sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Tudo para você escolher a melhor escola
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Livros divertidos para - e sobre - mães
O que fazer quando o filho fica doente e você tem de sair para trabalhar
Mas há ao menos uma razão para se tranquilizar: em geral as doenças e mal-estares são mais comuns nos primeiros anos, logo que os filhos saem de casa e passam a conviver com outras crianças em outros ambientes, como na escola. Depois eles adquirem mais resistência e imunidade - e essas situações vão diminuir bastante a partir dos 5 anos. Confira, a seguir, algumas dicas que facilitarão para lidar com os imprevistos:
- combine com o pai de alternarem os dias de faltar ao trabalho. Assim, se seu filho ficar doente por dois dias seguidos, você só vai "perder" um. O impacto no trabalho, então, é menor;
- outra possibilidade é trabalhar por meio período. Por exemplo: o pai fica de manhã enquanto você vai trabalhar e depois as situações se invertem;
- se o seu trabalho pode ser feito de casa, converse com seu chefe e peça que lhe enviem arquivos ou outros documentos necessários;
- se você tem família que mora perto e que pode ajudar, conte com eles em casos de emergências. Claro que mãe é mãe, mas a tia e a avó são ótimas também;
- caso não tenha essa facilidade, você pode montar uma rede de contatos com um vizinho de confiança ou outros pais e mães para ajudá-la quando seu filho estiver doente e vice-versa.
domingo, 17 de abril de 2011
As conquistas de uma criança autista
“Aqui mora uma família feliz.” As palavras talhadas na plaquinha de madeira que enfeita a porta do apartamento da pedagoga Luciana Nassif, 39 anos, e do comerciante Marcos Antonio Cavichioli, 46, em São Paulo, antecipam o clima que eu iria encontrar na casa dessa família, apesar da avalanche de sentimentos que tomou a todos nos últimos anos. Com um sorriso no rosto, um tererê ornando os longos cabelos lisos e castanhos, quem me recebe é uma das gêmeas do casal, Isabela, 8 anos. Assim que entro, sou convidada a conhecer sua irmã. No quarto, com a babá, Mariana se mostrou indiferente com a minha chegada. Mesmo com a insistência da mãe para que se virasse para mim, continuou com um olhar cabisbaixo. Mari Mari, como é carinhosamente chamada, é autista.
Ela está aprendendo agora a demonstrar e a receber carinho, por gestos. Mari Mari não fala. Ela tem um grau severo do transtorno do espectro autista, termo que os especialistas usam para se referir aos diversos graus que envolvem o autismo. Fica mais fácil entender se comparamos a um dégradé, desde cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até as cores claras. Por isso cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento. Para Mari Mari, que estaria na parte escura deste dégradé, é preciso ensinar o que parece tão corriqueiro. Há um ano, e pela primeira vez, a menina abraçou a mãe – um dos pilares do comportamento autista é a dificuldade de interação com o outro. É um abraço “adaptado”. Ela aceita o carinho, mas não cruza as mãos por trás das costas da pessoa. Em vários momentos da entrevista, ela corria, na ponta dos pés (um comportamento que começou aos 5 anos) para o colo da mãe, sorria, trazia o boneco predileto, gargalhava. O contato visual, o beijo, que não é aquele estalo no rosto, mas uma encostadinha apenas, demonstrações de interesse pela irmã e o sorriso presente no rosto eram cenas apenas sonhadas pela família até pouco tempo.
A mãe me conta, em tom de orgulho, as recentes conquistas da filha. Mari Mari não se incomoda mais se uma criança chega perto dela no parquinho, mesmo que prefira estar só, e ganhou autonomia para comer sozinha e “pedir” o que tem vontade, como quando leva o litro de leite até a mãe para que ela o esquente. “Pode parecer pouco, mas esse é um grande avanço”, diz Luciana. Não, não é fácil ter um filho autista. Mas o diagnóstico não é o fim, e sim um novo começo na vida de toda a família.
A ciência não descobriu, até hoje, a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ou ser herdados mutados dos pais, algo raro, ou sofrer novas mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo. Alimentação, vacinação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade, como é o caso das gêmeas, que nasceram de 32 semanas.
Isabela saiu da maternidade em cinco dias. A irmã, nos mais de três meses em uma UTI neonatal, passou por uma cirurgia cardíaca e diversos exames, inclusive para detectar a existência de alguma síndrome por ter nascido com as orelhas mais baixas e os dedos levemente flexionados. Mari Mari, segundo os médicos, tinha atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
Mesmo acompanhada por uma equipe multidisciplinar desde os seis meses, não mostrava avanços. “Ela gostava de ficar sozinha na escola e, aos 2 anos, teve a primeira convulsão (problema que afeta 25% dos autistas).” Aos 3, os atrasos ficaram evidentes e ela passou a balançar as mãos quando ficava nervosa. “Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade de autismo, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso”, diz. A avó materna das meninas, que desconfiava da existência de um problema maior, mostrou a Luciana uma reportagem sobre autismo. Depois de ler, ela agendou uma consulta com um dos especialistas entrevistados. Em 40 minutos e aos 4 anos e 7 meses, a família soube que Mari Mari era autista.
Essa trajetória desgastante não é incomum. Como não há um exame que detecte o transtorno, o diagnóstico é clínico, feito com base no comportamento da criança. E pode levar muito tempo para chegar a uma conclusão. “O ideal é descobrir o transtorno com cerca de 1 ano, quando os tratamentos dão resultados melhores”, diz Antonio Carlos de Farias, neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe (PR), pesquisador e coautor do livro Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes: Mitos e Fatos (Ed. Autores Paranaenses). Se identificado nessa fase, ou até os dois anos, a chance de a criança falar é de 75%. “No Brasil, estima-se que existam 1 milhão e meio de autistas, e menos de 5% recebem a assistência adequada”, diz Estevão Vadasz, psiquiatra, que estuda o assunto desde 1978, coordenador do Programa dos Transtornos do Espectro Autista, referência no país, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Segundo o Ministério da Saúde, uma a cada mil crianças é autista no Brasil. Dados internacionais, porém, mostram que essa incidência é de uma para cada 110.
Filhos de coleira?
A prática tem dividido opiniões de pais e especialistas. Segundo Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), essa atitude interfere no diálogo que se pode ter com os filhos. “A criança tem que aprender a lidar com o comando da mãe. Os pais têm de impor limites e explicar o que pode acontecer se ela sair de perto deles”, diz.
A auxiliar administrativa Samira Bereta de Almeida, mãe do João Victor, de 1 ano e 4 meses, afirma que jamais usaria a coleira no seu filho, porque acredita que a criança deve ter o seu espaço. "Eu sou contra e, todas as vezes que saio com meu filho, ando de mãos dadas, no colo ou com o carrinho. Não vejo necessidade de colocar esse acessório. Tem que deixar a criança à vontade e, se ela se afastar, os pais têm de mostrar onde deve andar", critica. Segundo uma rede especializada em produtos para bebês, o acessório tem bastante saída, principalmente em período de férias, quando as mães têm ainda mais medo de perder as crianças em lugares desconhecidos.
É por esse motivo que a psicóloga Helena Porcheddu, mãe da Rebecca, de 3 anos - que vive em Londres, onde a prática é bastante comum –, diz que a coleira foi uma das melhores coisas que comprou para sua filha. "Vamos muito a museus, feiras, ou seja, lugares com muitas pessoas, e eu prefiro colocar a mochila que tem a coleirinha em vez de ficar empurrando carrinho. Ela se sente livre como se estivesse indo sozinha", defende. Para Quézia, apesar de atitudes como gritar, puxar e arrastar a criança sejam muito mais agressivas, “quando os pais pensam em encoleirar a criança, têm de se questionar por que estão fazendo isso”. “É hora de se perguntar por que não estão conseguindo fazer o filho obedecer e como fazer isso da melhor maneira possível”, diz.
O acessório jamais deve substituir a disciplina dada pelos pais. “Os valores da criança são formados a partir do que os adultos ensinam. Assim, se a noção de autoridade for embasada em objetos e não no diálogo, como ela vai identificá-la quando estiver na adolescência?”, diz a psicóloga infantil Andréia Souza. Impor limites e zelar pela segurança das crianças dá trabalho, sim, mas também é uma forma de criar vínculos com elas. É isso que vai fazer com que se sintam amadas e seguras.
Agora, conte para nós. Você é contra ou a favor do uso de coleira em crianças?
A chupeta atrapalha a amamentação?
Na pesquisa maior, 1.021 mulheres, que já estavam amamentando há duas semanas, foram divididas em grupos. Algumas foram aconselhadas a oferecer a chupeta ao filho se houvesse necessidade, como para confortar o choro, outras receberam a recomendação de evitá-la. No outro estudo, 281 mães também foram divididas com o mesmo critério, porém elas estavam começando a amamentar. Todas estavam motivadas com a amamentação. O resultado de ambos revelou que a chupeta não influenciou na quantidade de bebês que foram amamentados exclusivamente com o leite materno até os 3 e 4 meses. Apesar disso, ela não avaliou os efeitos do uso do acessório sobre a saúde e o desenvolvimento das crianças a longo prazo.
Se você pensa que isso libera o uso indiscriminado da chupeta, está enganada. Débora Passos, pediatra-neonatologista do Hospital Santa Joana (SP), diz que o fato da pesquisa ter sido feita apenas com mulheres que tinham o desejo de amamentar é um diferencial importante. Se o grupo fosse heterogêneo, com mães que não demonstrassem essa vontade, talvez o período de amamentação exclusiva fosse menor.
Seu filho vai comer bem a vida toda
Nunca se falou tanto em alimentação infantil. Vivemos uma epidemia de notícias que tentam, sempre, buscar explicações para a criança que não come, para a que está obesa ou para a que não gosta de legumes e verduras. Nos últimos meses, foram lançados três livros que tratam com exclusividade desse assunto (veja a lista na última página desta matéria) . O Twitter foi invadido por pais ávidos por uma ajuda virtual para a hora de comer que caiba em 140 caracteres. E não acabou. A cidade de São Paulo tem um serviço de delivery de papinha orgânica e uma consultoria de alimentação para crianças que faz até atendimento domiciliar, e em São Francisco (EUA) foi inaugurada a Pomme Bébé, uma loja com refeições apenas para os menores. O desafio, sempre, é descobrir como fazer ou tornar a alimentação do seu filho ainda mais saudável e melhor. O que os cientistas vêm descobrindo é que o foco das pesquisas não deve se restringir à criança, apenas, mas também à mãe. Não, você não entendeu errado. Os avanços na medicina mostram que o primeiro passo para cuidar da alimentação do seu filho começa na gestação.
A primeira pesquisa sobre alimentação na gravidez é de 1889. Desde então, os cientistas tentam mostrar quanto os nove meses são decisivos na vida do bebê, e agora eles estão descobrindo que ela influencia até nas preferências gustativas. O Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia (EUA) é um centro que, há 19 anos, estuda como as preferências de sabor surgem. “A gravidez é um momento de ensinar muitas coisas ao bebê”, afirma Julie Menella, psicobiologista desse centro. Isso é a chamada reprogramação epigenética, ou seja, aquilo que independe da sua herança genética.
É sabido que, pelo líquido amniótico, o feto consegue sentir sabores e odores do que você come. As novas pesquisas – e mais de 300 foram apresentadas em um congresso em Munique (Alemanha) ano passado – mostram a influência que isso tem sobre o paladar da criança. Um dos estudos conduzidos por Julie comparou o comportamento de dois grupos de gestantes. O primeiro tomou suco de cenoura por toda a gravidez. O segundo bebia água. Quando os bebês nasceram, eles foram estudá-los. Os filhos das que tomaram suco comiam mais cereal com cenoura. Alguns especialistas no Brasil reverenciam essas descobertas. “Esse olhar ainda não foi totalmente incorporado pelos profissionais de saúde, mas isso vai acontecer em breve”, afirma Roseli Sarni, nutróloga, pediatra da Universidade Federal de São Paulo.
Você leu tudo isso e ficou pensando que sua alimentação na gravidez não foi tão boa? “Nunca é tarde para mudar e ensinar seu filho a comer bem”, diz Julie. Essas pesquisas são importantes porque servem como um estímulo a mais. “Outros fatores precisam ser levados em conta. A alimentação no primeiro ano de vida é a mais importante”, afirma Marco Babieri, pediatra, professor da Universidade de São Paulo-Ribeirão Preto (SP).
Com tanta preocupação, soa estranho os estudos também revelarem que hoje as crianças com menos de 1 ano comem doces, lasanhas prontas e outros produtos industrializados. Para a psicóloga Sandra Leal, professora da Unesp-Bauru (SP), não se trata de um comportamento contraditório. “A questão não é falta de informação, é o excesso. Você tem tudo, mas não sabe para onde ir”, afirma. CRESCER, com a ajuda de especialistas, selecionou dez passos do que fazer ou não no primeiro ano e traz muitas ideias e soluções criativas para a alimentação dar certo desde o começo.
Inúmeras pesquisas mostram o impacto da sua alimentação no crescimento e desenvolvimento do seu bebê. Uma boa notícia é que os médicos afirmam que as grávidas tendem a aceitar mais facilmente mudanças no cardápio. Um estudo recente, feito na Nova Zelândia com 3.500 gestantes, mostrou que as que consumiam pelo menos três porções de verduras, legumes e frutas por dia tinham 50% menos chance de ter um bebê com peso abaixo do esperado.
• Fique longe dos alimentos industrializados ou fast-food. Essas refeições prontas têm altas quantidades de sódio para garantir a conservação por mais tempo. Como a gestante tende a reter mais líquidos naturalmente, o consumo excessivo de sal pode levar à pré-eclâmpsia, com aumento da pressão arterial.
• Novos estudos mostram a importância do consumo de ovo. Ele é rico em um nutriente chamado colina, que ajuda no desenvolvimento do cérebro do bebê. Fale com seu médico mas, em geral, você pode consumir até três unidades por semana.
• Salmão e outros peixes de água fria, como bacalhau e cação, são ricos em ômega 3. Coma pelo menos três vezes na semana e, de preferência, assado – e não frito.
• Alguns alimentos que você nem imagina são muito importantes. O brócolis é fonte de folato, uma substância que previne a malformação do tubo neural e do sistema cardiovascular do bebê (e ainda diminui a terrível sensação de enjoo). A couve é fonte de cálcio, que colabora no desenvolvimento ósseo do feto.
Para ser perfeita e ter todos os nutrientes que seu bebê precisa, a papa precisa ter quatro ingredientes básicos, sempre: uma fonte de carboidrato (arroz, macarrão, batata, mandioca etc.), uma de proteína (carne bovina, aves, ovo, peixe etc.) e pelo menos uma de legumes e uma de verdura.
• As leguminosas, como o feijão e a lentilha, são ricas em ferro (protege contra a anemia) e fibra (ajuda o intestino a funcionar).
• Prefira fazer os legumes no vapor. Eles ficam mais firmes, preservam mais sua cor e nutrientes, além de apresentarem mais sabor.
• Amasse os alimentos com um garfo. Deixe pedacinhos também para estimular a mastigação.
• Varie sempre os ingredientes. Por exemplo: o chuchu pode estar na salada, refogado, no vapor, em purê, com alguma carne, em tortas, em cubinhos etc.
Papinha de criança tem que ser gostosa, sim. Se você provou e não gostou, acredite, a comida também não vai animar seu filho.
• Temperos estão liberados: cebola, alho e ervas verdes, como salsinha, cebolinha, coentro.
• Até a salada pode fugir do tradicional vinagre, com sal e azeite. Você pode usar: limão, erva-doce fresca e sal batidos no liquidificador e coados; caldo de maracujá, cheiro-verde, mel e uma pitada de sal; cenoura, cheiro-verde, vinagre e orégano liquidificados; vinagre, azeite, sal, folhas de manjericão e damascos secos batidos no liquidificador.
Hora de tirar o primeiro dente: quem deve fazer isso?
Para a ortodentista Débora Negrão Oliveira, principalmente quando se tratar do primeiro dente a cair, é melhor os pais deixarem essa tarefa para o profissional. “É importante a criança começar a ter o contato com o odontopediatra desde cedo, quando surgem os primeiros dentes. Assim, quando chegar o momento de retirar um deles, ela já estará mais segura com o especialista”, diz.
Se você está tranquila para tirar o dente do seu filho, é preciso ter certeza de que está mesmo na hora. Balance-o com ajuda de um chumaço de algodão ou um pedaço de gaze para frente e para trás e observe se já não tem uma pontinha do permanente aparecendo. Caso tente e perceba que está um pouco duro, espere alguns dias mais e fique de olho para ver se a gengiva não começa a inflamar. “Isso pode acontecer porque a criança fica com receio de escovar o dente, e, então, forma uma placa bacteriana que infecciona o local”, afirma Débora.
O momento de tirar o dente não deve ser tenso, caso contrário pode se tornar um trauma para a criança. Peça ajuda do seu filho em cada detalhe: para cortar a gaze, pegar o pedacinho de algodão e coloque a mão dele junto com a sua. Depois que o dentinho saiu, nada de pedir para o seu filho fazer bochecho com água. O local desse ser pressionado com auxílio de algodão ou gaze para que se forme um coágulo natural e pare de sangrar. Ele também deve ficar sem tomar água ou comer por meia hora pelo menos. Um sorvetinho, no entanto, é bem-vindo após a retirada do dente para ajudar na cicatrização.
É comum, nos dentes de baixo e anteriores, o permanente aparecer por trás do dente de leite, sem que esse fique mole. Nesse caso, procure o especialista, para que o dente seja retirado e não atrapalhe o desenvolvimento do definitivo.
Grávidas que gostam de junk food têm filhos que também vão gostar desse tipo de comida
Para a pesquisa, publicada no jornal científico FASEB, cientistas da Univeristy of Adelaide, na Austrália, os cientistas estudaram dois grupos de ratos durante a gravidez e lactação. Uns foram alimentados com ração normal e outros, à base de uma dieta rica em gordura e açúcar. Depois que os filhotes dos ratos foram desmamados, ambos foram autorizados a escolher suas próprias dietas. Aqueles cujas “mães” ingeriram junk food eram mais propensos a optar por alimentos gordurosos.
Mas será que isso pode acontecer também com seres humanos? Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP), apesar de o estudo ter sido feito com um modelo animal (e nem sempre os resultados podem ser extrapolados para o homem), ele traz indícios de que, desde a formação do feto, já se inicia a programação dos hábitos alimentares. Ou seja, a criança já teria uma tendência de ter o paladar mais voltado à junk food. “Mas são só indícios. Devemos lembrar que os hábitos alimentares da criança são definidos por diversos fatores, desde a cultura, o ambiente onde vive, o que é oferecido a ela e, claro, o paladar de cada um”, diz o especialista.
O fim da licença-maternidade de Juliana Paes

“Não dá para negar que vou ficar com o coração apertado”, diz a atriz sobre sua volta ao trabalho