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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tudo para você escolher a melhor escola

Tem espaço para brincar? Alfabetizam a partir de que ano? Enfatiza os esportes ou as artes? Tem muita lição de casa? Como é a hora do lanche? Aborda questões sobre diversidade e respeito? Perguntas não faltam na hora de escolher a escola do seu filho. E elas são fundamentais para ajudar você nessa decisão tão importante para toda a família. Veja aqui o que você deve observar e, principalmente, o que é preciso pensar antes de ir a campo

Desde o momento em que descobre que será mãe, sua vida se torna uma sucessão de escolhas. Primeiro, o berço. Mais para frente, em qual maternidade será o parto, as músicas que irão tocar durante o grande momento, as lembrancinhas, o restante da decoração do quarto. Fora o nome! Mistura de prazer e muito trabalho. Porém, existe uma decisão que você terá que tomar da qual talvez tenha poucas informações e que não envolve só o gosto do casal: a escolha da escola.
Para fazer do jeito certo você terá que pesquisar muito, ir atrás de todos os dados possíveis, além de conversar com parentes e amigos e, sobretudo, ir a muitas escolas. Para ajudar você, CRESCER visitou diversas delas em São Paulo, da campeã do ranking do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o famoso Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), à classificada como “alternativa” que preza as artes e o meio ambiente; da gigantesca com 64 mil m2, à pequena com 80 alunos. Prestamos atenção no tom e nas palavras usadas por cada educador, observamos as paredes com cores e desenhos feitos pelas crianças em murais, os tamanhos e as soluções encontradas em cada espaço e como são as relações entre professores, alunos e entre as próprias crianças.
Conversamos também com muitos pais. A angústia e o foco podem mudar, mas as dúvidas são comuns e os desejos, os mesmos: “Quero que meu filho seja feliz e se prepare para a vida”. Só que há muitos conceitos para embaralhar esse sonho. A começar pelos nomes das linhas pedagógicas: tradicional, construtivista, socioconstrutivista, montessoriana, Waldorf, democrática, alternativa etc. É preciso entender para escolher e conversar muito com quem for nos receber. Além de olhar, ouvir e sentir, claro. Por isso fizemos esta prévia do que você também terá que fazer para responder a pergunta: qual a escola ideal para o meu filho?
A família pode viver esse dilema uma vez só, quando a escola tem do berçário – ou da educação infantil – ao ensino médio. Ou em dois momentos, no mínimo, na hora de escolher a primeira e depois uma outra para a criança começar no fundamental, agora iniciando com os alunos aos 6 anos de idade. Ou, ainda, quando a escola cuidadosamente escolhida não deu certo. Porque, por mais atenção que você tenha, isso pode acontecer, sim. E basta um papo com pais ou especialistas para saber de uma coisa: não há escola perfeita. Até porque a vida é dinâmica – colégios mudam, crianças também. O que funciona em um momento pode não funcionar no outro. Ter consciência disso é básico nessa empreitada.
Saiba que educação é conversa de casal
O adulto que vai decidir essa relação da criança com o aprender precisa saber o que ele mesmo pensa sobre educação. “O casal tem que conversar sobre o assunto. E se houver alguma discordância, deve ser acertada antes de ir a campo”, diz a educadora Tânia Zagury, uma das maiores especialistas do Brasil, autora de Escola Sem Conflitos: Parceria com os Pais(Ed. Record). E não importa a condição. Se for um casal que mora junto, ou se os pais estiverem separados, o objetivo não pode se perder. “Também há o hábito, pelo passado histórico, de ser uma tarefa da mulher, mas a decisão tem que ser dos dois.”
Homens e mulheres têm sua história com educação e escola, referências que estão enraizadas mais do que imaginamos. “Este momento traz à tona lembranças e representações de anos e anos, e a atitude é ou buscar algo parecido ou totalmente oposto”, diz Maria José Nóbrega, assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e de diversas escolas. Não dá, no entanto, para estabelecer uma relação de educação compensatória. Explico. Se sua família prezar a disciplina forte, não adianta procurar um sistema alternativo ou que deixe a criança mais livre. E, da mesma forma, se seu problema for impor limites, não é a escola rígida que vai dar conta disso. Escola nenhuma vai dar.
Entenda o papel dos pais e o da escola
Para que tudo corra bem, o importante é entender o papel da escola e o da família nessa, digamos, educação em conjunto. “Escola e família são instituições diferentes. A família é o núcleo individual e a escola, o público. Os desafios diários estão nesses exercícios de princípios diferentes na coletividade”, expõe Liamara Montagner, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Santo Américo. Cada um, então, tem que fazer a sua parte e respeitar o espaço de cada um. “Não dá para chamar a família para resolver tudo. Seria a mesma coisa que um pai ligar para o professor cada vez que o filho não quer entrar no banho”, diz a soció-loga e consultora de educação, Lourdes Atié.
O que equilibra essa relação é a confiança. “A família precisa se sentir acolhida. Ela nunca vai encontrar uma escola que tenha todas as características adequadas para o filho dela. Mas tem que perceber que pode transformar, conversar, dizer o que aflige, poder perguntar sempre”, afirma Marcelo Cunha Bueno, colunista de educação da CRESCER e diretor pedagógico da escola Estilo de Aprender. A relação é tão delicada que há escolas com um cargo específico: gerente de relacionamento. Como na Escola Carandá, onde a função é ocupada por Adriana Enriques Ajej. “O diálogo aberto com os pais não tem o objetivo de a escola se ‘moldar’ à demanda, mas de deixar claro quais são os nossos princípios.”
“Queria continuar amamentando ao voltar ao trabalho, então optei por uma escola perto da empresa, que me deixasse amamentar na hora que quisesse. Poliana ficou lá até os 4 anos, quando a logística ficou complicada e escolhemos uma perto de casa e que tivesse até o ensino médio, para não precisarmos mudar novamente. A gente procurou uma que desse uma boa base para o vestibular. Acho que primeiro a formação tem que ser de 
caráter. Depois, é hora do conteúdo.” 

Eliezer Paes, analista de sistemas, mãe de Poliana, 4 anos, e Lorena, 4 meses
Dê importância para a criatividade
Você já sabe que a brincadeira é essencial. Afinal, ela é o ingrediente principal para desenvolver a imaginação e, portanto, a criatividade das crianças. Também é o meio mais eficaz para ela aprender a fazer conexões com o mundo e aprendizados. Mas para qualquer pai e mãe, por mais que se delicie com cada descoberta do filho, é inevitável pensar no que vai acontecer daqui a alguns anos. E essa escolha da escola exige um equilíbrio entre aposta e ansiedade, entre presente e futuro. Mas, responda, como será o futuro na sua opinião? Muitos arriscam palpitar. Sucesso terá quem domina a tecnologia. Mas, já não estamos todos envolvidos nela? Outra: sucesso terá quem souber muitos idiomas. E não há dezenas de pessoas aprendendo inglês ou outra língua pela internet? E ainda: Sucesso terá quem for supercriativo. Já não temos que usar nossa criatividade hoje para surpreender? “O problema de fazer uma aposta dessas é que não sabemos como será. Futurólogos no mundo todo, como o grande pensador francês Edgar Morin, dizem que não vai ser um papel ou um título que fará um sujeito ser mais preparado, mas a sua capacidade de fazer conexões”, diz Lourdes Atié.
Há uma história – daquelas que ninguém sabe se aconteceu mesmo – que circula há anos pela internet sobre um diálogo entre uma criança e uma professora. A criança tem 6 anos e está fazendo um desenho. A professora pergunta: “O que você está desenhando?” A menina responde: “Um retrato de Deus.” A professora argumenta: “Mas ninguém sabe como é Deus”. E ela diz: “Vão saber em um minuto”. O caso foi recontado em uma das palestras do inglês Ken Robinson, renomado professor de artes e conselheiro de governos sobre educação, na TED (Tecnologia, Entretenimento e Design), que são conferências com grandes pensadores sobre ideias que merecem ser disseminadas. Seu argumento naquela palestra era bater na tecla de como as escolas podem limitar a criatividade das crianças, por ignorarem, inclusive, os saberes delas. “Sou da opinião de que a criatividade é tão importante na educação quanto a alfabetização”, diz ele, que conta também um fato da infância da coreógrafa Gillian Lynne, uma das mais importantes do mundo, que montou espetáculos como Cats e O Fantasma da Ópera. Ela contou a ele que, na escola, nos anos 30, tinha dificuldade de aprendizagem e não conseguia se concentrar. Sua mãe procurou um especialista que ouviu todas as reclamações e pediu para a menina ficar em uma sala, sozinha, com o rádio ligado. Então, mostrou para a mãe o que acontecia: a menina dançava muito. E emendou: “Sua filha não é doente. Ela é dançarina”.
Não há saída: a nossa relação com o aprendizado precisa mudar. “Diz a neurociência que o sistema emocional não está desligado da cognição”, afirma Elvira Souza Lima, reconhecida pesquisadora brasileira das áreas de Educação, Mídia e Cultura, em seminário sobre infância, realizado pela TV Cultura e a Sesame Workshop, no final de maio. “Exploração e descoberta são o grande eixo do século 21. Quem brinca, quem se mexe, tem redes permanentes de aprender.”
“Meu maior erro foi escolher uma escola com conceitos muito diferentes dos que acredito. Pensei que o Tomás tinha que aprender a se comportar em ambientes diversos, que tudo bem se o nosso modo de vida é mais solto e a escola é mais rígida. Estava enganada e fiquei triste de perceber isso. Mudei de bairro e de escola. E vi mesmo que tinha errado muito. Hoje ele está superbem, numa classe menor, mais tranquilo. Parece até que eu mudei de filho.” 

Beatriz Reis, 34 anos, jornalista.
Mãe de Tomás, 7, e Bernardo, 3
Descubra o que cada uma oferece
Ken Robinson critica veementemente a obsessão por colocar as crianças em escolas que pensam apenas nas universidades. Principalmente porque hoje, entrar em uma não garante nem emprego, quanto mais felicidade e sucesso. Muitos pais, porém, não concordam com isso e a cada resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), divulgado pelo Ministério da Educação, saem em busca das escolas com melhores notas. Não entenderam que o exame é uma avaliação específica, que leva em conta critérios muito pontuais, e não um ranking de bons colégios. Até porque, boa escola para um pode não ser boa escola para outro.
“Alguns pais vêm, sim, por causa do Enem. Mas deixamos claro que se for esse o único critério então está tudo errado. É uma avaliação de alunos, ao final de um ciclo básico, para medir aquelas competências e habilidades”, diz Adilson Garcia, diretor do Colégio Vértice, que está em primeiro lugar na lista divulgada ano passado das 50 melhores escolas do Brasil, e que ganhou notoriedade após anos ser considerada apenas uma boa escola de bairro. “O mais grave são as escolas ficarem cada vez mais puxando o conteúdo formal que não vai necessariamente fazer o aluno passar no vestibular”, afirma Renata Americano, coordenadora geral do Ensino Fundamental 1 da Escola Viva, que há décadas é conhecida como um colégio que valoriza as artes como ponte para o aprendizado.
Veja como é a comunidade escolar
Seja mais, ou menos, conteudista. Ao buscar uma escola é preciso levar em conta também o que está nos arredores. Quando se escolhe um colégio, se escolhe também uma comunidade a se pertencer. Os amigos, os pais dos amigos e até os gastos – viagens, festas, presentes – vão fazer parte da vida da sua família. É um pacotão mesmo. Podem surgir problemas de alto consumismo entre as crianças, cobranças, comparações.
Diferenças nas condutas de educação, mas também muito aprendizado – entre os pais, inclusive – com a diversidade de ideias e ideais. Dessa comunidade, pode vir também aquela turma de amizade tão duradoura que acaba agregando até os pais e irmãos dos colegas. “Temos que assumir o clichê ‘a escola é a segunda casa da criança’, porque deve ser mesmo. Precisa, sobretudo, ter a ver com a sua família”, alerta Lourdes Atié.
Bem, agora que você já leu e refletiu sobre tudo isso, é hora de partir para as questões, digamos, mais práticas. Saiba nas próximas páginas o que observar quando for conhecer uma escola.
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI244220-10448-4,00-TUDO%20PARA%20VOCE%20ESCOLHER%20A%20MELHOR%20ESCOLA.html
Fonte: 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Livros divertidos para - e sobre - mães

Para quem está cansada de ler manuais sobre maternidade, selecionamos seis livros que abordam o tema com histórias engraçadas

A Vida Secreta de uma Mãe Caótica (Ed. Record), de Fiona Neill
Quantos desejos secretos nós, mães, não temos a toda hora? Um dia você gostaria de ter mais tempo, no outro mais dinheiro, tem vez que é a paciência que falta. Lucy, a protagonista inglesa dessa ficção, tem pensamenos assim o tempo todo. Com muito bom humor (e um pouco de sarcasmo), ela conta sobre os três filhos pequenos, o casamento de dez anos e seu mais novo problema: um pai da escola que está roubando seus sonhos. Impossível não se reconhecer em vários trechos do livro.

   Reprodução
Onde foi parar nosso Tempo? (Ed. Globo), de Alberto Villas
São 50 pílulas de memória de um tempo em que se lavava fralda de pano, se abria lata de azeite com prego e que os achocolatados demoravam para desempelotar no leite. Mas que as visitas chegavam de surpresa, que se colecionava insetos em placas de isopor e que se curtia a implicidade. Um retrato gostoso e suave dos anos 60 e 70 no Brasil.



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O Chá-de-bebê de Becky Bloom (Ed. Record), de Sophie Kinsella
 Depois de muitos delírios consumistas, Becky Bloom está feliz da vida. Trabalhando, procurando uma casa nova com bastante espaço para um closet grande e para seus sapatos. É aí que ela descobre que está grávida. Claro que sua receita para curar enjôos matinais é sair para fazer compras nas deliciosas lojas de bebê.

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Pequenos Terremotos (Ed. Record), de Jennifer Weiner
Uma é chef de um restaurante e uma gordinha sexy, a outra parece ter uma vida perfeita, mas tem de administrar um marido desempregado, a terceira está meio perdida e tem um marido que trai a sua confiança e a quarta largou carreira de sucesso, marido e tudo mais para começar uma nova vida. As quatro se conhecem na aula de ioga para gestantes e passam a dividir o desafio de ser mãe nos dias atuais contado de uma maneira leve e engraçada.


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Travessuras de Mãe (Ed. Globo), Denise Fraga
Fraldas, mamadeiras, noites sem dormir e muito choro de bebê. Para uma mãe de primeira viagem isso pode parecer assustador, mas se você é como a atriz Denise Fraga, vai transformar esse sentimento em deliciosas histórias sobre a maternidade. No livro Travessuras de Mãe, Denise reuniu mais de 70 crônicas publicadas na revista Crescer, onde é colunista há 6 anos. As histórias contam os momentos mais engraçados e marcantes desde quando soube que estava grávida do primeiro filho, Nino, hoje com 11 anos, até as travessuras de Pedro, 9 anos. Em uma das crônicas, a atriz conta como demorou para encontrar alguém para cuidar dos filhos. E que nem sempre a babá contratada é do jeito que a mãe precisa. Piadas à parte, Denise também fala de tudo o que aprendeu com os filhos e como cada dia é uma emoção diferente quando chega em casa do trabalho. 

   Reprodução
Diário de um grávido (Mescla Editorial), de Renato Kaufmann Para o jornalista e escritor Renato Kaufman, saber que vai ser pai é quase um susto para um homem. Ainda mais se não estavam planejando ter um bebê. O livro é baseado em fatos reais e inspirado no blog Diário Grávido (diariogravido.blogspot.com). Mostra que do medo de ser pai, o homem, em pouco tempo, passa a temer que alguma coisa, qualquer uma, atrapalhe a gravidez (toda vez que a mulher de Kauffman saia para trabalhar ele vivia uma angústia porque “há uma grávida na rua com hormônios descontrolados). Com texto leve, bem-humorado e super-realista, o autor traz a visão masculina em um mundo dominado pelas mulheres. 

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI181441-10510,00-LIVROS%20DIVERTIDOS%20PARA%20E%20SOBRE%20MAES.html
Fonte: 

O que fazer quando o filho fica doente e você tem de sair para trabalhar

Criança mal em casa é uma das piores coisas para a mãe que trabalha fora. A CRESCER juntou algumas dicas para lidar melhor com essas situações


Não tem momento pior para os pais que trabalham fora do que ir para o trabalho quando um filho fica doente. Essa situação é um pouco pior para as mães porque as crianças chamam mesmo é por elas nessas situações. E não adianta: bate a culpa. Seja por deixar o filho em casa ou por faltar ao trabalho, chegar atrasada, deixar coisas por fazer. Se o seu chefe não for compreensivo com assuntos domésticos e familiares – e muitos deles não são – é mais desconfortável ainda. Isso pode causar até um certo receio de perder o emprego e prejudicar os rendimentos da família. 

Mas há ao menos uma razão para se tranquilizar: em geral as doenças e mal-estares são mais comuns nos primeiros anos, logo que os filhos saem de casa e passam a conviver com outras crianças em outros ambientes, como na escola. Depois eles adquirem mais resistência e imunidade - e essas situações vão diminuir bastante a partir dos 5 anos. Confira, a seguir, algumas dicas que facilitarão para lidar com os imprevistos: 

- combine com o pai de alternarem os dias de faltar ao trabalho. Assim, se seu filho ficar doente por dois dias seguidos, você só vai "perder" um. O impacto no trabalho, então, é menor;

- outra possibilidade é trabalhar por meio período. Por exemplo: o pai fica de manhã enquanto você vai trabalhar e depois as situações se invertem; 

- se o seu trabalho pode ser feito de casa, converse com seu chefe e peça que lhe enviem arquivos ou outros documentos necessários; 

- se você tem família que mora perto e que pode ajudar, conte com eles em casos de emergências. Claro que mãe é mãe, mas a tia e a avó são ótimas também; 

- caso não tenha essa facilidade, você pode montar uma rede de contatos com um vizinho de confiança ou outros pais e mães para ajudá-la quando seu filho estiver doente e vice-versa. 

domingo, 17 de abril de 2011

As conquistas de uma criança autista

Receber a notícia de que o filho é autista transforma as suas perspectivas de presente e futuro, mas é a partir dessa mudança que você pode apresentar um novo mundo para a criança. Conheça o dia a dia de uma família em que uma das filhas gêmeas tem o distúrbio

“Aqui mora uma família feliz.” As palavras talhadas na plaquinha de madeira que enfeita a porta do apartamento da pedagoga Luciana Nassif, 39 anos, e do comerciante Marcos Antonio Cavichioli, 46, em São Paulo, antecipam o clima que eu iria encontrar na casa dessa família, apesar da avalanche de sentimentos que tomou a todos nos últimos anos. Com um sorriso no rosto, um tererê ornando os longos cabelos lisos e castanhos, quem me recebe é uma das gêmeas do casal, Isabela, 8 anos. Assim que entro, sou convidada a conhecer sua irmã. No quarto, com a babá, Mariana se mostrou indiferente com a minha chegada. Mesmo com a insistência da mãe para que se virasse para mim, continuou com um olhar cabisbaixo. Mari Mari, como é carinhosamente chamada, é autista.

Ela está aprendendo agora a demonstrar e a receber carinho, por gestos. Mari Mari não fala. Ela tem um grau severo do transtorno do espectro autista, termo que os especialistas usam para se referir aos diversos graus que envolvem o autismo. Fica mais fácil entender se comparamos a um dégradé, desde cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até as cores claras. Por isso cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento. Para Mari Mari, que estaria na parte escura deste dégradé, é preciso ensinar o que parece tão corriqueiro. Há um ano, e pela primeira vez, a menina abraçou a mãe – um dos pilares do comportamento autista é a dificuldade de interação com o outro. É um abraço “adaptado”. Ela aceita o carinho, mas não cruza as mãos por trás das costas da pessoa. Em vários momentos da entrevista, ela corria, na ponta dos pés (um comportamento que começou aos 5 anos) para o colo da mãe, sorria, trazia o boneco predileto, gargalhava. O contato visual, o beijo, que não é aquele estalo no rosto, mas uma encostadinha apenas, demonstrações de interesse pela irmã e o sorriso presente no rosto eram cenas apenas sonhadas pela família até pouco tempo.

A mãe me conta, em tom de orgulho, as recentes conquistas da filha. Mari Mari não se incomoda mais se uma criança chega perto dela no parquinho, mesmo que prefira estar só, e ganhou autonomia para comer sozinha e “pedir” o que tem vontade, como quando leva o litro de leite até a mãe para que ela o esquente. “Pode parecer pouco, mas esse é um grande avanço”, diz Luciana. Não, não é fácil ter um filho autista. Mas o diagnóstico não é o fim, e sim um novo começo na vida de toda a família.

“Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade dela ser autista, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso.” Luciana, mãe de Isabela e Mari Mari
Onde tudo começa?

A ciência não descobriu, até hoje, a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ou ser herdados mutados dos pais, algo raro, ou sofrer novas mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo. Alimentação, vacinação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade, como é o caso das gêmeas, que nasceram de 32 semanas.

Isabela saiu da maternidade em cinco dias. A irmã, nos mais de três meses em uma UTI neonatal, passou por uma cirurgia cardíaca e diversos exames, inclusive para detectar a existência de alguma síndrome por ter nascido com as orelhas mais baixas e os dedos levemente flexionados. Mari Mari, segundo os médicos, tinha atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Mesmo acompanhada por uma equipe multidisciplinar desde os seis meses, não mostrava avanços. “Ela gostava de ficar sozinha na escola e, aos 2 anos, teve a primeira convulsão (problema que afeta 25% dos autistas).” Aos 3, os atrasos ficaram evidentes e ela passou a balançar as mãos quando ficava nervosa. “Quando questionei o neurologista que a acompanhava sobre a possibilidade de autismo, ele disse que eu não sabia o que era uma criança com o transtorno. Nunca vou me esquecer disso”, diz. A avó materna das meninas, que desconfiava da existência de um problema maior, mostrou a Luciana uma reportagem sobre autismo. Depois de ler, ela agendou uma consulta com um dos especialistas entrevistados. Em 40 minutos e aos 4 anos e 7 meses, a família soube que Mari Mari era autista.

Essa trajetória desgastante não é incomum. Como não há um exame que detecte o transtorno, o diagnóstico é clínico, feito com base no comportamento da criança. E pode levar muito tempo para chegar a uma conclusão. “O ideal é descobrir o transtorno com cerca de 1 ano, quando os tratamentos dão resultados melhores”, diz Antonio Carlos de Farias, neurologista infantil do Hospital Pequeno Príncipe (PR), pesquisador e coautor do livro Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes: Mitos e Fatos (Ed. Autores Paranaenses). Se identificado nessa fase, ou até os dois anos, a chance de a criança falar é de 75%. “No Brasil, estima-se que existam 1 milhão e meio de autistas, e menos de 5% recebem a assistência adequada”, diz Estevão Vadasz, psiquiatra, que estuda o assunto desde 1978, coordenador do Programa dos Transtornos do Espectro Autista, referência no país, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Segundo o Ministério da Saúde, uma a cada mil crianças é autista no Brasil. Dados internacionais, porém, mostram que essa incidência é de uma para cada 110.


Raoni MaddalenaAlinhar à esquerda


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI220964-10496,00-AS%20CONQUISTAS%20DE%20UMA%20CRIANCA%20AUTISTA.html

Filhos de coleira?

O uso do acessório em crianças é polêmico. Confira o que dizem os especialistas (e os pais) sobre o assunto

LatinStock

Quantas vezes você pede, mais de uma vez, para o seu filho não se afastar de você na loja, no parque ou no supermercado e ele parece não ouvir? Procurando uma solução rápida para não perder os filhos nesses momentos, muitos pais estão aderindo à ideia de usar umacoleira nas crianças. Claro que não é aquela que usamos em nossos bichos de estimação. Ela pode ser de pulso, colete ou até mesmo uma mochila colorida e cheia de desenhos. Mas será que essa é a melhor solução mesmo?

A prática tem dividido opiniões de pais e especialistas. Segundo Quézia Bombonatto, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), essa atitude interfere no diálogo que se pode ter com os filhos. “A criança tem que aprender a lidar com o comando da mãe. Os pais têm de impor limites e explicar o que pode acontecer se ela sair de perto deles”, diz.

A auxiliar administrativa Samira Bereta de Almeida, mãe do João Victor, de 1 ano e 4 meses, afirma que jamais usaria a coleira no seu filho, porque acredita que a criança deve ter o seu espaço. "Eu sou contra e, todas as vezes que saio com meu filho, ando de mãos dadas, no colo ou com o carrinho. Não vejo necessidade de colocar esse acessório. Tem que deixar a criança à vontade e, se ela se afastar, os pais têm de mostrar onde deve andar", critica. Segundo uma rede especializada em produtos para bebês, o acessório tem bastante saída, principalmente em período de férias, quando as mães têm ainda mais medo de perder as crianças em lugares desconhecidos.

É por esse motivo que a psicóloga Helena Porcheddu, mãe da Rebecca, de 3 anos - que vive em Londres, onde a prática é bastante comum –, diz que a coleira foi uma das melhores coisas que comprou para sua filha. "Vamos muito a museus, feiras, ou seja, lugares com muitas pessoas, e eu prefiro colocar a mochila que tem a coleirinha em vez de ficar empurrando carrinho. Ela se sente livre como se estivesse indo sozinha", defende. Para Quézia, apesar de atitudes como gritar, puxar e arrastar a criança sejam muito mais agressivas, “quando os pais pensam em encoleirar a criança, têm de se questionar por que estão fazendo isso”. “É hora de se perguntar por que não estão conseguindo fazer o filho obedecer e como fazer isso da melhor maneira possível”, diz.

O acessório jamais deve substituir a disciplina dada pelos pais. “Os valores da criança são formados a partir do que os adultos ensinam. Assim, se a noção de autoridade for embasada em objetos e não no diálogo, como ela vai identificá-la quando estiver na adolescência?”, diz a psicóloga infantil Andréia Souza. Impor limites e zelar pela segurança das crianças dá trabalho, sim, mas também é uma forma de criar vínculos com elas. É isso que vai fazer com que se sintam amadas e seguras.

Agora, conte para nós. Você é contra ou a favor do uso de coleira em crianças?




Eu sou contra porque os pais tem que ficar de olho nos filhos e não tratar como animais (minha opinião).

A chupeta atrapalha a amamentação?

Sempre polêmicos, dois novos estudos afirmam que o acessório não prejudica o aleitamento materno. Veja o que dizem os médicos brasileiros


 Shutterstock

Falar do uso de chupeta é sempre tocar em um assunto polêmico. A Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomendam o uso. Algumas pesquisas já mostraram que ela poderia influenciar no desmame precoce, outros refutam essa informação, como é o caso de uma recente revisão de dois estudos, publicada no jornal The Cochrane Library.

Na pesquisa maior, 1.021 mulheres, que já estavam amamentando há duas semanas, foram divididas em grupos. Algumas foram aconselhadas a oferecer a chupeta ao filho se houvesse necessidade, como para confortar o choro, outras receberam a recomendação de evitá-la. No outro estudo, 281 mães também foram divididas com o mesmo critério, porém elas estavam começando a amamentar. Todas estavam motivadas com a amamentação. O resultado de ambos revelou que a chupeta não influenciou na quantidade de bebês que foram amamentados exclusivamente com o leite materno até os 3 e 4 meses. Apesar disso, ela não avaliou os efeitos do uso do acessório sobre a saúde e o desenvolvimento das crianças a longo prazo.

Se você pensa que isso libera o uso indiscriminado da chupeta, está enganada. Débora Passos, pediatra-neonatologista do Hospital Santa Joana (SP), diz que o fato da pesquisa ter sido feita apenas com mulheres que tinham o desejo de amamentar é um diferencial importante. Se o grupo fosse heterogêneo, com mães que não demonstrassem essa vontade, talvez o período de amamentação exclusiva fosse menor.

Segundo Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz (SP), se a mãe opta por usar a chupeta no filho, isso deve ser feito com – muito! – critério. “Quando o bebê chora, é importante primeiro eliminar os principais motivos do choro, como fralda suja, cólica, fome ou apenas colo. Descartada essas possibilidades, ela poderia usar a chupeta, por dois, três minutos. Depois, com calma, deve ser retirada”, diz. O especialista explica que o ato de sugar traz prazer para os bebês pequenos, por isso se acalmam. Porém, o acessório não deveria ser oferecido aleatoriamente, como na hora de dormir, por exemplo. O que, na prática, pode não ser tão simples assim. Por isso, o aprendizado que se pode tirar de ambos os estudos é algo que os pais já suspeitavam: chupeta, só com moderação.

Seu filho vai comer bem a vida toda

Esse é o seu desejo, não é? Veja aqui dez passos para isso acontecer – e por que os cuidados começam na gravidez
Foto Guilherme Young; Ilustração Luda

Nunca se falou tanto em alimentação infantil. Vivemos uma epidemia de notícias que tentam, sempre, buscar explicações para a criança que não come, para a que está obesa ou para a que não gosta de legumes e verduras. Nos últimos meses, foram lançados três livros que tratam com exclusividade desse assunto (veja a lista na última página desta matéria) . O Twitter foi invadido por pais ávidos por uma ajuda virtual para a hora de comer que caiba em 140 caracteres. E não acabou. A cidade de São Paulo tem um serviço de delivery de papinha orgânica e uma consultoria de alimentação para crianças que faz até atendimento domiciliar, e em São Francisco (EUA) foi inaugurada a Pomme Bébé, uma loja com refeições apenas para os menores. O desafio, sempre, é descobrir como fazer ou tornar a alimentação do seu filho ainda mais saudável e melhor. O que os cientistas vêm descobrindo é que o foco das pesquisas não deve se restringir à criança, apenas, mas também à mãe. Não, você não entendeu errado. Os avanços na medicina mostram que o primeiro passo para cuidar da alimentação do seu filho começa na gestação.

A primeira pesquisa sobre alimentação na gravidez é de 1889. Desde então, os cientistas tentam mostrar quanto os nove meses são decisivos na vida do bebê, e agora eles estão descobrindo que ela influencia até nas preferências gustativas. O Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia (EUA) é um centro que, há 19 anos, estuda como as preferências de sabor surgem. “A gravidez é um momento de ensinar muitas coisas ao bebê”, afirma Julie Menella, psicobiologista desse centro. Isso é a chamada reprogramação epigenética, ou seja, aquilo que independe da sua herança genética.

É sabido que, pelo líquido amniótico, o feto consegue sentir sabores e odores do que você come. As novas pesquisas – e mais de 300 foram apresentadas em um congresso em Munique (Alemanha) ano passado – mostram a influência que isso tem sobre o paladar da criança. Um dos estudos conduzidos por Julie comparou o comportamento de dois grupos de gestantes. O primeiro tomou suco de cenoura por toda a gravidez. O segundo bebia água. Quando os bebês nasceram, eles foram estudá-los. Os filhos das que tomaram suco comiam mais cereal com cenoura. Alguns especialistas no Brasil reverenciam essas descobertas. “Esse olhar ainda não foi totalmente incorporado pelos profissionais de saúde, mas isso vai acontecer em breve”, afirma Roseli Sarni, nutróloga, pediatra da Universidade Federal de São Paulo.

Você leu tudo isso e ficou pensando que sua alimentação na gravidez não foi tão boa? “Nunca é tarde para mudar e ensinar seu filho a comer bem”, diz Julie. Essas pesquisas são importantes porque servem como um estímulo a mais. “Outros fatores precisam ser levados em conta. A alimentação no primeiro ano de vida é a mais importante”, afirma Marco Babieri, pediatra, professor da Universidade de São Paulo-Ribeirão Preto (SP).

Com tanta preocupação, soa estranho os estudos também revelarem que hoje as crianças com menos de 1 ano comem doces, lasanhas prontas e outros produtos industrializados. Para a psicóloga Sandra Leal, professora da Unesp-Bauru (SP), não se trata de um comportamento contraditório. “A questão não é falta de informação, é o excesso. Você tem tudo, mas não sabe para onde ir”, afirma. CRESCER, com a ajuda de especialistas, selecionou dez passos do que fazer ou não no primeiro ano e traz muitas ideias e soluções criativas para a alimentação dar certo desde o começo.

Foto Guilherme Young; Ilustração Luda
Larissa usa Green
1. Comece na gravidez

Inúmeras pesquisas mostram o impacto da sua alimentação no crescimento e desenvolvimento do seu bebê. Uma boa notícia é que os médicos afirmam que as grávidas tendem a aceitar mais facilmente mudanças no cardápio. Um estudo recente, feito na Nova Zelândia com 3.500 gestantes, mostrou que as que consumiam pelo menos três porções de verduras, legumes e frutas por dia tinham 50% menos chance de ter um bebê com peso abaixo do esperado.

• Fique longe dos alimentos industrializados ou fast-food. Essas refeições prontas têm altas quantidades de sódio para garantir a conservação por mais tempo. Como a gestante tende a reter mais líquidos naturalmente, o consumo excessivo de sal pode levar à pré-eclâmpsia, com aumento da pressão arterial.

• Novos estudos mostram a importância do consumo de ovo. Ele é rico em um nutriente chamado colina, que ajuda no desenvolvimento do cérebro do bebê. Fale com seu médico mas, em geral, você pode consumir até três unidades por semana.

• Salmão e outros peixes de água fria, como bacalhau e cação, são ricos em ômega 3. Coma pelo menos três vezes na semana e, de preferência, assado – e não frito.

• Alguns alimentos que você nem imagina são muito importantes. O brócolis é fonte de folato, uma substância que previne a malformação do tubo neural e do sistema cardiovascular do bebê (e ainda diminui a terrível sensação de enjoo). A couve é fonte de cálcio, que colabora no desenvolvimento ósseo do feto.

2. Capriche na receita

Para ser perfeita e ter todos os nutrientes que seu bebê precisa, a papa precisa ter quatro ingredientes básicos, sempre: uma fonte de carboidrato (arroz, macarrão, batata, mandioca etc.), uma de proteína (carne bovina, aves, ovo, peixe etc.) e pelo menos uma de legumes e uma de verdura.

• As leguminosas, como o feijão e a lentilha, são ricas em ferro (protege contra a anemia) e fibra (ajuda o intestino a funcionar).

• Prefira fazer os legumes no vapor. Eles ficam mais firmes, preservam mais sua cor e nutrientes, além de apresentarem mais sabor.

• Amasse os alimentos com um garfo. Deixe pedacinhos também para estimular a mastigação.

• Varie sempre os ingredientes. Por exemplo: o chuchu pode estar na salada, refogado, no vapor, em purê, com alguma carne, em tortas, em cubinhos etc.

3. Cuide do tempero

Papinha de criança tem que ser gostosa, sim. Se você provou e não gostou, acredite, a comida também não vai animar seu filho.

• Temperos estão liberados: cebola, alho e ervas verdes, como salsinha, cebolinha, coentro.

• Até a salada pode fugir do tradicional vinagre, com sal e azeite. Você pode usar: limão, erva-doce fresca e sal batidos no liquidificador e coados; caldo de maracujá, cheiro-verde, mel e uma pitada de sal; cenoura, cheiro-verde, vinagre e orégano liquidificados; vinagre, azeite, sal, folhas de manjericão e damascos secos batidos no liquidificador.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI213976-10448,00-SEU%20FILHO%20VAI%20COMER%20BEM%20A%20VIDA%20TODA.html

Hora de tirar o primeiro dente: quem deve fazer isso?

Calma! Se você tem aflição só de pensar em arrancar o dente do seu filho, saiba que a ajuda do profissional é fundamental nessa hora. Confira


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Mais dia menos dia seu filho chega para você e diz: “Mãe, meu dente está mole!”. Como não lembrar das táticas que nossos pais ou avós usavam para nos tirar um dente, como uma linha amarrada na boca para auxiliar a queda? Esqueça! Em primeiro lugar, saiba que você nem sempre vai fazer isso. Normalmente, os dentes de leite caem tranquilamente. A mastigação de alimentos duros e fibrosos, como maçã e milho, favorece esse processo de esfoliação natural.

Para a ortodentista Débora Negrão Oliveira, principalmente quando se tratar do primeiro dente a cair, é melhor os pais deixarem essa tarefa para o profissional. “É importante a criança começar a ter o contato com o odontopediatra desde cedo, quando surgem os primeiros dentes. Assim, quando chegar o momento de retirar um deles, ela já estará mais segura com o especialista”, diz.

Se você está tranquila para tirar o dente do seu filho, é preciso ter certeza de que está mesmo na hora. Balance-o com ajuda de um chumaço de algodão ou um pedaço de gaze para frente e para trás e observe se já não tem uma pontinha do permanente aparecendo. Caso tente e perceba que está um pouco duro, espere alguns dias mais e fique de olho para ver se a gengiva não começa a inflamar. “Isso pode acontecer porque a criança fica com receio de escovar o dente, e, então, forma uma placa bacteriana que infecciona o local”, afirma Débora.
O momento de tirar o dente não deve ser tenso, caso contrário pode se tornar um trauma para a criança. Peça ajuda do seu filho em cada detalhe: para cortar a gaze, pegar o pedacinho de algodão e coloque a mão dele junto com a sua. Depois que o dentinho saiu, nada de pedir para o seu filho fazer bochecho com água. O local desse ser pressionado com auxílio de algodão ou gaze para que se forme um coágulo natural e pare de sangrar. Ele também deve ficar sem tomar água ou comer por meia hora pelo menos. Um sorvetinho, no entanto, é bem-vindo após a retirada do dente para ajudar na cicatrização.

É comum, nos dentes de baixo e anteriores, o permanente aparecer por trás do dente de leite, sem que esse fique mole. Nesse caso, procure o especialista, para que o dente seja retirado e não atrapalhe o desenvolvimento do definitivo.

Grávidas que gostam de junk food têm filhos que também vão gostar desse tipo de comida

Esse foi o resultado de um estudo feito com ratos. Mas vale lembrar que a alimentação saudável na gestação é fundamental para mãe e bebê. Confira

 Shutterstock Que tudo o que você come na gravidez tem um impacto na saúde do seu filho, você já sabe. Agora, um novo estudo revela que mulheres que comem muita junk fooddurante os nove meses têm mais chance de ter filhos que gostem desse tipo de comida.

Para a pesquisa, publicada no jornal científico FASEB, cientistas da Univeristy of Adelaide, na Austrália, os cientistas estudaram dois grupos de ratos durante a gravidez e lactação. Uns foram alimentados com ração normal e outros, à base de uma dieta rica em gordura e açúcar. Depois que os filhotes dos ratos foram desmamados, ambos foram autorizados a escolher suas próprias dietas. Aqueles cujas “mães” ingeriram junk food eram mais propensos a optar por alimentos gordurosos.

Mas será que isso pode acontecer também com seres humanos? Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP), apesar de o estudo ter sido feito com um modelo animal (e nem sempre os resultados podem ser extrapolados para o homem), ele traz indícios de que, desde a formação do feto, já se inicia a programação dos hábitos alimentares. Ou seja, a criança já teria uma tendência de ter o paladar mais voltado à junk food. “Mas são só indícios. Devemos lembrar que os hábitos alimentares da criança são definidos por diversos fatores, desde a cultura, o ambiente onde vive, o que é oferecido a ela e, claro, o paladar de cada um”, diz o especialista.

O fim da licença-maternidade de Juliana Paes


“Não dá para negar que vou ficar com o coração apertado”, diz a atriz sobre sua volta ao trabalho

Qual mãe não fica com aquele friozinho na barriga só de pensar que os últimos dias exclusivos com o bebê em casa estão terminando? Nem as celebridades fogem desse aperto no peito, como é o caso da atriz Juliana Paes, 32, mãe de Pedro, de 3 meses. Em entrevista exclusiva à CRESCER, ela conta sobre quem a ajuda no dia a dia com o filho e como está se preparando para voltar à ativa

CRESCER - Você ainda não retornou à TV, mas já está fazendo alguns trabalhos de publicidade. Como está essa “volta” da licença-maternidade? JULIANA PAES - Por enquanto, está bem tranquilo pois estou voltando muito aos pouquinhos.

CRESCER - Você tem levado Pedro junto com você aos trabalhos? Como está se preparando para organizar a nova rotina ao voltar à TV? J.P. - Toda vez que tem uma estrutura legal e segura, levo o Pedro, e é uma delícia poder ficar juntinho dele em todos os pequenos intervalos. Hoje em dia, tenho a ajuda de uma babá nos dias de semana e pretendo continuar assim quando eu for voltar à TV. Na maioria das vezes, somos eu e Dudu [Carlos Eduardo Baptista, seu marido] que trocamos as fraldas do Pedro, botamos ele para dormir, damos banho. Mas é bom ter uma pessoa para nos ajudar também, porque é legal termos um tempo para nos cuidar e ficarmos sozinhos.

CRESCER - Quem é a pessoa que mais ajuda você nos cuidados com Pedro no dia a dia? J.P. - Durante o dia é a babá que mais me ajuda porque é a hora que o Dudu está no trabalho, mas, à noite, sempre conto com a ajuda dele. Nos finais de semana somos só nós três e é ótimo!

CRESCER - A maioria das mães tem receio quando a licença-maternidade está chegando ao fim. Você tem alguma preocupação em relação a isso? J.P. - Não dá para negar que vou ficar com o coração apertado... Mas acho que hoje em dia praticamente todas as mulheres passam por isso né?! Tenho certeza de que o Pedro vai entender...[risos]

CRESCER - E o corpo? Voltar ao peso de antes foi uma preocupação durante esses primeiros meses com o Pedro? J.P. - Isso não é uma preocupação para mim. Estou voltando aos poucos como acho que deve ser. Não estou neurótica para perder peso. Voltei a malhar agora, mas estou indo devagar.

CRESCER - Como é a sua rotina com Pedro? E a amamentação? J.P. - Fico o dia todo olhando para meu filhote. Cada dia tem uma coisinha nova! Pretendo amamentar exclusivamente até os 6 meses.

CRESCER - E o segundo filho? Já tem planos? J.P. - Quero ter mais filhos, com certeza, mas não agora. Não fiz planoS ainda para uma segunda gravidez. Quero aproveitar cada minutinho desse primeiro ano de vida do Pedro. Tudo acontece muito rápido e não quero perder nada!