sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Você sabia que o bocejo contagioso é sinal de amadurecimento?

Pesquisa mostra que tal "habilidade" social só aparece por volta dos 5 anos e acompanha o desenvolvimento cerebral. Entenda por quê

Pode ser em um restaurante, na fila do banco, em uma conversa entre amigos e até no trânsito. Impossível ver alguém bocejar e não fazer o mesmo, não é? O bocejo contagioso ainda é uma incógnita para os cientistas, mas uma nova – e curiosa – descoberta pode ajudá-los a perceber por que isso acontece.

Cientistas da Universidade de Stirling, na Inglaterra, perceberam que crianças menores de 5 anos não bocejam ao ver outra pessoa fazendo o mesmo, só fazem isso espontaneamente. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o comportamento de 22 crianças entre 6 meses e 5 anos enquanto elas assistiam a vídeos de outras crianças, adultos e animais bocejando. O resultado mostrou que apenas 3 das 22 crianças bocejaram em resposta ao filme.

Durante a observação, os cientistas perceberam que o bocejo contagioso está relacionado ao desenvolvimento da criança. Por isso, quanto mais velha, maiores são as chances de se contagiar com os bocejos. Pesquisas anteriores mostraram que quem tem pontuação alta para a empatia é mais propenso a se contagiar, digamos assim. Como as decisões sociais e a capacidade de empatia estão ligadas ao desenvolvimento cerebral (principalmente ao córtex frontal), seria esperado que os pequenos ainda estejam aprendendo tais habilidades. Por isso mesmo, na pesquisa, os mais novos bocejaram somente ao acordar de manhã ou após a soneca à tarde.

"O resultado negativo confirma que as crianças menores de 5 anos são muito menos suscetíveis a influências psicológicas sobre o bocejo quando comparadas com crianças mais velhas ou adultos", afirma James Anderson e Ailsa Millen, coordenadores da pesquisa. Mas a partir dos 11 anos, como também foi provado anteriormente, as crianças agem feito os adultos ao visualizarem alguém bocejar. Elas já são contagiadas e fazem o mesmo em seguida.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/1,,EMI196076-15105,00.html

Nenhum comentário: