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sábado, 6 de agosto de 2011

Balança sob controle

Você já sabe que é importante não engordar demais durante a gravidez, mas seguir essa recomendação não é simples. CRESCER ouviu especialistas e montou dicas valiosas para você ter um relacionamento tranquilo com a balança nesses nove meses


Você está grávida e agora tem desejo de doce, daquele prato que você adora e até de uma combinação esquisita que nunca provou. Mas e a balança, como fica? A gestação é um momento especial, em que você tem direito a mimos, mas não é desculpa para descuidar do peso. Afinal, ele é importante para a sua saúde e a do bebê. E tem mais um motivo para você não ganhar quilos demais: uma pesquisa da Universidade de Bristol, no Reino Unido, publicada em junho, analisou a condição física de 3.877 mulheres de 16 anos depois de darem à luz e mostrou que engordar mais do que o recomendado aumenta em três vezes as chances de ser obesa no futuro. Outros estudos também ligam muito ganho de peso na gestação com riscos maiores de diabetes gestacional, complicações no parto e bebês com excesso de peso ao nascer.
Mas o controle está longe de significar fazer regime. A primeira coisa a saber é que o ganho de peso varia de pessoa para pessoa. A recomendação oficial é do Instituto de Medicina (IOM, em inglês), que faz parte da Academia Nacional de Ciências, nos Estados Unidos, e é respeitada internacionalmente. Em 2009, o IOM publicou uma revisão das recomendações, propondo um cálculo de acordo com o Índice de Massa Corpórea (IMC) de cada gestante antes de engravidar (veja quadro).
O ideal é estar no peso normal desde o início da gravidez, mas se com você não foi assim, nada de fazer regime para tentar perder alguns quilinhos. “Muitas mulheres ao adotar uma dieta saudável e equilibrada acabam emagrecendo nos primeiros meses. Isso não é contraindicado, desde que o bebê esteja bem, já a restrição calórica para efeitos de perda de peso não é recomendada”, afirma Viviana Mangiaterra, coordenadora do departamento de segurança na gravidez (Department of Making Pregnancy Safer) da Organização Mundial da Saúde, nos Estados Unidos. CRESCER conversou com especialistas e elaborou seis dicas para você controlar melhor o peso na gravidez sem precisar enlouquecer.
1. Um pouco de tudo
Manter uma dieta equilibrada é a melhor maneira de cuidar do peso e da saúde, principalmente durante a gestação, quando tudo o que você come é absorvido pelo bebê. Para isso, você vai precisar de um pouco de cada grupo alimentar, principalmente proteínas, vitaminas e sais minerais, encontrados em carne magra de vaca, frango, peixe, verduras, legumes e frutas. As fibras também são importantes, porque ajudam no funcionamento do intestino. O excesso de progesterona na gravidez deixa a musculatura do intestino com movimentos reduzidos, dificultando seu funcionamento. Depois, com o crescimento do bebê, há uma diminuição do espaço físico, que também atrapalha o intestino. Gorduras e carboidratos podem ser consumidos, mas com moderação e atenção. Os carboidratos, por exemplo, presentes em alimentos com açúcar, amido e farinha, são os maiores responsáveis pelo aumento do peso na gravidez, segundo os especialistas. Isso porque eles produzem energia, que em excesso fica acumulada no corpo e se transforma em gordura. A solução é balancear a ingestão de carboidratos com o seu gasto energético, ou seja, comer só o que você vai gastar. “Outra dica importante é dar prioridade para o nutriente em sua forma natural, em alimentos como batata, milho, ervilha, feijão e raízes, em vez das massas e doces, que são industrializados”, diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP).
2. Devagar e sempre
Você já sabe que o mito de comer por dois não vale, mas você precisa, sim, comer um pouco mais. No primeiro trimestre, é preciso aumentar cerca de 100 calorias por dia (o equivalente a uma banana-prata ou um copo de suco de laranja de 200 ml), e no segundo e terceiro, por volta de 350 calorias diárias (duas colheres de arroz mais uma concha de feijão e um bife médio grelhado). E o seu apetite também vai crescer, por conta da sobrecarga do organismo e das grandes transformações hormonais – a progesterona (novamente ela!), por exemplo, pode induzir o aumento do apetite, além de facilitar o acúmulo de gorduras. Para não exagerar nas refeições principais, prefira comer várias vezes ao longo do dia, sempre lanches leves, como frutas, em intervalos de duas até três horas. Os enjoos também vão diminuir se você não ficar de estômago vazio por muito tempo, porque, quanto mais alimento, menor o efeito agressivo do suco gástrico, ácido que ajuda na digestão. Uma boa dica é aproveitar para comer coisas que ajudem a minimizar esses problemas, como o suco VerdeMel, sugestão da Seletti Culinária Saudável. Bata o suco de quatro laranjas, uma folha de rúcula, uma folha de espinafre, duas colheres (de café) de mel e dois cubos de gelo no liquidificador. “A vitamina C da laranja combate os enjoos, enquanto as folhas verdes-escuras, ricas em fibras, aumentam a saciedade, e o mel fornece energia e melhora a disposição da mãe”, afirma Marcella Quattrucci, nutricionista da Seletti.
3. Diet e light: pode? 
Não há estudos conclusivos sobre os efeitos, negativos ou não, desses alimentos quando consumidos na gravidez. A maior preocupação dos especialistas é com os diets, por conta dos adoçantes artificiais que são utilizados para substituir o açúcar. Se for consumir, faça com moderação e evite a sacarina, o ciclamato e o aspartame. Prefira os naturais, como os à base de estévia. Os lights teoricamente possuem menos calorias, mas não são necessários se a sua alimentação for saudável e balanceada. E não adianta achar que, porque está comendo tudo light, você pode abusar, imaginando que uma coisa compensa a outra.
4. Esteja disposta para se exercitar
O sono e o enjoo, comuns na gravidez, podem atrapalhar o seu desempenho físico. Se você não está bem, sente-se enjoada ou indisposta, é melhor não forçar o corpo e consultar um médico para obter orientações mais precisas sobre como e quando deve praticar atividades físicas. Caso seja um enjoo comum, você pode combatê-lo, por exemplo, ingerindo alimentos mais ácidos, como vinagre e suco de limão no tempero da salada, e manter a alimentação fracionada, para não ficar de estômago vazio. “Para driblar o cansaço, cuide para ter uma boa noite de sono e, se não for suficiente, tire uma soneca antes de fazer o exercício ou pratique-o logo que acordar”, explica Eduardo Cordiolli, obstetra e membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. E não se esqueça: faça atividades físicas só depois de comer alguma coisa. Algo leve, claro.
5. Pratique exercícios de baixo impacto
Nada de ficar parada: as atividades físicas podem e devem ser praticadas durante a gravidez. Apenas cuide para que sejam leves e de baixo impacto, assim você não corre riscos de ter lesões e nem sofrer quedas. As mais indicadas são pilates, caminhadas, natação e hidroginástica. Lembre-se também de beber bastante água, evitar a prática em dias e horários em que o clima esteja muito quente e preferir ambientes abertos e arejados. As sedentárias devem começar com exercícios leves e aumentar aos poucos o ritmo e a intensidade. Quem já fazia exercícios antes de engravidar só precisa diminuir a intensidade. A maioria dos médicos indica o início dos exercícios a partir do segundo trimestre (por conta do risco de aborto nos primeiros meses) até o oitavo mês, entre 33 e 34 semanas, quando as atividades devem ser suspensas devido ao grande ganho de peso, que afeta a postura e o equilíbrio da gestante.
6. Invista no autocontrole
Você já começou com quilos a mais? Fique calma, respire fundo e compre uma balança para sua casa. Se você já tem uma, coloque-a na lista das suas melhores amigas daqui para frente. Um estudo apresentado recentemente em um congresso de endocrinologia em Boston (Estados Unidos), mostrou que medidas bem simples, como se pesar em casa toda semana, fazem muita diferença no controle do ganho de peso durante a gravidez. Mais de 200 mulheres com sobrepeso participaram do estudo e, a partir da 14ª semana de gestação, uma parte recebeu instruções como caminhar, se pesar semanalmente ou mensalmente em casa e comer mais frutas e vegetais. Elas recebiam lembretes via mensagem de texto no celular. O outro grupo não recebia instruçãos de se pesar frequentemente e essas mulheres engordaram mais que as do primeiro grupo. A conclusão dos pesquisadores é que a rotina de se pesar mantém a grávida focada nos cuidados todos. E isso é algo que você pode fazer sozinha, sem a ajuda de cientista nenhum!
Qual é o limite?
Sabe aquele ditado de que tudo em excesso faz mal? Por mais que seja importante controlar o ganho de peso durante a gravidez, isso não pode se tornar uma preocupação exagerada. Você precisa se alimentar bem porque estar abaixo do peso também oferece riscos para o bebê, principalmente para o seu desenvolvimento. Uma pesquisa feita pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo com 691 gestantes concluiu que 23,6% dos filhos de mães desnutridas nasceram com baixo peso, enquanto apenas 10,8% das mulheres bem nutridas tiveram bebês com a mesma condição. “A desnutrição no primeiro trimestre pode causar doenças do coração, hipertensão e diabetes quando o bebê atingir a vida adulta. Uma dieta muito rígida também não é uma boa ideia, porque a mulher vai acabar mobilizando a gordura que já tem no corpo como fonte de energia. Isso vai produzir ácidos que podem ser prejudiciais ao feto”, afirma Carla Góes Sallet, especialista em medicina estética e autora do livro Grávida e Bela (Ed. Senac, R$ 39). Por isso, vale falar de novo: ficar fazendo regime e engordar muito pouco é tão ruim quanto engordar demais na gravidez.
Tim Hale/Gettyimages

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI244250-10484-2,00-BALANCA+SOB+CONTROLE.html
Fonte: 

domingo, 24 de abril de 2011

Conheça os benefícios de dez variedades de frutas

Elas são ricas em vitaminas e garantem proteção extra ao organismo


Aproveite seu próximo passeio na feira para encher o seu carrinho de frutas. Além de saborosas, elas contêm fibras e fitoquímicos que são capazes de reduzir os riscos de diversos tipos de câncer, além de constituírem importantes aliadas na luta contra o envelhecimento, diz nutricionista Daniela Jobst. 

Porém, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, o hábito de comer frutasainda é pequeno no Brasil. Os dados indicam que apenas 18,9 % da população consomem cinco porções diárias - o equivalente aos 400 gramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde. 

Se você pretende adotar uma alimentação rica em frutas, conheça as propriedades de dez variedades e saiba quais são os benefícios dessa dieta.
Banana: A fruta mais brasileira de todas não pode faltar no cardápio. Ótima fonte de potássio, ajuda a regular a pressão arterial. Também são ricas em vitaminas do complexo B e C. Além disso, a fruta é ideal para ingerir entre as refeições, quando bate aquela vontade de atacar um doce, já que conta com triptofano, um elemento que aumenta os níveis de serotonina, o hormônio do bem-estar

Melancia: Rica em betacaroteno, a melancia é uma das frutas que mais contém água e também vitaminas do complexo A e B. Promove uma verdadeira limpeza no sistema digestivo, tanto no intestino, como no estômago.

Pera: Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Medicina Social do Rio de Janeiro e publicado no Journal of Nutrition, comer três peras por dia ajuda a eliminar os quilos extras. A fruta é rica em vitamina A, C, vitaminas do complexo B, fibras e água

Laranja - Já conhecida por seu alto teor de vitamina C, também são ricas em muitos outros compostos anticancerígenos. Pesquisadores descobriram que as laranjas contêm mais de 170 tipos de fitoquímicos. O consumo regular de laranjas (1 fruta ao dia ou 1 copo de suco) está significativamente associado à menor incidência de câncer de pulmão e estômago

Limão: Uma pesquisa divulgada no Journal Pharm Biomed Analysis apontou que o limão facilita o metabolismo das gorduras e diminui a síntese de colesterol e de triglicérides. Além disso, é rico em vitamina C, que ajuda na absorção de ferro, é altamente antioxidante e contém limonóides, substâncias potentes no combate ao aparecimento de tumores

Goiaba: Assim como o tomate, a fruta é rica em licopeno, substância que neutraliza a ação de radicais livres e estimula o sistema imunológico. Estudos apontam o licopeno como redutor de risco de câncer, principalmente de próstata

Morango: Como todas as frutas vermelhas, contém catequinas, um fitonutriente rico em antioxidantes. Frutas vermelhas também são ótimas fontes de polifenóis, substâncias também encontradas nos vinhos e que, segundo estudos científicos, exerce proteção contra doenças vasculares, especialmente às relacionadas ao coração

Uva: Pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP constatou que o bagaço de uva (casca e semente) reduz o risco de doenças cardiovasculares por ação do resveratrol. A nutricionista Solange Saavedra explica que as uvas contêm quercetina, substância que combate coágulos e inflamações. Também contém flavanóides, que são antioxidantes e combatem o mau colesterol

Abacaxi: A bromelina encontrada no abacaxi é capaz de quebrar proteínas em pequenos pedaços, auxiliando na digestão de carnes e outras proteínas

Mamão: A papaína encontrada no mamão é altamente digestiva. Além disso, esta fruta tem excelente poder laxante


sábado, 9 de abril de 2011

Papinhas saudáveis de bebê fazem sucesso entre mães famosas

Saiba como preparar comidinhas saborosas e nutritivas para seu filho.


Até os seis meses de idade, a Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo. Mas, depois do sexto mês, os bebês devem começar a comer papinhas (sem interromper a amamentação), e aí vem a dúvida: é possível fazer comidinhas gostosas e nutritivas para o filhote, mesmo sem usar sal e temperos fortes?

Regina Sarmento, nutricionista de mamães famosas como Juliana Knust, Camila Pitanga e Nívea Stelmann, explica que as papinhas ficam bem saborosas se forem usados temperos frescos, como alecrim, alho, orégano, entre outros. Cozinhar com pouca água também ajuda a manter o sabor dos alimentos. A nutricionista recomenda ainda o uso de alimentos integrais e orgânicos, pois além de estarem livres de agrotóxicos e pesticidas, podem conter até três vezes mais nutrientes que os produzidos em culturas comuns.

Segundo ela, a melhor estrutura de uma papinha é usar sempre uma folha, dois legumes de cores diferentes, um tubérculo, um cereal, feijão (só o caldo até o oitavo mês), um tipo de carne (só o caldo até o oitavo mês) e uma colher chá de óleo ou ½ gema de ovo.

Papinha colorida

A atriz Vanessa Giácomo, que estreia em maio como apresentadora do programa virtual "Marmita Baby", onde pretende ensinar receitas fáceis e saborosas, também é adepta das papinhas bem coloridas, com vários tipos de alimento. “Meu filho mais novo (Moisés, de 10 meses), adora quando eu coloco massinha e carne. Como ele já está começando a mastigar, procuro não bater muito no liquidificador, deixando a papinha com uma textura mais sólida”, explica a atriz, que também é mãe de Raul, de três anos. Frutinhas amassadas e raspadas também fazem sucesso na casa de Vanessa.

Veja abaixo orientações de Regina Sarmento, que explica quais alimentos podem ser usados, quais devem ser evitados e sugere boas combinações de papinhas saborosas. Confira!





Fonte: EGO

domingo, 3 de abril de 2011

12 alimentos para combater a depressão

Ricos em nutrientes, eles garantem bem-estar e ajudam no tratamento da doença



A depressão é um transtorno mental bastante comum atualmente. Segundo o Ministério da saúde, estima-se que, na América Latina, 24 milhões de pessoas sofram com a doença. Num episódio depressivo a pessoa pode se sentir sem energia, com o humor afetado, sem interesse e sem vontade de fazer tarefas comuns da sua rotina, além dos sintomas físicos como dor de cabeça e dor de estômago. Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, nosso cérebro produz substâncias chamadas de neurotransmissores que controlam inúmeras funções cerebrais. Um destes neurotransmissores, a serotonina, é capaz de dar ao cérebro sensação de bem-estar, regulando nosso humor e também dando sensação de "saciedade".

A alimentação pode ajudar a produzir mais serotonina, aumentando o bom humor e ajudando no combate da depressão, entretanto, vale lembrar que ela não substitui o tratamento da doença, com a intervenção medicamentosa e terapia. "Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de "matérias primas" (chamadas de cofatores) fundamentais para sua síntese, como exemplos: triptofano (aminoácido), magnésio, cálcio (minerais), vitamina B6, ácido fólico (vitaminas)", ressalta Navarro. A seguir, conheça alguns alimentos que melhorar o seu humor e são excelentes coadjuvantes para dar uma "forcinha" no combate da doença.

1) Castanha-do-pará, nozes e amêndoas: elas são ricas em selênio, um poderoso agente antioxidante. Segundo a nutricionista Abykeyla Tosatti, elas colaboram para a melhoria dos sintomas de depressão, auxiliando na redução do estresse. As quantidades diárias recomendadas são duas a três unidades de castanha-do-pará ou cinco unidades de nozes ou 10 a 12 unidades de amêndoas. Mas também dá para fazer um mix saboroso dessas oleaginosas.

2) Leite e iogurte desnatado: eles são ótimas fontes de cálcio, mineral que elimina a tensão e depressão. "O cálcio ajuda a reduzir e controlar o nervosismo e a irritabilidade. Ele participa também das contrações musculares, dos batimentos cardíacos e da transmissão de impulsos nervosos e regulariza a pressão arterial", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti. É recomendado o consumo de 2 a 3 porções por dia.

3) Frutas: Melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão são conhecidos como agentes do bom humor. "Todas estas frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti. É recomendado o consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias.

4) Laranja e maçã: elas ganham destaque porque fornecem ácido fólico, cujo consumo está associado a menor prevalência de sintomas depressivos. Além disso, por ser rica em vitamina C, a laranja promove o melhor funcionamento do sistema nervoso, garante energia, ajuda a combater o estresse e previne a fadiga.

5) Banana e abacate: a banana é rica em carboidrato (hidratos de carbono), potássio e magnésio. Também é fonte de vitamina B6, que produz energia. "A fruta diminui a ansiedade e ajuda a ter um sono tranquilo", explica Abykeyla. Tão bom quanto, o abacate é outra ótima opção, e antes de dormir. Consuma duas colheres de chá da fruta pura (sem açúcar ou adoçante) todos os dias antes de se deitar.

6) Mel: esse alimento estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Para usufruir dos benefícios, duas colheres de sobremesa, ao dia, são suficientes.

7) Ovos: "Eles são uma boa fonte de tiamina e a niacina (vitaminas do complexo B), que colaboram com o bom humor", aponta Abykeyla Tosatti. O recomendado é uma unidade por dia, no máximo. Quem tem colesterol alto deve se preocupar com o consumo em excesso, e evitar, principalmente a versão frita.

8) Carnes magras e peixes: "O triptofano, presentes nestas fontes de proteína, ajuda no combate da depressão e melhora o humor, pois aumenta a produção de serotonina, que exerce grande influência no estado de humor, pois é capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar, criar a sensação de prazer e bem-estar e até induzir e melhorar o sono", enfatiza a nutricionista Abykeyla Tosatti. Ela recomenda entre uma e duas porções por dia, principalmente de peixes como atum e salmão.

9) Carboidratos complexos: eles ajudam o organismo a absorver triptofano e estimulam a produção do neurotransmissor serotonina, que ajuda a reduzir as sensações de depressão. "Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão. Alimentos fontes de carboidratos: pães, cereais integrais (trigo, arroz)", explica a especialista Abykeyla Tosatti. A recomendação é de 6 a 9 porções diárias.

10) Aveia e centeio: os dois são ricos em vitaminas do complexo B e vitamina E. "Estes nutrientes possuem grande importância, pois, melhoram o funcionamento do intestino, combatem a ansiedade e a depressão", diz a nutricionista Abykeyla Tosatti. A recomendação é de, pelo menos, três colheres de sopa cheia por dia.

11) Folhas verdes: estudos mostram que uma alimentação com consumo elevado de folato (importante vitamina do complexo B) está associada a menor prevalência de sintomas depressivos. Um dos alimentos ricos em folato são as hortaliças folhosas verde-escuras (espinafre, brócolis, alface). "Algumas pesquisas mostram que indivíduos deprimidos podem apresentar baixos níveis de vitamina B12, levando a diminuição do folato e o desequilíbrio do metabolismo dos neurotransmissores do cérebro associados ao controle do humor", adverte a especialista Abykeyla Tosatti. O recomendado é a ingestão diária de três a cinco porções por dia.

12) Soja: ela é rica em magnésio que é o segundo mineral mais abundante no nosso organismo e desempenha um papel fundamental na energia das células. Sua deficiência pode resultar em falta de energia. "O magnésio ajuda a reduzir a fadiga e aumentar os níveis de energia. Esse mineral combate o estresse porque tem propriedades tranquilizantes naturais, principalmente quando combinadas com cálcio", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti.




quinta-feira, 31 de março de 2011

18 maneiras de seguir uma alimentação saudável

Ter uma alimentação saudável é essencial para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Por isso, o Minha Vidaconvocou um time de especialistas para entender os bons hábitos que cada um deles indica para o seus pacientes, mas também segue como se fosse um mantra.

1.Não fique sem comer
"O mais importante é não passar longos períodos sem comer. Fazer pequenos lanches entre as grandes refeições é fundamental, pois ao restringir energia o metabolismo tende a ficar mais lento, como uma forma de poupar energia que lhe foi fornecida, o que acaba dificultando a perda de peso. Além disso, provavelmente a pessoa irá comer mais na próxima refeição, buscando alimentos mais calóricos, como uma forma de compensação, o que também resultará em ganho de peso." (Carla Fiorillo, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo)

alimentação saudável

2.Sinta prazer comendo
"A alimentação também é fonte de prazer. Não se torne escravo de dietas e calorias, pois existem cada vez mais estudos que evidenciam que pessoas que se preocupam demais com a forma física tendem a sofrer maiores oscilações de peso, além de serem insatisfeitas com o próprio corpo. Estar bem consigo mesmo e cuidar do corpo com atividade física e alimentação saudável são as melhores formas de obter uma boa qualidade de vida." (Carla Fiorillo, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo)

3.Busque alimentos naturais

"Siga uma alimentação o mais natural possível e tente fugir de refeições com muitos produtos industrializados. Se comer um macarrão industrializado, faça você mesmo um molho caseiro. Se quiser tomar um suco de frutas, tente tomar o natural, pois os alimentos industrializados contêm muitas substâncias como corantes e conservantes, que possuem altas quantidades de sódio e podem, em longo prazo, causar hipertensão e sobrecarregar os rins." (Daniela Cyrulin, nutricionista da USP e da Instituto Saúde Plena)

4. Faça substituições
"Tente substituir alimentos mais pesados e gordurosos por versões mais leves sempre que possível: faça macarrão de palmito pupunha desfiado, arroz de couve-flor cozida, troque o presunto por peito de peru, compre o atum em água no lugar do atum em óleo, troque os queijos gordurosos por versões mais leves como o queijo cottage e a ricota, substitua o queijo parmesão ralado por ricota defumada e ralada." (Daniela Cyrulin, nutricionista da USP e da Instituto Saúde Plena)

"O mais importante é perceber que nenhum alimento é proibido.O famoso "prato colorido" é sem dúvida o mais saudável"

5. Escolha o lugar certo para comer
"As refeições devem ser feitas em lugares tranquilos e sem pressa. Comer bem devagar, sem pensar em compromissos e mastigar muito bem os alimentos fará com que você se sinta saciado mesmo ingerindo uma menor quantidade de comida. Também evite comer assistindo televisão, na frente do computador ou trabalhando, pois nessas situações perdemos a noção da quantidade de comida que estamos ingerindo." (Lidiane Martins, nutricionista diretora do NutryUp)

6.Fuja da farinha

"Uma pessoa que está buscando uma alimentação mais saudável deve evitar produtos com farinha refinada, como massas, bolos, biscoitos e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, como pipoca de microondas, sopas prontas cremosas, preparações congeladas, batatas chips e salgadinhos. Também vale caprichar em ervas aromáticas para temperar a comida como: alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, alecrim, louro, orégano, sálvia, curry, açafrão e coentro" (Lidiane Martins, nutricionista diretora do NutryUp)

7. Coma de tudo
"O mais importante é perceber que nenhum alimento é proibido, a não ser que a pessoa precise fazer uma dieta restritiva, caso seja paciente de diabetes ou doença celíaca, por exemplo. É muito comum que as pessoas pensem que comer só salada é uma boa forma de manter a alimentação saudável, mas isso não é verdade. O famoso "prato colorido", ou seja, aquele que tem uma fonte de fibras, minerais, vitaminas e proteínas é sem dúvida o prato mais saudável". (Roberta De Lucena Ferretti, nutricionista e professora do curso de nutrição clínica na Universidade Gama Filho)

Almoço- Foto Getty Image

8. Estabeleça metas para a semana
"Além disso, pensar em longo prazo e criar um hábito saudável é muito importante. Dificilmente a pessoa consegue ingerir todos os alimentos que são fontes de vitaminas que o corpo precisa em um dia. Para isso, ela teria que comer vários tipos de frutas, carnes, legumes e verduras todos os dias. O melhor é fazer as metas para toda a semana. Fica mais fácil distribuir a alimentação adequada nesse período" (Roberta De Lucena Ferretti, nutricionista e professora do curso de nutrição clínica na Universidade Gama Filho)

9. Seja persistente
"Muito provavelmente, a mudança para uma alimentação adequada não ocorrerá do dia para a noite. Você deverá provar alimentos que não são de costume como frutas, legumes, verduras. Aceite que o paladar deverá ser estimulado. Desistir na primeira tentativa é um erro. Todos os dias, selecione alguns desses alimentos. Não gostou? Prove novamente. Tudo bem se você rejeitar, inicialmente. Mas desistir na primeira tentativa é subestimar o seu poder de mudança." (Roberta Stella, nutricionista chefe do programa de emagrecimento Dieta e Saúde)

10. Escreva sobre suas refeições

"Comece a fazer um diário alimentar. Escreva todos os alimentos ingeridos durante o dia, as quantidades e horários em que fez as refeições. Facilmente, você perceberá o erro e onde está o excesso. O diário alimentar servirá como um puxão de orelha para quem está fazendo uma alimentação inadequada. Mas, por outro lado, dará um estímulo grande quando perceber que está com disciplina e determinação, conseguindo colocar alimentos saudáveis em todas as refeições e reduzindo a quantidade dos alimentos menos saudáveis." (Roberta Stella, nutricionista chefe do programa de emagrecimento Dieta e Saúde)

11. Hidrate-se
"Beba pelo menos dois litros, mais ou menos oito copos de água todos os dias. A água ajuda na hidratação da pele e é fundamental como meio de transporte de algumas vitaminas hidrossolúveis como a vitamina B1, B2, B6, B12 e a vitamina C. Além disso, a água é essencial para que o corpo fique disposto durante todo o dia." (Rosana Farah, nutricionista e professora dos cursos de graduação em nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie)

Melancia- Foto Getty Image

12.Ataque as frutas
"Consuma entre três e cinco porções de frutas todos os dias. Laranjas, maçãs, peras, melancia, tangerina, entre outras, são as melhores fontes naturais de vitaminas, minerais e fibras. Esses três componentes auxiliam o bom funcionamento do nosso intestino e auxiliam o nosso metabolismo a continuar ativo mesmo nos intervalos entres as refeições." (Rosana Farah, nutricionista e professora dos cursos de graduação em nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie)

13. Deixe o açúcar de lado
"Alimentos que têm uma grande quantidade de açúcar refinado são dotados de processos químicos na sua produção e possuem altíssimo índice de glicose, que aumentam os índices de glicemia do corpo. Essas características, aceleram o envelhecimento, aumentam flacidez por desestruturar o colágeno da pele e ainda possuem calorias, porém são desprovidos de nutrientes. Hoje em dia encontramos adoçantes naturais como a sucralose, derivada da cana de açúcar, porém sem calorias e sem alto índice glicêmico e a stevia, derivado de uma planta natural." (Daniela Jobst, nutricionista da Clínica NutriJobst)

14. Consumir alimentos fontes de antioxidantes

"As substâncias antioxidantes bloqueiam a ação dos radicais livres no organismo, prevenindo a oxidação das células. Esses elementos são capazes de prevenir o aparecimento de tumores, o envelhecimento precoce e outras doenças. Alimentos com cores fortes, como tomate, goiaba, romã, cenoura, abóbora, manga, açaí, berinjela, uva, folhas verdes, legumes e brócolis, são ricos em antioxidantes." (Daniela Jobst, nutricionista da Clínica NutriJobst)

15.Saiba o que você está comendo
"O essencial é entender que as calorias são o combustível para o nosso organismo e que, sem elas, o nosso corpo fica sem energia. Escolher os alimentos só pelo número de calorias não é o mais indicado. Muitas vezes as calorias não são os principais perigos dos alimentos. O que na verdade faz toda a diferença na hora de uma alimentação saudável é a qualidade de nutrientes. A quantidade de gorduras, por exemplo. Por isso é importante ler os componentes de cada alimento." (Camila Leonel, nutricionista e Especialista em Adolescência Universidade Federal de São Paulo)

16.Saiba combinar os alimentos
"O segredo da boa alimentação está em combinar todos os tipos de nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras, minerais, vitaminas, fibras e água. A regra geral é que não há um tipo de alimento que deva deixar completamente a sua dieta, mas sim quantidades de nutrientes que devem ser controladas. Tudo é uma questão de variar o cardápio, não deixar de fora nenhum tipo de alimento e sempre comer em pequenas porções ou quantidades." (Camila Leonel, nutricionista e Especialista em Adolescência Universidade Federal de São Paulo)

17. Coma sem medo
"Hoje são tantas informações sobre a alimentação que as pessoas ficam com medo de comer. Quem procura uma dieta já não sabe mais se é bom ou não comer certo alimento, se é saudável deixar de ingerir certas comidas ou que tipo de substância engorda. Comer é importante, vital para a vida. Para quem tem dúvidas sobre dietas, a alimentação básica que nossos avôs conheciam e praticavam, ainda é uma boa dica por ter todos os tipos de nutrientes que o corpo precisa." (Ana Maria Roma Devorais, nutricionista especializada em distúrbios alimentares)

18. Procure o que você gosta
"Comer de tudo um pouco, de todos os grupos de alimentos. Cereais (prefira as versões integrais), grãos, carnes/aves/peixes, frutas, verduras, leite e derivados e até mesmo as guloseimas. Praticar uma alimentação saudável também é saber comer alimentos "não tão saudáveis", mas que são apetitosos e fazem parte da cultura, da tradição de uma família. Não dá para comer só guloseimas , mas não podemos deixar colocar em nossas refeições aquelas comidas que dão sensação de bem-estar." (Ana Maria Roma Devorais, nutricionista especializada em distúrbios alimentares)


Fonte: http://msn.minhavida.com.br/conteudo/11846-18-maneiras-de-seguir-uma-alimentacao-saudavel.htm


segunda-feira, 21 de março de 2011

Orgânicos ainda são poucos na cesta de compras do brasileiro

É o que aponta uma pesquisa do instituto GfK com mais de mil pessoas em todo o país. Saiba mais e confira como escolher e armazenar este tipo de alimento em casa


Que o orgânico é mais saudável para toda a família, você já sabe. Mesmo assim, parece que grande parte dos brasileiros ainda não aderiu a este tipo de alimento. O instituto GfK, uma das maiores empresas de pesquisa de mercado do país, entrevistou mil pessoas (a partir dos 18 anos) em 12 capitais brasileiras e concluiu que 42% nunca adquiriu alimentos orgânicos. Foram considerados pela pesquisa não só as hortaliças sem agrotóxicos, mas também as carnes sem hormônios ou antibióticos.

A pesquisa também avaliou que há uma grande diferença entre as classes sociais – os integrantes da A e B são os maiores consumidores de orgânicos, sendo que apenas 33% declarou nunca comprar este tipo de alimento. Em C e D, esse índice aumenta para 52%. Para Mario Mattos, diretor de Marketing da GfK, o preço mais alto dos produtos seria o motivo dos orgânicos ainda serem impopulares. “A percepção em geral da população é que esse tipo de alimento tem um preço mais alto que o similar não-orgânico ". Mesmo que em alguns supermercados ou feiras a diferença de preço não seja tão alta, os orgânicos ainda são mais caros.

Aspectos regionais também interferem na aquisição dos produtos orgânicos. No Nordeste está concentrada a maior parte dos entrevistados que nunca compram tais produtos, com uma taxa de 48%. Já na região metropolitana de São Paulo (excluindo a capital), a percentagem é de 47%. Na capital paulista, o índice é 39%.

Ao avaliar por faixa etária, destacam-se entre os que nunca compram orgânicos aqueles que têm de 25 a 34 e de 45 a 55 anos, com 44% e 45% respectivamente. Nota-se ainda que a compra de orgânicos ocorre mais entre os mais velhos. Entre os 8% que afirmam comprar sempre alimentos sem agrotóxicos, hormônios ou antibióticos, 16% têm mais de 56 anos – ou seja, provavelmente aqueles que têm mais preocupação com a saúde.

-->Se você quer aderir ao orgânico, mas não sabe por onde começar, confira algumas dicas e saiba a melhor maneira de comprar – e armazenar – este tipo de alimento:

-Por serem alimentos perecíveis, o ideal é comprar frutas, verduras e legumes apenas quando necessário. Caso isso não seja possível, tente comprar produtos ainda não tão maduros para consumir nos próximos dias;

-Nos pontos de venda, observe se os orgânicos estão separados dos convencionais. Isso evita a contaminação por produtos químicos ou resíduos de agrotóxicos;

-Em muitas cidades há feiras exclusivas, geralmente administradas e fiscalizadas por associações de agricultura orgânica. Nesses locais, os produtos costumam ser mais baratos que nos supermercados, pois o produtor vende diretamente ao consumidor;

-Não importa onde você compre, verifique se consta o selo da certificadora na embalagem, o que é uma garantia de que realmente é orgânico. Para proteger o consumidor, as grandes redes de supermercados e os importadores não adquirem produtos sem os selos. Ainda há aqueles chamados de “naturais” que não são. Mas uma lei já está sendo regulamentada no país para fiscalizar isso;

-Se tiver que escolher apenas alguns legumes ou verduras para levar, fique com tomate, morango, batata e alface, que geralmente são os mais contaminados por agrotóxicos quando produzidos de maneira convencional;

-O local mais adequado para guardar frutas, verduras e legumes é na prateleira mais baixa da geladeira. Isso ajuda a conservar o frescor e a umidade dos vegetais;

-O ideal é lavar folhas, frutas e legumes um a um, em água corrente, para tirar a sujeira, algum resto de terra ou pequenos insetos;

-As folhas merecem cuidado especial, pois são consumidas cruas. Para lavá-las de maneira eficiente, prepare uma mistura de 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio (à venda em supermercados) para cada litro de água. Deixe as folhas em imersão de 20 a 30 minutos e, em seguida, enxágüe em água corrente;

-Seque bem todos os alimentos antes de guardá-los, para que durem mais tempo;

-Depois das compras, aproveite e já deixe os alimentos limpos para serem guardados;

-Na geladeira, guarde os alimentos em saquinhos, para não ressecar. Faça pequenos furos no plástico, para que a fruta, o legume ou a verdura possam respirar. Com uma área maior em contato com o ar, eles podem se deteriorar mais rapidamente;

-Aos poucos, vá incrementando seu cardápio de orgânicos. Não são apenas hortaliças que são produzidas sem aditivos químicos. Hoje em dia, é possível encontrar até mesmo salgadinhos e bebidas orgânicas, como sucos, cafés, vinhos e cervejas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Seu filho precisa de superalimentos?

A oferta desses produtos não para de crescer – em breve até os embutidos vão ser fortificados. Saiba como usá-los em benefício da saúde da criança


Vitaminas, ômega 3, ferro, cálcio, probióticos... Quantos produtos não prometem oferecer nutrientes fundamentais para a saúde do seu filho? Esses alimentos, chamados de enriquecidos(veja mais detalhes sobre cada um na próxima página), representam mais de 8% do total de vendas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. E esse número cresce a cada ano – no 4o Congresso Internacional de Bioprocessos na Indústria de Alimentos, realizado no mês passado, foi anunciado que os embutidos, como salame e mortadela, serão os próximos a receberprobióticos.

Se por um lado há interesse da indústria de deixar tudo “super”, existe uma tendência, tanto de alguns produtores quanto do consumidor, contrária a tudo isso, de buscar uma alimentação mais natural (até papinha orgânica é possível comprar pronta!). Sim, esses produtos ainda são mais caros, mas os enriquecidos também não são baratos quando comparados aos in natura? E será que vale a pena comprar?

Os médicos veem com receio o uso indiscriminado dos fortificados e é consenso que se a criança tem uma alimentação variada, não são necessários. “Eles não devem substituir um in natura como fonte de nutrientes. Além do benefício adicional que prometem, também são ricos em gorduras, açúcares, calorias e sódio. O consumo excessivo pode causar problemas, como obesidade e diabetes no futuro”, afirma Virgínia Weffort, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mas o que fazer se o iogurte preferido do seu filho é a versão “hipervitaminada”? Tudo bem dar uma vez por dia, mas a partir dos quatro anos, quando o organismo dele tem maturidade para absorver esses nutrientes.

Os alimentos enriquecidos são indicados apenas quando a criança não consome a quantia determinada de algum nutriente. Em alguns casos, a recomendação é tão alta, como com o cálcio e o ferro, que, se a alimentação não for muito bem planejada, o déficit aparece. Mas precisa ficar claro: só vale a pena gastar seu dinheiro se o pediatra indicar. CRESCER fez uma seleção dos nutrientes que são mais presentes nas embalagens desses alimentos e conta tudo o que você precisa saber sobre eles.

Prebióticos e probióticos

O que são: o prebiótico é o “alimento” do probiótico – são as fibras não absorvidas no intestino delgado que resistiram à acidez do estômago. Os probióticos são micro-organismos vivos que, no intestino grosso, alteram a composição de uma parede formada por bactérias para protegê-lo.

Onde são encontrados: os prebióticos estão no leite materno, em alimentos in natura (como cebola e banana) e no leite em pó. Os probióticos estão no leite materno e em alguns iogurtes e leites fermentados – você encontra essa informação na embalagem.

Benefícios: os prebióticos estimulam o crescimento das bifidobactérias (um tipo de probiótico), que inibem a multiplicação de bactérias nocivas no intestino. Eles facilitam a produção de substâncias capazes de aumentar a absorção de cálcio, diminuir a do colesterol ruim (LDL) e ajudar na manutenção da flora intestinal, prevenindo a diarreia. Os probióticos são divididos por espécies diferentes, e cada uma tem um benefício distinto. Um dos principais é o fortalecimento do sistema imunológico. Um estudo norte-americano, feito com 683 crianças entre 3 e 6 anos, mostrou que as que tomaram iogurte com probiótico tiveram 24% menos incidência de doenças infecciosas, como as gastrointestinais. Se seu filho tem prisão de ventre, o pediatra também pode indicar o consumo diário de um produto com probiótico – e isso não vai fazer com que o intestino da criança desaprenda a trabalhar sem essa “ajuda”.

Cálcio

O que é: um nutriente mineral proveniente das rochas que ficam no solo e na água. Quando um animal come grama, por exemplo, retém o cálcio ali presente.

Onde é encontrado: no leite e em derivados, e também em frutas (como mamão), no feijão e em verduras (como o espinafre). No mercado, pães e sucos de soja têm cálcio (veja na embalagem).

Benefícios: é importantíssimo para a formação óssea. Por isso seu filho precisa consumir muito cálcio todos os dias. Uma criança de 4 anos, por exemplo, precisa de 900 mg/dia, presente em duas xícaras de 250 ml de leite integral, uma fatia de queijo branco e em uma colher de sopa de couve. Se o seu filho tem alergia ao leite, aproveite os benefícios dos fortificados.

Ferro

O que é: um mineral, como o cálcio.

Onde é encontrado: nas carnes e na gema. Feijão, folhas verde-escuras e beterraba, por exemplo, são fontes do mineral, mas precisam da ajuda da vitamina C, presente em frutas cítricas, para ser absorvido melhor. Está em iogurtes e biscoitos enriquecidos.

Benefícios: atua na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio. Levantamento do Ministério da Saúde mostrou que o consumo de ferro pelas crianças brasileiras está abaixo do esperado: 53% das menores de 3 anos têm anemia. Se o seu filho não gosta de carne ou verduras, os alimentos enriquecidos em ferro ajudam a alcançar a recomendação diária (10 mg/dia). Um bife de 100 g contém cerca de 3 mg de ferro; espinafre cru, 2 mg; e o fígado bovino, 6 mg!

Ômega 3

O que é: um tipo de ácido graxo – gordura benéfica para o nosso organismo, não produzida naturalmente.

Onde é encontrado: as maiores fontes são os peixes de água fria, como sardinha e salmão. Mas também está na soja, nas castanhas e no óleo de canola. No mercado, ovos e até azeite têm ômega3.

Benefícios: inúmeras pesquisas já mostraram que ele ajuda no controle da pressão arterial, melhora o funcionamento das atividades cerebrais e diminui os níveis de triglicérides. Para atingir a necessidade semanal, basta comer três porções de peixe por semana. Caso seu filho não coma pescados nessa quantidade, fale com o pediatra. Pode valer a pena comprar ovos com ômega 3.

Vitaminas

O que são: nutrientes essenciais para o funcionamento do metabolismo. E a maioria deles não é produzida pelo organismo.

Onde são encontradas: frutas, verduras com folhas verde-escuras e carnes, além de uma infinidade de produtos (vem escrito na embalagem).

Benefícios: cada uma é usada de uma maneira pelo organismo. A vitamina A, presente na cenoura e no tomate, produz retinol, que nos ajuda a enxergar bem, por exemplo. Nosso corpo é capaz de armazenar essa e outras vitaminas para até um ano, no fígado. Outras, no entanto, precisam ser fornecidas com frequência, como a B12, encontrada em carnes e peixes, que mantém as células do sangue saudáveis. Se o seu filho não tem uma alimentação variada, os vitaminados podem funcionar como complemento, desde que com recomendação médica.

Zinco

O que é: considerado um micronutriente, é um mineral encontrado em alimentos e em pouca concentração no nosso organismo (ele se acumula no fígado, no pâncreas e nos rins).

Onde é encontrado: nas carnes bovinas, principalmente no fígado; nas frutas, como abacaxi e banana; nos grãos integrais; no chocolate (por causa do cacau).

Benefícios: é indispensável para formar algumas enzimas, como as do intestino, e ajuda no desenvolvimento do aparelho reprodutor (feminino e masculino) e das glândulas endócrinas, que regulam nossos hormônios. A falta desse nutriente pode causar retardo no crescimento, problemas de pele, dificuldade de cicatrização etc. Apesar de ser encontrado em muitos alimentos, ele aparece em pequenas quantidades, por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria estima que a deficiência de zinco afete cerca de 30% dos jovens no país. A explicação está no prato: a criança precisa de uma alimentação saudável e variada para conseguir alcançar a recomendação diária (8 a 11 mg/dia). Se o seu filho não come de tudo, ofereça carne bovina, camarão, feijão, espinafre, soja, abacaxi e maçã, que são mais ricos no nutriente. Com eles, vai ser fácil alcançar o consumo ideal.


Fonte: Revista Crescer