pode transformar, conversar, dizer o que aflige, poder perguntar sempre”, afirma Marcelo Cunha Bueno, colunista de educação da CRESCER e diretor pedagógico da escola Estilo de Aprender. A relação é tão delicada que há escolas com um cargo específico: gerente de relacionamento. Como na Escola Carandá, onde a função é ocupada por Adriana Enriques Ajej. “O diálogo aberto com os pais não tem o objetivo de a escola se ‘moldar’ à demanda, mas de deixar claro quais são os nossos princípios.”
“Queria continuar amamentando ao voltar ao trabalho, então optei por uma escola perto da empresa, que me deixasse amamentar na hora que quisesse. Poliana ficou lá até os 4 anos, quando a logística ficou complicada e escolhemos uma perto de casa e que tivesse até o ensino médio, para não precisarmos mudar novamente. A gente procurou uma que desse uma boa base para o vestibular. Acho que primeiro a formação tem que ser de 
caráter. Depois, é hora do conteúdo.” 

Eliezer Paes, analista de sistemas, mãe de Poliana, 4 anos, e Lorena, 4 meses
Dê importância para a criatividade
Você já sabe que a brincadeira é essencial. Afinal, ela é o ingrediente principal para desenvolver a imaginação e, portanto, a criatividade das crianças. Também é o meio mais eficaz para ela aprender a fazer conexões com o mundo e aprendizados. Mas para qualquer pai e mãe, por mais que se delicie com cada descoberta do filho, é inevitável pensar no que vai acontecer daqui a alguns anos. E essa escolha da escola exige um equilíbrio entre aposta e ansiedade, entre presente e futuro. Mas, responda, como será o futuro na sua opinião? Muitos arriscam palpitar. Sucesso terá quem domina a tecnologia. Mas, já não estamos todos envolvidos nela? Outra: sucesso terá quem souber muitos idiomas. E não há dezenas de pessoas aprendendo inglês ou outra língua pela internet? E ainda: Sucesso terá quem for supercriativo. Já não temos que usar nossa criatividade hoje para surpreender? “O problema de fazer uma aposta dessas é que não sabemos como será. Futurólogos no mundo todo, como o grande pensador francês Edgar Morin, dizem que não vai ser um papel ou um título que fará um sujeito ser mais preparado, mas a sua capacidade de fazer conexões”, diz Lourdes Atié.
Há uma história – daquelas que ninguém sabe se aconteceu mesmo – que circula há anos pela internet sobre um diálogo entre uma criança e uma professora. A criança tem 6 anos e está fazendo um desenho. A professora pergunta: “O que você está desenhando?” A menina responde: “Um retrato de Deus.” A professora argumenta: “Mas ninguém sabe como é Deus”. E ela diz: “Vão saber em um minuto”. O caso foi recontado em uma das palestras do inglês Ken Robinson, renomado professor de artes e conselheiro de governos sobre educação, na TED (Tecnologia, Entretenimento e Design), que são conferências com grandes pensadores sobre ideias que merecem ser disseminadas. Seu argumento naquela palestra era bater na tecla de como as escolas podem limitar a criatividade das crianças, por ignorarem, inclusive, os saberes delas. “Sou da opinião de que a criatividade é tão importante na educação quanto a alfabetização”, diz ele, que conta também um fato da infância da coreógrafa Gillian Lynne, uma das mais importantes do mundo, que montou espetáculos como Cats e O Fantasma da Ópera. Ela contou a ele que, na escola, nos anos 30, tinha dificuldade de aprendizagem e não conseguia se concentrar. Sua mãe procurou um especialista que ouviu todas as reclamações e pediu para a menina ficar em uma sala, sozinha, com o rádio ligado. Então, mostrou para a mãe o que acontecia: a menina dançava muito. E emendou: “Sua filha não é doente. Ela é dançarina”.
Não há saída: a nossa relação com o aprendizado precisa mudar. “Diz a neurociência que o sistema emocional não está desligado da cognição”, afirma Elvira Souza Lima, reconhecida pesquisadora brasileira das áreas de Educação, Mídia e Cultura, em seminário sobre infância, realizado pela TV Cultura e a Sesame Workshop, no final de maio. “Exploração e descoberta são o grande eixo do século 21. Quem brinca, quem se mexe, tem redes permanentes de aprender.”
“Meu maior erro foi escolher uma escola com conceitos muito diferentes dos que acredito. Pensei que o Tomás tinha que aprender a se comportar em ambientes diversos, que tudo bem se o nosso modo de vida é mais solto e a escola é mais rígida. Estava enganada e fiquei triste de perceber isso. Mudei de bairro e de escola. E vi mesmo que tinha errado muito. Hoje ele está superbem, numa classe menor, mais tranquilo. Parece até que eu mudei de filho.” 

Beatriz Reis, 34 anos, jornalista.
Mãe de Tomás, 7, e Bernardo, 3
Descubra o que cada uma oferece
Ken Robinson critica veementemente a obsessão por colocar as crianças em escolas que pensam apenas nas universidades. Principalmente porque hoje, entrar em uma não garante nem emprego, quanto mais felicidade e sucesso. Muitos pais, porém, não concordam com isso e a cada resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), divulgado pelo Ministério da Educação, saem em busca das escolas com melhores notas. Não entenderam que o exame é uma avaliação específica, que leva em conta critérios muito pontuais, e não um ranking de bons colégios. Até porque, boa escola para um pode não ser boa escola para outro.
“Alguns pais vêm, sim, por causa do Enem. Mas deixamos claro que se for esse o único critério então está tudo errado. É uma avaliação de alunos, ao final de um ciclo básico, para medir aquelas competências e habilidades”, diz Adilson Garcia, diretor do Colégio Vértice, que está em primeiro lugar na lista divulgada ano passado das 50 melhores escolas do Brasil, e que ganhou notoriedade após anos ser considerada apenas uma boa escola de bairro. “O mais grave são as escolas ficarem cada vez mais puxando o conteúdo formal que não vai necessariamente fazer o aluno passar no vestibular”, afirma Renata Americano, coordenadora geral do Ensino Fundamental 1 da Escola Viva, que há décadas é conhecida como um colégio que valoriza as artes como ponte para o aprendizado.
Veja como é a comunidade escolar
Seja mais, ou menos, conteudista. Ao buscar uma escola é preciso levar em conta também o que está nos arredores. Quando se escolhe um colégio, se escolhe também uma comunidade a se pertencer. Os amigos, os pais dos amigos e até os gastos – viagens, festas, presentes – vão fazer parte da vida da sua família. É um pacotão mesmo. Podem surgir problemas de alto consumismo entre as crianças, cobranças, comparações.
Diferenças nas condutas de educação, mas também muito aprendizado – entre os pais, inclusive – com a diversidade de ideias e ideais. Dessa comunidade, pode vir também aquela turma de amizade tão duradoura que acaba agregando até os pais e irmãos dos colegas. “Temos que assumir o clichê ‘a escola é a segunda casa da criança’, porque deve ser mesmo. Precisa, sobretudo, ter a ver com a sua família”, alerta Lourdes Atié.
Bem, agora que você já leu e refletiu sobre tudo isso, é hora de partir para as questões, digamos, mais práticas. Saiba nas próximas páginas o que observar quando for conhecer uma escola.
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI244220-10448-4,00-TUDO%20PARA%20VOCE%20ESCOLHER%20A%20MELHOR%20ESCOLA.html
Fonte: 

Lancheira saudável

Pesquisa americana mostra que o lanche de 9 entre 10 crianças atinge temperaturas que podem prejudicar a qualidade dos alimentos. Veja como garantir a segurança na hora de montar a lancheira do seu filho

Fruta, sanduíche e suco. Na hora de montar a lancheira do seu filho, você se preocupa em escolher alimentos para que ele faça uma refeição equilibrada. E como manter a qualidade do lanche até a hora do recreio da criança? 

Um estudo feito pela Universidade de Texas, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Pediatrics, com 705 crianças que estavam na pré-escola, mostrou que o lanche de 90% delas foi considerado inadequado para consumo. Segundo os cientistas, os alimentos haviam atingido uma temperatura muito alta, o que facilita a proliferação de bactérias e pode causar doenças. 

Os pesquisadores mediram a temperatura dos lanches uma hora e meia antes de serem consumidos. Das 705 lancheiras testadas, 39% não tinham nenhum tipo de refrigeração – como gelo reutilizáveis ou embalagens térmicas – e 45% tinham apenas um gelo. Cerca de 82% dos lanches estavam na temperatura ambiente. 

Apesar do resultado alarmante, os médicos ainda não sabem o impacto que isso pode causar na saúde e no desenvolvimento das crianças. "Este é um estudo provocativo", diz o pediatra Michael Green, do Hospital Infantil de Pittsburgh, nos Estados Unidos. 

Para garantir a segurança dos alimentos que seu filho leva na lancheira, o primeiro passo é saber a hora do recreio da criança. “O tempo entre o preparo e a hora do consumo é fundamental para acertar na escolha”, diz a nutricionista Werusca Barrios, do Hospital Samaritano, em São Paulo. 

Tanto a lancheira quanto a garrafa têm de ser térmicas e no caso de alimentos que precisam de refrigeração, a saída é colocar gelos reutilizáveis. “Para calcular a quantidade de gelinhos, inclua sempre o suficiente para igualar o peso de todos os alimentos juntos”, diz a nutricionista. Por exemplo, se um iogurte, uma fruta e um sanduíche pesam 250 gramas, coloque a mesma quantidade de gelos na lancheira. 

Se possível, deixe a lancheira vazia na geladeira durante a noite. Ela vai absorver a temperatura e manter o gelo e a qualidade dos alimentos por mais tempo. O mesmo vale para a garrafa térmica. 
Escolha bem os alimentos
Na hora de escolher os alimentos, lembre-se que os derivados do leite – como iogurtes, queijos, requeijão – são mais sensíveis às mudanças de temperatura e perdem a qualidade facilmente. Com os cuidados adequados, esses alimentos mantêm as características por duas horas. O mesmo tempo vale para os embutidos, como peito de peru e presunto. 

As melhores frutas são maçã, pêra, banana, pêssego, goiaba, uva e nectarina. As frutas que precisam ser descascadas como mexerica e manga perdem um pouco de nutrientes. Antes de embalar, higienize bem a fruta. As que a criança consome a casca têm de ser lavadas em água corrente e depois colocadas em uma solução clorada (o produto é vendido em supermercados, veja no rótulo da embalagem como proceder). Se a casca for descartada, só lave e seque. 

Pães, biscoitos, cookies, barrinhas não estragam, assim como queijos processados e sucos industrializados. Na hora de escolher a melhor opção para o seu filho, cheque se no rótulo do suco, há corante ou sabor artificial. Fuja desses e prefira sempre os preparados com frutas.

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI256477-15064,00-LANCHEIRA%20SAUDAVEL.html
Fonte: 

domingo, 17 de abril de 2011

O que fazer se o seu filho foi mal na prova?

Ser compreensivo, mais rígido... Como lidar com esse momento da vida da criança - difícil para ela e para os pais


Foi assim com você e ainda continua da mesma maneira. A semana de provas é estressante – tanto para pais quanto para filhos. Você, no tempo que pode, procurou fazer o melhor para auxiliar o seu filho nas dúvidas que tinha em cada disciplina. Ele, por sua vez, se esforçou nos estudos, ainda que em algumas matérias tenha mais facilidade, claro! Muitas vezes, no entanto, na hora da prova, o nervosismo - ainda mais para aqueles que estão passando por essa experiência pela primeira vez - tira a concentração e a decepção chega junto com as notas. E agora? Como lidar a pontuação baixa ou até mesmo um boletim inteiro vermelho?

A professora Cristina Navarenho Santos Zanetti, há 16 anos na profissão, está acostumada a dar esse tipo de notícia, para a criança e para os pais. Segundo ela, antes de tudo, é importante que o professor acolha o aluno para depois questionar qual foi o problema que o levou àquela nota.“Sempre deixo a criança se abrir, mostro que me importo e digo que ela sabe mais do que aquilo que colocou na prova, porque é verdade. Muitas vezes, a tensão toma conta do raciocínio, mesmo que ela tenha estudado”, diz.

De acordo com Cristina, as provas devem ser somente mais um instrumento de avaliação, junto com excursões, trabalhos, atividades em grupo e feiras de ciência - e não uma ferramenta que concentre todo o peso da aprendizagem daquele bimestre. “Isso deixa a criança ainda mais insegura”, esclarece. Além disso, ela deve ser incentivada a estudar um pouco todos os dias para assimilar o conteúdo com calma e tempo.

Conversar com o filho, com calma, é o primeiro passo depois que o boletim chega com as notas baixas, segundo Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Lembre-se de que é fundamental que ela possa contar com seu apoio. No entanto, não há uma única fórmula porque depende da característica da criança. “Cada família tem uma dinâmica. Se o filho é descompromissado, os pais precisam descobrir o porquê de ter ido mal na avaliação escolar e incentivar a criança, explicando a importância do estudo para a sobrevivência dela”, afirma. Punição, segundo Quézia, não é o caminho. Em vez de cortar tudo o que ela gosta, como forma de castigo, faça acordos e reorganize a sua rotina. Um exemplo é avaliar o tempo em que ela passa em jogos, assistindo à TV, com atividades extracurriculares, como natação, futebol, balé. Se nada adiantar, vale procurar ajuda profissional para ajudá-la a superar as dificuldades.

Na casa do empresário autônomo Gilson Francisco da Silva, 37 anos, pai de Melissa, de 9 anos, há regras estabelecidas. “Se ela chega com uma nota baixa, eu sou duro. O combinado é suspender durante uns dias aquilo que ela mais gosta de fazer, porque o estudo é a obrigação dela nesse momento”, conta. Já Karla Coraini Rodrigues, 35 anos, gerente de vendas e mãe da Vitória, de 9 anos, age diferente. “A gente conversa e eu tento ver o que está atrapalhando. Tento notar se é psicológico ou falta de vontade. Procuro analisar a situação como um todo e nunca cobro, porque sei que ela já se cobra. Sempre digo que ela pode melhorar”, comenta.

Podem ser várias as razões para um desempenho ruim na escola, como falta de estudo e de motivação, timidez na hora de tirar dúvidas, problemas sociais (família e amigos), Déficit de Atenção, entre outros. Junto com a escola, os pais devem observar qual é a principal dificuldade da criança e, dependendo do motivo, ela deve ser orientada por um profissional. Agora, vale reforçar: esse acompanhamento dos pais com os estudos do filho não deve se concentrar apenas no período de provas. O interesse tem de ser diário.

E quando seu filho recupera a nota, deve ser recompensado?

Segundo Quézia, a recompensa é perigosa. “A criança tem que perceber que ela já está lucrando com essa nota alta, e não depender de um presente para saber que fez a coisa certa. Senão, ela vai começar a sempre querer algo em troca e deixar de prestar atenção na importância do estudo no seu desenvolvimento”, afirma. O mais válido nesse momento é você mostrar ao seu filho o quanto está feliz e orgulhoso de sua recuperação e também como o esforço é sempre válido para obter resultados, em tudo o que ele fizer na vida.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Lição de casa no fim de semana

Sim, e sem ser chato! Veja dicas para esse momento não ser um drama para seu filho

Fim de semana. Momento de relaxar e curtir o filho. Programar passeios, assistir a filmes, receber os colegas das crianças em casa. Mas, no meio disso tudo, tem a lição de casa esperando na mochila.

E ela não pode - nem deve - ser vista como um drama para a criança. Muito menos como punição. “Os pais não podem falar para a criança: ‘agora você vai fazer a lição porque me desobedeceu”, diz Elaine Conceição Marquezini, coordenadora pedagógica do Colégio Santo Américo.

É claro que você vai ouvir alguma reclamação. Mas os pais têm o papel fundamental para incentivar o filho com as tarefas, ensinando sobre a responsabilidade que ele precisa ter com os estudos e a importância da lição para o seu aprendizado.

E isso deve acontecer desde cedo. Os pais, muitas vezes, pensam que a tarefa pode ser cansativa se a criança for muito pequena. Mas esse hábito desde o início da vida escolar fará toda a diferença quando ela estiver maior.

Confira, a seguir, algumas dicas para a lição de casa não ser um drama nos fins de semana:

- Embora dependa da organização da família, se for possível, combine com seu filho que o sábado de manhã é o momento de realizar a tarefa. Assim, ele ficará com o resto dos dias de folga “livre” para brincar;

- Não deixe seu filho fazer a lição em jejum. Aproveite que não tem a correria dos dias da semana e reúna a família para tomar um gostoso café-da-manhã;

- Proporcione um ambiente favorável. Claridade e organização são fundamentais;

- Não deixe nada competir com o momento do dever. TV, rádio, videogames devem estar desligados. Assim a criança não desvia a atenção e compreende que aquela hora é de estudar;
- Deixe livros disponíveis perto da criança para eventuais consultas. Assim ela não se dispersa ao ter de procurá-los;

- Apóie seu filho. Mas não faça a lição para ele;

- Nunca ofereça nada em troca da lição feita. Ajude-o a compreender que assim como a
organização dos brinquedos, a escola é sua responsabilidade. Depois da tarefa pronta, é hora de combinar os passeios para aproveitar o fim de semana.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Crianças brasileiras são as que menos praticam esporte na escola

A conclusão é de um estudo do canal infanto-juvenil Nickelodeon realizado em toda a América Latina

Alimentação, atividade física, sustentabilidade, criatividade e diversidade são os temas abordados no recém-lançado estudo do canal Nickelodeon, que pelo quinto ano consecutivo ouviu crianças e mães no Brasil, Argentina, Chile, México, Colômbia, Venezuela e Peru. O estudo revela o impressionante dado que o Brasil é o país ondemenos se pratica esporte nas escolas, em toda a América Latina. Também comparado aos nossos vizinhos, o jovem brasileiro é o que menos se preocupa com o meio ambiente e sustentabilidade. Além disso, menos de 39% das nossas crianças tiveram contato real com a diversidade – fator que pode gerar comportamentos violentos ou excludentes como o bullying.

Embora não seja novidade que a prática de esportes venha perdendo força nos últimos anos para outras atividades e brincadeiras, os pesquisadores ficaram impressionados com a velocidade com que isso acontece. Em 2003, 75% das crianças andavam de bicicleta enquanto hoje esse número caiu para 41%. “As crianças e adolescentes nunca entenderam tanto de esporte, só que hoje elas o praticam virtualmente e, não, na vida real”, diz Beatriz Mello, gerente de pesquisa do canal e responsável pelo estudo. E não é só a bicicleta, um ícone da infância brasileira, que está ficando para trás. Ela conta que, de acordo com a pesquisa, 50% das crianças praticam futebol, enquanto 87% jogam videogame.

Para Beatriz, um dos motivos seria que a criança está cada vez mais dentro de casa e, em geral, só pratica esportes na escola. “O problema é que a atividade física nas escolas continua sendo menos importante do que ter notas altas”, diz.

Outro dado bastante desanimador diz respeito à diversidade: existe uma grande diferença entre discurso dos pais e realidade. Apesar de 96% das mães estimular os filhos a respeitar pessoas com deficiências físicas ou mentais, somente 10% têm contato, por exemplo, com deficientes visuais e auditivos. “Quando não existe contato com o diferente, a violência aparece”, acredita Beatriz. A agressão, verbal ou psicológica, surge em várias esferas, incluindo a virtual. “É o famoso cyberbulling, que acontece principalmente por e-mail, comunidades, vídeos, redes de relacionamento e MSN”, diz.