quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pré-eclâmpsia levada ao extremo

A Hellp Síndrome, apontada como causa da morte de Diana, personagem de Carolina Dieckmann em Passione, é uma rara complicação nas mulheres que apresentam pré-eclâmpsia durante a gestação

No capítulo de Passione do dia 18 de dezembro, mais alguém morre. Mas dessa vez, não haverá nenhum mistério para saber quem é o assassino. Diana, a jornalista vivida por Carolina Dieckmann, grávida de sete meses, se sentirá mal e precisará ter seu parto feito às pressas.

Na novela, Diana sofre com as ameaças de Melina (Mayana Moura), que é enlouquecidamente apaixonada pelo pai do bebê, Mauro, vivido por Rodrigo Lombardi. Se não bastasse esse estresse todo, a mocinha tem pré-eclâmpsia, que consiste, entre outros fatores, em pressão arterial aumentada durante a gestação, e terá uma complicação ainda maior: ela sofrerá de Hellp Síndrome, segundo divulgado pelo jornal carioca Extra. O problema é bastante raro e atinge cerca de 10% das mulheres que são diagnosticadas com pré-eclâmpsia.

Na complicação, as mulheres têm diminuição das funções hepáticas e do número de plaquetas no sangue, além de hemólise, que é a quebra das hemácias dentro dos vasos sanguíneos, o que aumenta muito o risco de hemorragia. Não há tratamento, nem sinais para esta síndrome, que é percebida por meio de exames laboratoriais. Quando há sintomas, que incluem a dor no alto da barriga mais para o lado direito que Diana sente na novela, é porquê a situação está em estágio avançado demais.

“As mulheres que têm pré-eclâmpsia precisam ser monitoradas constantemente e fazer exames para controlar sua situação, que é de risco. Falando de uma maneira bem simplificada, a Hellp Síndrome faz com que o organismo da gestante tenha uma intolerância à placenta. O único tratamento possível é retirar a placenta do corpo, isto é, fazer o parto, mesmo que prematuramente.”, explica Eduardo Cordiolli, obstetra e coordenador médico da unidade de obstetrícia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Cordiolli explica que são poucas as mortes por Hellp Síndrome, já que a maioria das mulheres com pré-eclâmpsia fica sob observação constante. O importante é que assim que se diagnostique o problema, seja feito o parto, mesmo que o bebê seja muito prematuro, já que não há outra alternativa para diminuir ou retardar o agravamento do estado de saúde da mãe.


Fonte:http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI195483-10571,00-PREECLAMPSIA%20LEVADA%20AO%20EXTREMO.html

Um comentário:

Luana disse...

è sério esse assunto , todo cuidado .
Amei a matéria .
beijosss